Ludmilla transformou a gravação de seu primeiro DVD ao vivo, “Hello Mundo”, em uma homenagem à Beyoncé, na quinta (15/2), na Jeunesse Arena. Os espectadores mais atentos conseguiram captar várias referências mais ou menos sutis à popstar americana – que foi o primeiro grande ídolo da brasileira. Basta dizer que, antes de assinar contrato com a Warner Music, Ludmilla se apresentava em festas e bailes funk usando o nome artístico de MC Beyoncé. Sem esquecer suas raízes, a carioca mostrou no show que a referência e influência de Queen B em sua carreira são proveitosas até os dias de hoje. Ter um “exemplo” de alto nível a inspirou a correr atrás para evoluir artisticamente também. “Nada é impossível”, ela disse no fim da apresentação.
Para quem começou humildemente e sem nome próprio, a gravação na Jeunesse Arena foi uma consagração. Ludmilla havia estado no mesmo lugar, há nove anos, assistindo à “I Am… World Tour” da Beyoncé. O “Hello Mundo” é certamente seu trabalho mais grandioso. Envolveu três palcos, 19 dançarinos e quatro trocas de figurinos. “Precisava fazer com que a Ludmilla fosse conhecida como uma cantora pop, não apenas ao nível nacional. Daí vieram muitas referências internacionais. Uma cantora pop tem presença, tecnologia, glamour, construção”, pontua o diretor do show, Fabio Lopes.
Dentre essas referências, Beyoncé foi mesmo notável. Desde as poses para finalização das coreografias ao resgate de alguns beats e cenários já utilizados pela americana. As batidas de “Grow Woman” foram identificados pelos fãs das duas cantoras em um sample, assim como as “caixas” que criavam silhuetas com luzes e sombras no show da esposa de Jay-Z no festival “Global Citizen” de 2015, que também foram recriadas e repaginadas por Ludmilla. Outro recorte da videografia da Queen B que foi lembrado durante “Hello Mundo” foi o de “Love On Top”, quando Lud e duas bailarinas criaram uma coreografia utilizando pedestais de microfones.
Logo que surgiu no palco cantando seu primeiro sucesso, “Fala Mal de Mim”, o figurino preto e dourado também lembrava bastante as escolhas da americana, assim como o seguinte, que era vermelho, sempre com mangas compridas e hot pants. Até mesmo as boinas usadas pelas bailarinas de Beyoncé no Super Bowl de 2016, o do Coldplay, fizeram aparição no show de ontem, quando Ludmilla se juntou a um pianista em uma sequência de músicas mais românticas, como “Não Quero Mais”.
O amor de Ludmilla por Beyoncé culminou com um cover de “Halo”, música que ela sempre amou cantar em seus shows. “Eu escolhi essa música porque marcou minha vida. Eu sempre gostei muito de cantar, sempre gostei muito de dançar, mas eu não tinha em quem me inspirar. Um dia, passando em uma feira, estava rolando o DVD da Beyoncé na televisão. Olhei para ela e disse ‘cara, eu quero ser igual a essa mulher. Como ela faz isso? Ela canta,ela dança, foda demais’. Então, Beyoncé, onde quer que você esteja, quero que saiba que você faz parte disso aqui, tá? I LOVE YOU SO MUCH, BEYONCÉ!”, declarou-se.