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First Listen: Ivete Sangalo mergulha no universo de Jão e Vitão em “Me Liga” e “Na Janela”


O dia das mães deste ano será triplamente especial para quem é fã de Ivete Sangalo. Neste domingo (10/5), a cantora fará a sua segunda live show dessa quarentena, a Live Leve, e de quebra ainda libera duas faixas inéditas. “Me Liga”, parceria com Jão, e “Na Janela”, parceria com Vitão, serão lançadas nas plataformas digitais à meia noite, mas o POPline já ouviu as duas músicas e adianta alguns detalhes para você.

Foto: Divulgação.

O mais interessante das duas colaborações é sem dúvida testemunhar o encontro de duas gerações de artistas que se complementam e somam muito nas carreiras uns dos outros. Essa não é a primeira vez que Ivete faz algo do tipo, se observarmos a carreira da cantora podemos lembrar, por exemplo, do encontro dela com Sandy e Junior em seu primeiro DVD gravado em Salvador em 2004. Na época a dupla estava vivendo o seu auge e cantou “Desperdiçou” com ela nessa performance que entrou para o projeto.

Assim como fez há 16 anos, Ivete mais uma vez se permite mergulhar de cabeça no universo dos seus parceiros musicais e flertar com suas produções, que têm características bem marcantes. É fácil identificar uma música do Jão, afinal de contas ela transborda sentimentos em seus versos, nos coloca a flor da pele e “Me Liga” é assim. Da mesma maneira que percebemos com clareza uma composição do Vitão, ela é sempre sensual e tem pontes e refrões “chiclete” que com apenas uma audição já cantarolamos e “Na Janela” é assim.

 

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Acompanhada de um violão, “Me Liga” começa com a voz aveludada de Ivete Sangalo nos versos “Pode deixar / pode confiar / se eu não te tenho / não quero mais ninguém” e instantaneamente lembramos de suas baladas de maior sucesso, que ela fez e faz com maestria. A história é de saudade, desencontro, um casal que se separa quando um dos amantes viaja para a “cidade grande”. O refrão é fácil: “Queria te telefonar / quem sabe te fazer lembrar / de quando a gente era um do outro / então me liga.”

A voz de Jão chega na segunda parte da música e arremata o enredo de desamor de “Me Liga” com os versos “A vida muda / mas nada muda / me sinto tão solto agora que não me segura”. Diria que esta é uma clássica composição de Jão, sem tirar nem pôr, já que ele é aquele artista que se permite ser cru, explícito com seus sentimentos, e essa música é mais uma delas. Depois dos versos solo de Jão, a voz dele e de Ivete se sobrepõem no final do segundo refrão, nos levando até o último refrão onde eles dividem os versos até o final. A parte ruim desta música é que ela acaba em 2min31.

“Na Janela” é “swingada” desde o início e logo após os primeiros acordes já escutamos a voz de Vitão em melisma. “Minha mãe sempre me falou / filha cuidado com tanto jogo de amor / que essa vida é nada fácil” são os primeiros versos de Ivete, que, honestamente, consegue cantar o que ela quiser. Vitão chega logo depois da estrofe inicial com uma ponte deliciosa de se ouvir e bem marcante, como avisei lá em cima no terceiro parágrafo desse texto. “Longe de você / talvez possa ser / bom pra se esquecer / nada que um banho de mar não apague.” Em termos de comparação, essa parceria poderia ter entrado no DVD “Acústico” da Ivete, do ladinho de “Seus Planos”, ela combina super bem com a atmosfera registrada ali.

 

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“Eu sei que quando passar / a gente deixa todo sol entrar na janela / como se fosse tu tão doce / que me trouxe luz de noite” é o refrão, que de primeira é cantado só por Ivete e antecede os versos solo de Vitão, “Só sei que eu já tou muito bem / prefiro sem ninguém”. As vozes dos dois artistas se encontram na segunda repetição da ponte e nos versos finais que nos embalam ao último refrão. “Na Janela” é uma música leve que te remete a sol e praia, temáticas que nos fazem lembrar com tranquilidade dos dois intérpretes. Assim como “Me Liga”, ela merece um ou dois repeats, já que tem 2min45 de duração; ambas curtinhas, deixando um gosto de quero mais.

As duas parcerias têm potencial para levar Ivete Sangalo a um público novo, que embora lhe conheça, talvez ainda não tenha tido a oportunidade de abraça-la inteiramente como a artista que é. Da mesma maneira que “Me Liga” e “Na Janela” também transportam Jão e Vitão para uma parcela de fãs de Ivete que possivelmente ainda não tenha ouvido músicas dos dois cantores e experimentado o frescor da geração que ambos representam.