Antes de cair no gosto dos charts, Marina Gold já era a queridinha do universo da moda. A jovem cantora e compositora paulista trilhou os eventos de grifes internacionais como Chanel, Dior, Valentino e Fendi, e virou um nome de referência no mercado corporativo. Com apenas dois anos de carreira, Marina traz em seu portfólio mais de 200 eventos que vão do Carnaval da Sapucaí ao Réveillon na Bahia, passando pelo jantar de gala do Brazil Foundation.
Formada e pós-graduada em administração, ela tem como diferencial uma cabeça de artista-empreendedora. “Trabalhei por muito tempo em uma multinacional e essa bagagem me ajudou a ingressar no mundo da música e a cuidar da minha carreira”, revela Marina.
“Começar nos eventos de moda foi algo natural, porque antes mesmo de me entender como artista, tinha uma afinidade muito grande, sempre considerei a moda como uma forma de expressão”, conta.
De contrato assinado com a Sony Music, Marina investiu numa mescla de estética vintage com efeitos 3D em seu segundo single autoral “Até Você Chegar”. A leveza da faixa – escrita por ela, Elias Inácio, Sabrina Lopes e Gino Martini – contrasta com a intensidade do registro audiovisual dirigido por Willy Hajli, da produtora Moonheist.
“O clipe trabalha a interseção entre um fashion-film e um videoclipe, trazendo referências estéticas dos dois universos visuais. A intenção era construir uma narrativa que se passasse em uma realidade suspensa, onírica, em que as personagens tendessem ao reencontro, como se suas jornadas individuais caminhassem a um ponto único de conexão”, comenta o diretor.
Este é o segundo clipe da Marina assinado pelo Willy, que traz no currículo campanhas conceituais com marcas como Natura, Converse e Brahma. O diretor também dirigiu recentemente o fashion film “Write Your Story”, para a marca La Chocolê, protagonizado por Isabelle Drummond, bronze no El Ojo na categoria Jovens Realizadores, além de ter sido finalista na categoria New Talents no Ciclope Latino.
Estética vintage
Todo gravado em película, o clipe de “Até Você Chegar” – que chega com exclusividade ao POPline.Biz é Mundo da Música, tem como cenário uma fazenda de eucaliptos no interior de São Paulo. “Foi um ato corajoso trabalhar com película, as dificuldades são ímpares. Mas, realmente, o resultado é único. Espero que as pessoas fiquem impactadas como eu fiquei quando vi o resultado”, lembra a cantora. Toda a concepção reflete o cuidado e sensibilidade da artista em entregar poesia em diferentes formatos.
“Entendemos que a película seria o melhor caminho para alcançarmos a estética pretendida e, além disso, o processo analógico nos faz tomar decisões mais precisas e definitivas. Queríamos que esse cuidado transparecesse no resultado final”, destaca o diretor.
Confira com exclusividade o clipe de “Até Você Chegar”:
Segundo Marina, o processo criativo foi muito longo e árduo, mas que tudo foi escolhido com muito cuidado por ela e Willy: o casting, o figurino, a locação, assim como todos os profissionais envolvidos, como o Osmar Jr., colorista que trabalha com grandes nomes como Selena Gomez . “Ele conseguiu dar um toque final mágico às imagens”, conta.
“A nossa intenção era trazer algo poético, sensível, autêntico e que se aproximasse de um fashion film. Acredito que esse ar vintage tenha vindo da película, que foi um grande desafio, mas que no fim valeu muito a pena, amo a textura e o jogo de cores que a película traz”, destaca.
Do cover ao autoral
“Até Você Chegar” é parte de uma série de seis canções autorais que Marina prepara para este ano – o próximo lançamento está previsto para agosto. Em maio, a artista apresentou “Bisnaguinha”, primeiro single desta sequência de lançamentos. Também acompanhada de videoclipe, a música já soma mais de 390 mil visualizações em seu registro audiovisual.
Mas foi com o cover que Marina conquistou seus primeiros fãs. No Spotify a versão de “Amor Falso”, feat com Marina Diniz, tem mais de 1,5 milhão de streams, e já mostra a personalidade da cantora. “Eu adoro fazer cover, mas acho que é um desafio para qualquer cantor, pois dificilmente algum cover supera o trabalho artista original, por isso a importância de trazer a sua própria personalidade a sua versão”, revela.
“Eu faço muitos casamentos, eventos de moda e corporativos e, quando você não tem composições autorais, você acaba tocando cover, mas sempre tentei levar minha identidade para as versões. Agora, está sendo uma delícia me encontrar como artista autoral e por no papel minhas próprias emoções, compor é eternizar um pouco de você e da sua arte”, conta.
E completa: “Ver as pessoas se identificando, é maravilhoso. Tem um gosto diferente você cantar algo que é seu, que veio do seu coração, mas é um desafio maior. A partir do momento que comecei a caminhar pro lado mais autoral, me conectei com alguns compositores que me identifiquei e gosto de trabalhar junto”.