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Influencers lucram com o prejuízo de seguidores em casa de apostas; entenda!

Esquema foi revelado pelo Intercept Brasil, que teve acesso a um processo envolvendo Felipe Prior e a plataforma Betsat
(Foto: Instagram @felipeprior)

Nesta quinta-feira (7), o Intercept Brasil revelou uma estratégia adotada pelas casas de apostas e influenciadores digitais. Ao ter acesso a um contrato assinado por Felipe Prior para fazer publicidade para a plataforma Betsat, um detalhe chamou a atenção: o ex-BBB receberia 15% do valor perdido pelos apostadores cadastrados por sua indicação.

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(Foto: Instagram @felipeprior)

A parceria, fechada em fevereiro deste ano, combinou R$ 20 mil por seis stories semanais e seis horas semanais de transmissão no YouTube naquele mês. De acordo com o documento, para cada pessoa que se cadastrasse na plataforma e depositasse um mínimo de R$ 15, Prior receberia R$ 20 extras. Mas, além disso, também havia mais uma cláusula que indicava participação na receita de perda dos apostadores cadastrados na carteira dele.

Ademais, é detalhado que, se o Prior conseguisse trazer 1 mil novos apostadores para a plataforma, a remuneração fixa saltaria para R$ 35 mil. A partir disso, cada 500 cadastros adicionais elevaria a remuneração fixa em R$ 10 mil.

A estratégia reportada pelo Intercep veio à tona justamente porque o contrato consta em um processo judicial aberto pelo próprio influencer contra Renan Sanjomar Brito Suzart, a pessoa com quem ele assinou o contrato para fazer publicidade para a Betsat. Prior alega não ter recebido o pagamento e que houve quebra do acordo.

Válido dizer que a Betsat é patrocinadora do clube de futebol Vitória, que disputa a Série A do Brasileirão, e tem como seu embaixador o ex-jogador Zico. A casa de apostas está na lista de bets autorizadas pelo Ministério da Fazenda a operar no Brasil.

Prática de remunerar influenciadores pelas perdas de seus apostadores é recorrente

A publicação conversou com um especialista em bets e psicólogo que atende apostadores e pessoas com dependências em apostas e jogos de azar. Rafael Ávila explicou que contratos deste tipo costumam incluir duas formas de remuneração.

A primeira é o custo por aquisição, chamado de CPA, que é o valor pago para cada pessoa que se cadastrar numa plataforma por indicação do influenciador. A segunda é o revenue share, ou seja, a comissão sobre o ganho da plataforma – na prática, o quanto os apostadores perderam.

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