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Funk no Ranking: Jon Jon cria projeto para resgatar a raiz do funk nacional

Assista ao novo clipe primeiro no POPline!
Funk no ranking
Foto; Letícia Carvalo

Nesta quinta-feira (17) foi dado o pontapé inicial ao projeto “Funk no Ranking”, do DJ e produtor Jon Jon . O objetivo é valorizar a história do funk, resgatando essa raiz do funk nacional e o colocar no topo das paradas. Para isso, em seu primeiro vídeo, ele contou com várias participações, de diversas gerações do gênero. São elas Azzy, Mc TH, Thiaguinho MT, Tati Quebra Barraco e Choji.

Funk no Ranking

Foto: Letícia Carvalho

Na faixa de quase seis minutos, o objetivo foi trazer sonoridades no beat que relembram os últimos 20 anos do gênero. O público vai se sentir no próprio “Furacão 2000”! O o produtor consegue a sua própria história com a história do funk – impossível se esquecer do “Jonathan da nova geração”, quando ele começou.

Só respeita o meu espaço /Porque eu só quero é ser feliz / E andar tranquilamente na favela onde eu nasci”. Os problemas das comunidades cariocas são os mesmos que os cantados pela antiga geração, mas, hoje, “o som de gueto / de favelado / no horário nobre / tá estourado”, canta Azzy.

Todos no clipe estão de roupa de gala, colocando os artistas do funk no lugar onde merecem estar!

Assista ao clipe antes no Portal POPline!

Falamos com Jon Jon para saber mais sobre o projeto. Leia

A ideia para “Funk no Ranking” surgiu de algum momento específico ou foi uma vontade nutrida há algum tempo? Conta mais pra gente sobre o projeto.

Bem, a ideia em si era de que o projeto fosse o mais abrangente possível, contemplando e conectando diversas gerações, unindo as composições do passado e do presente, dando um bom exemplo do que foi e do que é o Funk. O Funk no Ranking foi um processo de mais de seis meses de produção musical, que conseguiu a proeza de pegar as correntes e as tendências, das mais diversas dentro desse estilo, e dar uma releitura que destaca as qualidades sonoras, assim como realça os aspectos mais importantes contidos nos textos das letras.

E a ideia de reunir gerações diferentes? Como você chegou nos nomes de MC Brunyn, MC Natan, Azzy, Tati Quebra-Barraco, MC Sabrina, MC Ka de Paris, MC TH, MC Master, Choji, Thiaguinho MT?

Os nomes refletem a importância que cada um tem dentro do Funk, com contribuições inquestionáveis para esse segmento musical. De tal forma que se poderia dizer que Tati Quebra-Barraco é sinônimo de Funk (de fato ela é uma rainha), assim como MC Sabrina é singularmente completa nesse gênero (com uma performance única). Azzy representa a liberdade competente da nova geração, Ka de Paris em si é um fenômeno que traz em sua doce voz e toda a possibilidade que o Funk tem ainda pela frente.

Já MC TH é um grande amigo e irmão que o Funk me deu (um dos artistas mais competentes nesse segmento), enquanto MC Brunyn é da minha época da Furação 2000 e demonstra toda uma evolução dentro do Funk propriamente dito. Thiaguinho MT é uma das revelações que chegou para ficar e incorporar elementos novos (deixando a sua marca no Brega Funk), Choji é o rapper-funkeiro que consegue transitar com desenvoltura entre uma praia e outra, MC Natan representa o novo (recheado de boas referências do passado) e, por fim, MC Master já fez alguns trabalhos comigo esse ano (é minha alma gêmea nesse projeto).

Você começou no gênero quando ele era ainda mais marginalizado, sem expressão na mídia “tradicional” e com apoiadores cantores de outros gêneros. Como você viu essa “aceitação” do funk?

Foi um processo lento e gradual, que ainda está se desenrolando, podendo ter um alcance ainda maior, assim como rico em possibilidades de se alimentar em outras fontes rítmicas. Cresci vendo meus pais comprando horários em rádio e TV, investindo de fato no movimento. Hoje, o Funk está aí como um dos maiores movimentos do Brasil e do mundo, representado cada vez mais em diversos meios de comunicação como internet, rádio, televisão, entre outros.

O Funk não tem limite! Ele é o infinito com toda a sua criatividade. Sonho em ver um funkeiro ganhar o Grammy. Isso seria demais!

Como está o esquema de divulgação do projeto? Todos terão clipe? Como ele entra em 2021?

Intenso! De fato, esse projeto veio para fazer a diferença. A meta mínima é soltar de três a quatro por ano, onde todos terão clipe com uma faixa longa composta por diversas personalidades de diversas gerações. Entra com o “pé direito” em 2021, já preparando a próxima track do “Funk no Ranking” 2, ainda para o mês de abril de 2021. É esperar para conferir!

Fora esse projeto, outros planos pra 2021?

Muitos. Não paro nunca. Foguete não tem ré! Estou sempre soltando diversas músicas, mostrando o meu lado como produtor musical e DJ.

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