O presidente do Conselho de Administração do Grupo Globo, João Roberto Marinho, anunciou que, a partir de 01 de fevereiro de 2022, o Grupo Globo e a Globo terão novas lideranças. João Roberto Marinho assumirá a presidência do Grupo Globo e Paulo Marinho, hoje diretor de Canais da Globo, comandará a Globo (que tem a ‘Globo Comunicação e Participações S.A’ como razão social).
Os dois substituirão Jorge Nóbrega, atual presidente executivo do Grupo Globo e da Globo. Durante os próximos três meses, Jorge Nóbrega e Paulo Marinho conduzirão juntos o processo de transição na Globo. A substituição, planejada já há algum tempo, faz parte da jornada de profunda transformação digital da empresa, que foi iniciada por Nóbrega em setembro de 2018 e que estará a cargo de Paulo Marinho a partir do ano que vem.
Jorge Nóbrega, de 67 anos, atua nas empresas do Grupo Globo desde 1996. Em 2017, assumiu a presidência do Grupo, sendo o primeiro presidente a não fazer parte da família Marinho. Com a sua saída, João Roberto Marinho passará a estar à frente do Conselho de Administração e também do Grupo Globo – hoje formado pela Globo, pela Editora Globo, pelo Sistema Globo de Rádio, pela Globo Ventures e pela Fundação Roberto Marinho.
Nóbrega continuará a integrar o Conselho de Administração do Grupo Globo, que, presidido por João Roberto Marinho, é composto por Roberto Irineu Marinho e José Roberto Marinho, como vice-presidentes, e por Paulo Marinho, Roberto Marinho Neto e Alberto Pecegueiro, como conselheiros.
João Roberto Marinho seguirá também no comando do Conselho Editorial, responsável por discutir e propor orientação e alinhamento em questões editoriais, e do Comitê Institucional, que tem o papel de acompanhar e propor linhas de atuação para as relações institucionais do Grupo Globo.
Avanços na gestão de Nóbrega
Na Globo, a gestão de Jorge Nóbrega foi marcada pela revisão estratégica do negócio e pela adoção de um novo modelo operacional que, com o apelido de “UmaSóGlobo”, unificou, sob a marca Globo, a TV Globo, a Globosat, a Globo.com, o Globoplay, a diretoria de Gestão Corporativa e a Som Livre – recentemente vendida para a Sony Music.
Sob a sua direção, a Globo transformou-se numa empresa mediatech, com a qualidade de seus conteúdos fortemente apoiada pela tecnologia e voltada para o relacionamento direto com o consumidor.
Tendo promovido também um amplo processo de mudança cultural, Nóbrega alinhou ainda mais as práticas da empresa à pauta ESG, investiu em dados, estreitou o relacionamento com o mercado e as marcas através de novas práticas e formatos comerciais multiplataforma e ampliou as parcerias estratégicas.
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Sucessão
Em fevereiro de 2022, Paulo receberá de Nóbrega o comando de uma Globo que hoje reúne a TV Globo, seu canal de TV aberta; 26 canais de TV por assinatura; o Globoplay, maior plataforma brasileira de streaming; e serviços e produtos digitais, como o G1 no jornalismo, o GE.globo no esporte e o Gshow no entretenimento, entre outros.
Seu jornalismo produz mais de três mil horas de notícias todos os anos e dos seus estúdios, que integram o maior e mais moderno complexo de produção de conteúdo da América Latina, saem outras três mil horas anuais de entretenimento. No esporte, é uma das maiores detentoras de direitos de transmissão do mundo.
Dona de uma das maiores bases de dados sobre o consumidor brasileiro, com mais de 110 milhões de Globo IDs e mais de 10 bilhões de registros diários do que fazem em suas propriedades, a Globo tem aliado esse conhecimento sobre os hábitos de consumo dos brasileiros à relevância de seus conteúdos e às suas novas capacidades em tecnologia para explorar oportunidades estratégicas que vão além do ambiente de mídia e entretenimento.