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Impasse entre Universal Music e TikTok: CEO da Warner Music comenta sobre a polêmica

Robert Kyncl, CEO da WMG, aborda preocupações sobre retirada do catálogo da Universal e destaca importância de acordos justos para proteção de direitos autorais no aplicativo de vídeos
Robert Kyncl, CEO do Warner Music Group. Foto: Divulgação.
Robert Kyncl, CEO do Warner Music Group. Foto: Divulgação.

Durante a teleconferência de resultados da Warner Music Group, realizada na quarta-feira (4), onde foi anunciado um plano de demissão de 10% dos funcionários, o CEO da WMG, Robert Kyncl, também abordou o recente impasse nas relações entre a Universal Music Group (UMG) e o TikTok. Kyncl optou por não tomar partido, mas expressou seu interesse em ver o assunto resolvido.

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A decisão da Universal de retirar todo o seu catálogo do TikTok foi motivada por desacordos em questões como compensação financeira e uso de inteligência artificial. Essa medida dominou as manchetes, com a UMG acusando o app de vídeo de tentar “intimidar” a empresa em um acordo, enquanto a plataforma chinesa acusava a major de “ganância”.

Sem tomar partido, o CEO da Warner Music, Robert Kyncl, expressou interesse em ver o assunto resolvido. Ele destacou sua experiência anterior no YouTube e a importância de um acordo justo para ambas as partes. 

CEO da Warner Music Group, Robert Kyncl. Foto: Divulgação

CEO da Warner Music Group, Robert Kyncl. Foto: Divulgação

Não conheço os detalhes da disputa. O que posso dizer é que tenho uma experiência bastante única nisso, obviamente, por ter estado do outro lado e por ter passado por esse tipo de disputa em que o conteúdo caiu. Então, eu sei exatamente o que Lucian (Grainge, CEO da UMG) e Shou (Zi Chew, CEO do TikTok) estão sentindo. Já passei por todos esses sentimentos várias vezes. Obviamente, não é bom para nenhum dos lados porque acho que todos querem consumar um acordo”, disse Kyncl na teleconferência sobre os resultados fiscais do primeiro trimestre.

Enquanto a Universal mencionou que o TikTok representava apenas cerca de 1% de sua receita total, o CEO da Warner Music afirmou que o acordo com a plataforma impulsionou um crescimento de 10% na receita com publicidade no primeiro trimestre fiscal da major.

Já no que diz respeito às ferramentas de IA musical no TikTok, uma das questões centrais no impasse entre Universal e a plataforma, Kyncl adotou uma postura firme, destacando a importância de estabelecer regras claras para proteger os direitos autorais.

Nosso trabalho está focado em garantir que as regras nessas plataformas respeitem os direitos autorais, e temos muitos direitos autorais. A Universal tem muitos direitos autorais. A Sony tem muitos direitos autorais, e muitos outros, a Disney, etc. Portanto, é muito importante ter regras claras, não apenas para o conteúdo original que eles estão criando com suas ferramentas, mas ainda mais importante, para conteúdo que é criado com outras ferramentas que vão parar lá”, afirmou Robert Kyncl.

Kyncl refletiu sobre o progresso desde que assumiu o cargo, destacando os aumentos de preços nos serviços de streaming e a importância de uma remuneração justa para os artistas. A Warner Music anunciou cortes de 10% no quadro de funcionários após os resultados do primeiro trimestre, com o objetivo de reinvestir as economias obtidas em música. Apesar do impasse atual, Kyncl expressou confiança de que a UMG e o TikTok eventualmente chegarão a um acordo, destacando os benefícios mútuos para ambas as partes.

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