ATENÇÃO: a matéria a seguir aborda assuntos como abuso e violência sexual, o que pode ser gatilho para algumas pessoas. Caso você esteja passando ou conheça alguém que possa estar sendo vítima deste tipo de violência, procure o canal de denúncia da Mulher, Família e dos Direitos Humanos, pelo telefone 100.
Fernando Grostein, irmão mais novo de Luciano Huck, declarou em recente entrevista que foi vítima de abuso sexual na infância e também durante a vida adulta. O cineasta que contou que o primeiro episódio o fez mudar a forma como falava e até andava. “Passei a anular o meu modo de ser“, declarou.
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Fernando contou que a primeira violência aconteceu quando tinha 14 anos. “Durante uma festa em uma boate, homens me seguraram à força e penetraram meu ânus com o dedo. Desde então, passei a anular o meu modo de ser: empostava a voz, para fazê-la mais grossa, e me reprimia na hora de caminhar, para parecer mais masculino“, disse o diretor à Revista Piauí.
De acordo com o irmão de Luciano Huck, a sua sexualidade virou uma questão após uma reportagem da Globo. “Foi uma matéria linda sobre um menino que cultivava plantas para escapar da dor do luto. Fiquei feliz e orgulhoso, mas houve um efeito colateral: a reportagem virou a minha vida de ponta-cabeça. Passei a ser chamado de ‘florzinha’ na escola. A minha voz e meu jeito de andar foram alvos de piada“, contou.
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Fernando ainda citou outro episódio, que aconteceu quando ele já era adulto, mas não quis entrar em detalhes. “Aos 28 [anos], fui estuprado mais uma vez, porém sobre este episódio não consigo falar ainda“, declarou. A verdade é que o cineasta sofreu diversas violências, como a vez que foi forçado pelos amigos a transar com uma mulher para perder a virgindade, além de quando foi sequestrado por um garoto de programa quando ainda não falava abertamente sobre ser gay.
Atualmente Fernando Grostein utiliza seu trabalho de forma ativa para a comunidade LGBTQIA+. O cineasta, inclusive, está preparando um documentário chamado “Quebrando Mitos“, que mostra momentos da sua vida diante dos preconceitos ditos por Jair Bolsonaro (PL). “Eram tantos descalabros, que a primeira edição do documentário causou forte repulsa em quem viu“, detalhou.