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HBO Max reúne Caetano Veloso, Chico Buarque, Ludmilla e mais em “2022”

Felipe Hirsch, Caetano Veloso, Owerá e Monique Gardenberg em "2022" | Foto: Divulgação

A HBO Max lançou hoje, dia 11 de março, o projeto “2022”, uma produção Max Original que marca o reencontro de grandes nomes da música brasileira. Com concepção de Monique Gardenberg, o especial apresenta 22 canções, divididas em dois atos. A produção nacional original também traz um terceiro registro dos bastidores, com entrevistas e cenas inéditas da produção, complementando o projeto.

Em entrevista ao POPline.Biz é Mundo da Música, Monique revelou como teve a ideia de criar o projeto. “Tive essa ideia de fazer uma nova reunião da música brasileira depois de rever um DVD que eu dirigi do Caetano Veloso, o “Fina estampa”, que foi para HBO há quase 30 anos, que marcava a chegada deles no Brasil. Me deu uma saudade dessas coisas assim, bem produzidas, bonitas, com riqueza musical”, conta.

“Imediatamente comecei a sonhar que podia ser o novo 1º de maio, quando eu tinha 20 anos  de idade, com Chico Buarque. Eu estava na faculdade e eles me convocaram com outras pessoas do movimento estudantil para ajudar a organizar. Comecei a sonhar com essa união da música brasileira  em torno do Brasil, nesse ano tão importante, que muita coisa vai ser decidida, que tem celebração da Semana de Arte Moderna, uma série de acontecimentos importantes”, revela Monique.

Monique Gardenberg | Foto: Mario Canivello

“A primeira coisa que fiz foi ligar para o Hermano Vianna e Lourenço Rebetez  para saber se eu estava louca, se era possível…”, brinca a diretora. No meio da sua fala, também na sala de entrevista, Hermano responde de imediato: “E nós achamos que ela estava louca!”, brinca.

“Como produzir isso no momento que estamos vivendo? Como reunir tanta gente nesse momento (de pandemia)? Mas quando fomos falando com outras pessoas, porque achávamos que não conseguiríamos fazer tudo sozinhos, percebemos que era possível!”, conta Hermano, que assina a curadoria musical ao lado de Lourenço.

A produção musical faz uma alusão ao centenário da Semana de Arte Moderna e celebra a modernidade através da potência e inventividade da música brasileira, em seus mais diversos gêneros. O roteiro oferece uma reflexão sobre o Brasil e confirma a cultura como força independente e indestrutível de uma nação.

“Trouxemos um olhar para o Brasil sobre um viés positivo. Estamos acompanhando uma vertente que sempre olha as coisas pela negação, e trouxemos canções de afirmação do Brasil, que dão uma força para gente”, destacou Lourenço durante a entrevista.

A produção conta com a participação de mais de 50 artistas, incluindo Caetano Veloso, Carlinhos Brown, Chico Buarque, Elza Soares, Gal Costa, João Bosco, Ludmilla, Emicida, Criolo, Arnaldo Antunes, Paralamas do Sucesso, Racionais, Martinho da Vila, entre muitos outros. “Não escolhemos nossas músicas preferidas para montar um show. Este é um show de reflexão do Brasil, produzido em num momento muito difícil de se refletir”, destaca Hermano.

Emicida e Criolo, em 2022 para HBO Max | Foto: Divulgação

Além de Monique, Hermano e Lourenço, o projeto tem a direção com Felipe Hirsch. Daniela Thomas assina a direção de arte e Fernando Young a direção de fotografia. A direção musical é de Liminha e Kassin, com regência de Jaques Morelenbaum. “2022” é uma produção WarnerMedia produzida pela Dueto, para a HBO Max.

Sobre 2022

Toda a apresentação está diretamente ligada ao conceito e ao propósito do projeto. Enquanto a música é celebrada pelos intérpretes no palco, a cenografia traz obras de artistas plásticos brasileiros, com forte presença da nova geração de artistas de diferentes origens, que inclui: Elian Almeida, Denilson Baniwa, Kika Carvalho, Éder Oliveira, Vânia Mignone, Márcia Falcão, Maxwell Alexandre, entre outros.

“A obra reflete não apenas o nosso compromisso com o fortalecimento da produção de conteúdos brasileiros, mas também com o desenvolvimento de novos formatos e projetos criativos que enalteçam a cultura e os talentos do País”, afirma Tomás Yankelevich, vice-presidente executivo e diretor de conteúdo da WarnerMedia.

Com mais de 200 pessoas envolvidas na produção, 2022 foi dividida em dois atos com 22 músicas que trazem encontros históricos e muitos inéditos. “O primeiro passo, acima de tudo, foram as canções. Depois pensamos em quem poderia cantar. Veio uma vontade muito grande de provocar a união, são raros os momentos que temos apenas um artista no palco. A ideia provocar esses encontros, tornar o especial algo surpreende e emocionante”, conta Monique.

Herbert Viana e Arnaldo Antunes em “2022” | foto: Divulgação

Ela descreve o projeto como um show narrativo, como a ficção. Que nasceu de um roteiro, assim como no cinema. A diferença é que em 2022 o roteiro é traçado pela música. “Uma canção vai conversando com a outra, sem apresentação. Elas são fortes, elas falam tudo que a gente quer falar. Queremos que as pessoas prestem atenção e escutem essas canções nessa ordem”, destaca Hermano.

Questionados sobre transformar essas gravações em um álbum de forma a ser possível de se ouvir em streaming, Monique é categórica em frisar a experiência de assistir e captar a emoção dos encontros: “Essa é uma obra audiovisual”.

Confira o trailer de “2022”:

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