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Indústria Musical apresenta queda de 11% no consumo de streaming de áudio; saiba mais

Streaming de áudio possui queda, mas, há um aumento no consumo em vídeo, em especial do YouTube e da Netflix

Nos últimos dias, a Indústria Musical tem criado alternativas de produção de conteúdo, tendo em vista que, no momento, o palco disponível é o digital.

Contudo, com inúmeras lives e todo mundo querendo ser visto – às vezes ao mesmo tempo – o resultado é uma concorrência enorme e, também, uma variedade mais ampla de opções de consumo.

Se antes, os agentes da música já lidavam com a disputa normal por atenção, hoje, esse aspecto é ainda mais desafiador.

Contando com a varidade de conteúdos produzidos e a alteração da rotina das pessoas, a primeira análise global apontada pelo MBW, com gráficos da Alpha Data/BuzzAngle, revela uma queda de 11% no consumo de streaming de áudio.

“A contagem final de todas as transmissões mundiais no gráfico Top 200 do Spotify na semana passada (de sexta-feira, 13 de março até o final da quinta-feira 19) foi de 1,822 bilhão de transmissões, uma queda de 226 milhões de plays – ou 11,0% semana a semana.

Isso, deve-se lembrar, veio em um período muito tranquilo para novos lançamentos: a mais recente parada da Billboard Hot 100 nos EUA, por exemplo, tem precisamente zero singles recém-lançados em seu Top 10.

Que 1,822 bilhão não foi o menor valor registrado globalmente este ano também; essa honra cai para o gráfico em 3 de janeiro, quando 1.779 bilhões das 200 melhores paradas foram registradas em todo o mundo no Spotify.

Se você olhar abaixo, verá algo interessante: a curva de popularidade moderna da indústria fonográfica significa que, tanto na última semana do ano civil (27 de dezembro) quanto na primeira semana do ano civil seguinte (3 de janeiro), o volume de streaming de música está baixo”, aponta a MBW.

Ao pensarmos nessa análise para o Brasil, no período de dezembro até meados de fevereiro – ou quando passa o Carnaval – temos o aumento no número das festas e shows, com o período de férias e verão.

Para o MBW, a queda no consumo de streaming também por ser um período global no qual os lançamentos diminuem, entre o final e início do ano.

Impacto Coronavírus 

 

De acordo com a análise do MBW, os fãs de música nos Estados Unidos utilizaram a reprodução nos serviços de streaming de áudio 13,85 bilhões de vezes na última semana (sexta-feira, 13 de março a quinta-feira, 19 de março).

Isso diminuiu em mais de um bilhão de transmissões – ou 8,8% – na contagem de 15.188 bilhões da semana anterior.

Esses números incluem fluxos interativos de áudio premium e suportados por anúncios nos EUA a partir de plataformas como Spotify, Apple Music, Amazon Music, YouTube Music e Pandora. Eles não incluíram serviços de rádio digital ou não interativos na análise.

Assim como no gráfico mundial Top 200 do Spotify acima, os dados da Alpha Data parecem sugerir que está ocorrendo uma desaceleração significativa na audição de streaming de áudio, como resultado de pessoas que ficam em casa devido ao Coronavírus.

No entanto, mais uma vez, esse declínio deve ser observado no contexto de uma semana de lançamentos mais lentos.

Para a análise, as gravadoras não serão tão prejudicadas nesse contexto, desde que o público permaneça com seus pacotes de assinatura das plataformas de streaming.

O que pode ser uma preocupação é a forma como os artistas e outros agentes receberão e se haverá uma desaceleração da publicidade.

 

Força do Vídeo

 

Uma estatística muito interessante da Alpha Data / BuzzAngle em meio a tudo isso: transmissões de vídeo sob demanda de música nos EUA – nas plataformas da Apple e do YouTube – na verdade subiram na mesma semana das paradas em que as transmissões de áudio equivalentes caíram 8,8%.

Na semana de gráficos que começa em 19 de março, diz Alpha Data, os fluxos interativos de videoclipes nos EUA subiram 1,3%, para 2,73 bilhões.

 

 

A análise do MBW também inclui a observação com a Itália, o país atingido gravemente com o impacto do coronavírus e que ainda passa por um período, infelizmente, muito difícil.

Os dados da Itália incluem, igualmente, a queda no consumo de streaming de áudio e um crescimento nos vídeos.

“Abaixo, você pode ver um padrão claro: na semana do gráfico que começa em 6 de março (ou seja, semana de quarentena), os streams de áudio interativos semanais da Itália caíram 10%, para 684,8 milhões.

No entanto, na semana passada (a partir de 13 de março), esse número permaneceu notavelmente consistente em 683,1 milhões.

Na Itália, na semana passada, as visualizações de vídeos musicais (do YouTube) aumentaram 14,5%, de acordo com Alpha Data, para 351,7 milhões”, aponta o relatório do MBW.

 

O dados apontam que, de maneira geral, o consumo das pessoas mudou durante esses dias e muitos agentes da indústria musical estão sentindo os mesmos efeitos no Brasil.

Enquanto que o resultado de streaming de áudio tem apresentado uma queda, que nos leva a crer que pela mudança de rotina, temos um aumento no consumo em vídeo, em especial com a Netflix e o YouTube.

As análises mudarão o tempo inteiro e a partir de agora, mais do que nunca, não são deterministas.

O mercado da música está em um período de adaptações e testes, com isso, veremos ainda mais soluções em vídeo e projetos que abracem essa tendência.

 

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