Entrevista! A segunda parte do álbum “Eu Nunca Fui Embora” chegou para acabar com qualquer dúvida de que 2024 é um dos melhores anos da Fresno. O lançamento do AOTY (album of the year), definido pela banda e pelos fãs, celebra toda a trajetória até aqui. A escolha de feats surpreendentes e do formato de lançamento do disco em duas partes é um reflexo da maturidade musical dos integrantes.
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Para entender as escolhas e a construção do trabalho, o Portal ROCKline conversou com Lucas Silveira e Guerra, que não poderiam estar mais felizes com o resultado. Confira!
“Reparação histórica”: “Se Eu For Vou Com Você”, o feat com a NX Zero
“A música foi muito bem escolhida, porque de todas elas, é uma música que tem cara de Nx também, ela tem um lance meio ‘Razões e Emoções’ [música do NX Zero], ali acontecendo. Só que a gente trouxe para a estética desse disco que tem uma parada oitenteira, tem solo de saxofone, tudo que uma música precisa ter, ela teve. O gozo completo, da felicidade dos emos da nação, a gente fez”, explica Lucas.
Guerra acrescenta: “Apesar dela ser uma música que todo mundo quer, do nosso fandom, mas ninguém espera. Meio que já passou do tempo, entre aspas, daquilo acontecer, sendo que a gente trouxe pro tempo de hoje, a galera vai ficar maluca.”
A parceria com Chitãozinho e Xororó em “Camadas”, single que inaugurou a nova fase
Anunciada da melhor maneira possível, com um vídeo temático no estilo sertanemo, a segunda fase de “ENFE” reafirmou a diversidade sonora. Sobre “Camadas” ser escolhida para reviver a lendária parceria entre Fresno e Chitãozinho & Xororó (alô estúdio Coca-Cola). A versão original de “Camadas” está na parte 1.
“A gente acredita muito que um feat precisa existir, não é uma coisa que a gente inventa muito, né. Nosso critério para um feat existir é aquela música precisar de um outro artista pra que a história dela seja melhor contada. E desde que a gente fez essa música, a gente sempre achava que ela era super sertaneja. Quando a gente tava organizando para fazer a segunda parte do álbum, surgiu o papo, já tinha me reaproximado de Chitãozinho e Xororó este ano, estava com o papo em dia e então tava com o papo em dia: ‘vamos fazer uma versão com eles’, se a gente tiver os reis do sertanejo, acho que vai virar muito bem pra quem conhece esse folclore todo da Fresno com Chitãozinho & Xororó”.
A parceria que a gente precisava e fez total sentido: Rodrigo Lima, Dead Fish, em “Essa Vida Ainda Vai Nos Matar”
Quem melhor do que falar das dores e delícias da vida artística do que Rodrigo Lima? Não tem. Para incorpar ainda mais a faixa, o vocalista do Dead Fish integra a canção.
“São 30 e tantos anos de banda, também nunca parou, mudou de formação já mil vezes, mas ali desde o começo tem o Rodrigo a figura central do bagulho. Quem viveu o hardcore do Brasil tem uma dívida com ele, porque basicamente ele escreveu as opiniões que tem sobre as coisas. (…) A gente tem Chitãozinho Xororó e a Pabllo Vittar (em ENFE), pra ficar mais maluco só falta botar o Dead Fish.
O álbum também traz a versão final da trilogia “Diga”, com Filipe Cato. “DIGA, PARTE 1” (2021), com o guitarrista Mateus Asato, e “Diga, parte 2” (2022).
Por que “Eu Nunca Fui Embora” é o álbum da Fresno para a banda? Lucas Silveira responde:
“Lá nos primeiros álbuns a gente lançava assim: ‘é o que deu, galera’. Porque era o que dava mesmo e a gente não tinha refinamento mental de saber se tava bom ou não, era sorte mesmo. Mas desde que a gente começou a tomar conta da produção, a ser independente, eu considero nossos álbuns, sempre que tá pronto assim, aquele calor da hora: ‘esse aqui é definitivo’.
Para Guerra, o álbum superou os planos: “esse álbum, como foi o primeiro que a gente lançou em dois pedaços, eu confesso que ele passou das minhas expectativas, porque a gente continuou fazendo ele pós-lançamento da primeira metade. Apesar de ele estar ‘pronto’, a gente continuou mexendo.”
Confira a entrevista completa com a Fresno: