O Globo de Ouro terá uma edição bastante atípica este ano. O evento, que acontece neste domingo (09), em Los Angeles, não terá celebridades, tapete vermelho, imprensa ou público, a não ser membros da Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood ou das instituições de caridade que foram ajudadas nos últimos anos.
Em um comunicado emitido esta semana pela HFPA, o grupo justificou as medidas apontando o agravamento da pandemia de Covid-19. No entanto, o evento já vinha enfrentando boicotes depois que acusações de racismo pela falta de representantes pretos na Associação (entre os cerca de 90 membros, não há um único negro) e acusações de suborno dos estúdios vieram à tona.
A 79ª edição do Globo de Ouro também não será televisionada. A NBC, que detém os direitos de transmissão da premiação, abriu mão da parceria.
“O evento deste ano será um evento privado e não será transmitido ao vivo. Estaremos fornecendo atualizações em tempo real sobre os vencedores no site do Globo de Ouro em nossas redes sociais”, disse um porta-voz da HFPA.
De acordo com Marc Malkin, editor de cultura e eventos da revista Variety, “a HFPA tentou trazer celebridades para anunciar os vencedores, mas nenhuma celebridade concordou”.
Além disso, a maioria dos estúdios não têm divulgado as indicações ao Globo de Ouro entre as conquistas de seus filmes e séries este ano. No geral, as produções premiadas no evento tinham aumento nas bilheterias, por isso, nos anos anteriores, os estúdios investiam montantes de dinheiro para divulgar a vitória.
Na tentativa de conter a crise, a HFPA contratou 21 novos membros para diversificar o quadro de profissionais e modificou seu regulamento.