O Suno, modelo de inteligência artificial generativa voltada ao mercado musical, participou de uma rodada de negócios e recebeu aproximadamente R$ 640 milhões. Agora, a empresa é avaliada em R$2,6 bilhões. Entre os investidores estão a empresa de capital de risco Lightspeed Venture Partners e a Founder Collective, empresa que financia projetos de tecnologia. As informações são do portal The Information.
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A rodada de financiamento contou com nomes como Nat Friedman, ex-CEO do GitHub, Daniel Gross, ex-líder de desenvolvimento de IA na Apple e parceiro na Y-Combinator, assim como Matrix. O processo também foi assessorado por 3LAU, Aaron Levie, Alexandr Wang, Amjad Masad, Andrej Karpathy, Aravind Srinivas, Brendan Iribe, Flosstradamus, Fred Ehrsam, Guillermo Rauch e Shane Mac.
Criada há dois anos, a empresa Suno tem sede em Massachusetts (EUA) e lançou sua IA há oito meses. Em dezembro de 2023, a IA passou por atualizações e saiu do lugar de chatbot para “compositora” de músicas.
Upgrades do tipo têm acontecido no mercado internacional de IA generativa para a indústria criativa. Nos mesmos passos, na semana passada, o Google anunciou o “Music AI Sandbox”, com demos produzidas por grandes nomes da música.
Até o lançamento de sua plataforma, a Suno contava com 12 funcionários. O algoritmo usa o ChatGPT, da OpenAI, para gerar letras e títulos, e seus algoritmos proprietários para gerar melodia e vocais. Ao mesmo tempo, crescem as críticas à tecnologia, pela falta de regulação jurídica para uso de fonogramas para treinamento de IAs.
“Lançamos nosso primeiro produto há oito meses, permitindo que qualquer pessoa pudesse fazer uma música com apenas uma ideia simples. Ainda é muito cedo, mas 10 milhões de pessoas já fizeram música usando Suno”, disse o CEO do Suno, Mikey Shulman, no pronunciamento oficial.
Enquanto profissionais e executivos do mercado fonográfico tentam pressionar as empresas de IA generativa para arrecadação de royalties, a Suno não se pronuncia sobre as acusações de uso indevido de canções para o treinamento de seu sistema.
De outro lado, o uso de ferramentas generativas para o processo musical cresce no mundo. Um estudo, feito pela Ditto Music, indica que 60% dos artistas independentes utilizam IA para criar músicas. Segundo o levantamento, a inteligência artificial está inserida desde a composição até a masterização das músicas para a maioria dos artistas independentes.