Uma matéria do LA Times instigou os fãs de música nesta quinta-feira (6). O jornal sugere que a próxima edição do Grammy Awards deve promover uma espécie de “revanche” entre os trabalhos de Beyoncé e Adele pelo troféu de ‘Álbum do Ano‘.
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Em 2017, as duas estrelas protagonizaram um dos momentos mais memoráveis dos últimos tempos da premiação. Após vencer a categoria pelo álbum “25“, Adele fez um discurso emocionado, em que disse que Beyoncé deveria ter ganhado a condecoração por seu icônico “Lemonade” – boa parte do público concordou com a britânica e atribuiu a derrota de Queen B ao racismo da Academia de Gravação.
Naquele ano, a estrela inglesa também venceu as categorias “Música do Ano” e “Gravação do Ano“, deixando o sucesso de “Formation” sem destaque no “Big 4” (como são chamadas as quatro principais categorias do Grammy). O racismo da Academia de Gravação continuou ganhando destaque nos anos seguintes, com a falta de indicações para o “After Hours” de The Weeknd na edição de 2021, por exemplo.
Conforme apurou o LA Times, é bem provável que o disco “Renaissance” e o single “Break My Soul”, de Beyoncé, apareçam nas principais categorias do evento – álbum, gravação e música do ano -, assim como o álbum “30” e o sucesso “Easy On Me“, de Adele.
A publicação ressalta que, caso esse confronto se materialize nas indicações, a Academia de Gravação comemoraria, pois sinalizaria que a transmissão do evento teria uma boa audiência, com a presença de divas “A list”. Por outro lado, há um nervosismo por parte da organização de concretizar uma imagem ruim do Grammy caso Beyoncé não leve o prêmio desta vez:
“Mais uma perda para Beyoncé, a superestrela intelectualmente mais ambiciosa da música, arriscaria cimentar a percepção de que os Grammys simplesmente não entendem, já que artistas como Drake, Weeknd e Frank Ocean – todos se recusaram em vários pontos a enviar projetos para consideração de prêmios — argumentaram em público.” – LA Times.
Adele pode vencer Beyoncé novemente?
Mas essa possibilidade existe? Sim. Segundo a matéria, sim. “Adele definitivamente tem uma chance de vencer Beyoncé novamente por razões não relacionadas a qualquer conspiração nos bastidores“, ressalta o jornal.
De acordo com o LA Times, a preferência seria por uma questão de preferências estabelecidas da premiação. Enquanto o “30” é tocado à mão, convencionalmente estruturado e enraizado na narrativa pessoal da intérprete, o “Renaissance” tem uma abordagem mais “caleidoscópica para uma narrativa mais ampla sobre a história negra e queer”. O projeto de Bey também conta com uma imersão na dance music – gênero que o Grammy adotou apenas provisoriamente, segundo o LA.
Nem Beyoncé, nem Adele. Apenas…
Pode ser que a Academia evite premiar uma das duas artistas para evitar o tumulto e escolha um candidato da terceira via. Uma fonte do Grammy disse que não seria uma surpresa se os eleitores escolhessem a trilha sonora de “Encanto“, por exemplo, como “Álbum do Ano” a fim de evitar escolher entre Beyoncé e Adele.
Os indicados ao Grammy 2023 serão revelados no dia15 de novembro.