Chris Brown anunciou, nesta segunda-feira (30), que fará um show único no Brasil no dia 21 de dezembro, em pleno Allianz Parque, em São Paulo e, embora o cantor tenha uma base sólida de fãs no país que vibre com a notícia, outros ainda sentem o amargor pelo caso de agressão física à Rihanna em 2009. De lá pra cá, entre muitas polêmicas, o rapper emplacou alguns hits, saiu em turnê e seguiu com a carreira, envolto em uma atmosfera em que as pessoas parecem não fazer muito esforço pra lembrar – ou dar a devida importância – o que aconteceu. 15 anos depois, o caso de agressão impacta no desempenho do show de Chris Brown no Brasil em estádio?
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– Chris Brown e Rihanna viveram um relacionamento amoroso entre 2007 e 2009, época em que os dois já emplacavam hits como “Kiss Kiss” e “Umbrella”, respectivamente. Em fevereiro de 2009, o rapper chocou o público e a imprensa ao agredir fisicamente a cantora, deixando o rosto dela todo ferido e inchado e, em um ataque tão brutal, que Rihanna chegou a cuspir sangue.
– O caso de violência ocorreu em um quarto de hotel, pouco antes da festa de um renomado produtor musical, e o barulho da briga chamou atenção de vizinhos, que acionaram a polícia. Rihanna não hesitou em mostrar, publicamente, como ficou seu estado físico após a agressão, através de imagens que chocaram o mundo.
– O rapper enfrentou a Justiça dos Estados Unidos e, após se declarar culpado, foi condenado a 5 anos de liberdade condicional, e também a 6 meses de serviço comunitário. Além disso, Rihanna obteve uma medida protetiva que assegurava que o cantor se mantivesse longe dela durante 5 anos.
– Oito anos depois, em 2017, uma situação parecida veio à tona. Chris voltou a ser acusado de violência doméstica, dessa vez pela atriz Karrueche Tran, ex-namorada do rapper. Assim como aconteceu com Rihanna, a atriz conseguiu uma ordem judicial que o impedia de se aproximar dela durante um período de cinco anos.
– Além dos casos de violência doméstica, Chris Brown tem um histórico extenso de brigas, incluindo contra nomes conhecidos como Usher, Quavo e Offset. Ele também se envolveu em inúmeras outras polêmicas, como confusões com os próprios fãs, ameaças e processos na Justiça.
– Apesar de tudo o que foi feito e dos desdobramentos, o artista lançou discos, fechou contratos, viajou o mundo com shows, foi indicado e saiu vitorioso de premiações e descolou parcerias com nomes de peso, inclusive femininos, como por exemplo Chlöe e Ciara.
– No início do ano passado, Chris Brown ‘surtou’ através do story do Instagram após ver internautas relembrando do episódio com Rihanna, atacando-o. “Se vocês continuam me odiando por um erro que cometi aos 17 anos, podem beijar a minha b*nda!”, disparou o rapper, se referindo à agressão à cantora de “We Found Love”.
– No mesmo ‘desabafo’, o cantor trouxe à tona nomes de outros famosos que se envolveram em casos de violência doméstica e que, aos olhos dele, nunca deixaram de ser idolatrados pelo público. Ele citou nomes como os dos atores Sean Penn, Mel Gibson, Nicolas Cage e Josh Brolin; e dos músicos Ozzy Osbourne e Tommy Lee. Chris argumentou, ainda, que a tratativa do público com esses artistas foi outra por serem “homens brancos”.
– Do momento em que Chris Brown agrediu Rihanna brutalmente até aqui, muita gente desejou que o cantor caísse no ostracismo, no entanto, a história nos mostra um outro destino. Agora, 14 anos após sua última vinda ao Brasil, o rapper, que fará um show único no país em estádio, é recebido com comentários como “ué, mas só um show? Ele tem tantos fãs aqui!” e outros com o mesmo tom.
– Uma outra parcela do público, porém, não se deixa a memória apagar pelo que aconteceu com Rihanna e outros relacionamentos de Chris Brown, e questionam os espaços que são ocupados por ele mesmo depois de todo o histórico conhecido.