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Funk nacional completa três décadas de existência e ganha playlist comemorativa

Gênero tipo exportação, o funk brasileiro, responsável hoje por despontar diversos artistas no cenário musical mundial, começou, na verdade, como uma derivação de outros gêneros. Quando os primeiros bailes começaram no Rio de Janeiro do final dos anos 70, os DJs tocavam soul e funk, música americana. Quando as festas ganharam espaço no Canecão, antiga casa de shows carioca, movimentos ganharam força no subúrbio da cidade e conquistaram os olhos da imprensa, popularizando-se por todo o país.

Nos anos 80, ainda com letras em inglês, os ritmo começou a se desenvolver. Nesta época, o DJ Malboro, precursor e pioneiro do movimento funk nacional, introduziu a bateria eletrônica como elemento de criação de batidas, equipamento usado até hoje. No final da década, fase de consolidação do funk, Marlboro lançou o seu primeiro disco, “Funk Brasil”. A partir daí, a maioria das produções no país passaram a ser inteiramente nacionais, desde a batida até as letras.

No novo milênio, com o sucesso dos “bondes”, como o Bonde do Tigrão, o funk passou a tomar conta também das casas noturnas e academias frequentadas pela classe média. Foi neste período também, que as mulheres ganharam mais espaço no gênero, lideradas por nomes como Tati Quebra-Barraco, que chegou cantando letras que falavam de sexo, empoderamento e liberdade.

O funk, então, consolidado como ritmo, ganhou vertentes. O que era chamado de “funk carioca” se expandiu, deixando de ser necessariamente um fenômeno local. O “funk ostentação”, produzido principalmente em SP, consolidou-se no youtube, exaltando o consumismo desenfreado e sugerindo o desejo da população periférica por “melhorar de vida”. Hoje o mais tocado no país traz a famosa batida 150 BPM, também conhecida como “ritmo louco” ou “putaria acelerada”. As variações no decorrer dos últimos anos foram muitas. A popularização pelos “rolêzinhos” em 2013; o “funk consciente”, às vezes comparado ao rap, mostrando os problemas sociais e, principalmente, o descaso com os moradores de favelas; o “funk proibidão” sempre cercado de polêmicas, com letras que falam, principalmente, da vida no crime, sem fazer, necessariamente, apologia à criminalidade; e o “funk pop”, que costuma ser o destino final dos artistas que desejam conquistar espaço no mainstream nacional e internacional, com batidas semelhantes às do pop, músicas mais populares e letras suaves.

Vale lembrar que o Funk de hoje não está só nos bailes, está também na internet. Atualmente, o principal canal do YouTube brasileiro – com quase 53 milhões de inscritos – é o Canal Kondzilla, que traz também o primeiro e terceiro clipes nacionais mais acessados da plataforma: “Bum Bum Tam Tam”, do MC Fioti, com mais de 1 bilhão de views, e “Olha a Explosão”, do Kevinho, com quase 770 Milhões de visualizações.

O funk, que sempre se renova, mantendo-se cada vez mais atrativo dentro do cenário musical, ganhou grande impulso com os investimentos das companhias de música. A a Warner Music Brasil é a gravadora que mais investe no gênero, contribuindo com as carreiras de grandes nomes do cenário como Kevinho, Anitta, Ludmilla, MC WM, MC Fioti, MC Lan, Pedro Sampaio e Pocah.

Para comemorar os 30 anos desse marco, a Warner Music Brasil lança a playlist “Funk Brasil 30 anos”, que conta toda a história do gênero e conduz os ouvintes a uma viagem musical, desde os últimos lançamentos até as primeiras memórias relacionadas ao ritmo que, definitivamente, mudou a cara da música popular brasileira.

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