Um filme inédito sobre Edith Piaf narrado pela própria. Bem, em termos. Segundo o site Variety, a Warner usará inteligência artificial para recriar a voz e a imagem da cantora em sua cinebiografia “Edith”. Graças à tecnologia, controversa, o público ouvirá a cantora contando sua história.
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“Edith” acompanhará a vida da francesa entre as décadas de 1920 e 1960. Ela faleceu em 1963 em Grasse, na França, por conta de um câncer no fígado. A artista tinha apenas 47 anos.
Por meio de um comunicado, a Warner Music promete misturar inteligência artificial com imagens de arquivo, performances em shows e na TV, filmagens pessoais e entrevistas reais dadas por Edith Piaf. A inteligência artificial será usada para “aumentar a autenticidade e o impacto emocional da história”, segundo a gravadora. Autenticidade.
O filme tem roteiro de Julie Veille e Gilles Marliac, que trabalham em parceria com Charlie Cohen, presidente da Warner Music, no projeto. Ainda não há previsão de estreia.
Robert Kyncl, CEO da Warner Music, diz que a IA impactará a indústria musical no próximo ano
Durante Code Conference, Robert Kyncl, CEO da Warner Music, disse que acredita que a Inteligência Artificial terá um impacto significativo na indústria musical no próximo ano. Segundo o Techcrunch, executivo afirmou que a indústria deve esperar em breve o aumento da qualidade da música feita com a tecnologia e a melhor aposta é abraçá-la.
“Olha, você tem que abraçar a tecnologia, porque não é como se você pudesse colocar a tecnologia em uma garrafa… Como se o gênio não fosse voltar para dentro”, disse Robert Kyncl, CEO da Warner Music.
No entanto, ainda segundo Techcrunch, a Warner Music tem planos de resolver os problemas dos detentores de direitos que acompanham a tecnologia de IA usada para criar músicas que soam como artistas existentes, como foi observado pelo executivo.
“Há uma analogia muito clara com o conteúdo gerado pelo usuário – temos um plano para isso”, explicou Robert Kyncl.