in

‘Festival Amazônia Mapping’ convida público para experiência imersiva em metaverso amazônico

Em edição extra online, o evento acontecerá nos dias 6 e 8 de março em uma ilha virtual com programação gratuita que integra performances artísticas, música, videomapping e oficina

Foto: Divulgação

O Festival Amazônia Mapping, evento de arte e tecnologia do Brasil, convida o público para vivenciar uma experiência imersiva no metaverso amazônico nos dias 6 e 8 de março. O tema desta edição será Floresta Viva e os conteúdos serão disponibilizados gratuitamente no canal do Youtube e site do festival, acesse aqui.

 Com apresentações inéditas em uma Amazônia imaginária, o evento  promove uma programação multilinguagem, com encontros entre artistas amazônicos e paulistas em ambiente virtual, que apresenta a floresta e cidades da região como personagens do cenário criado para o festival. 

Leia Mais:

Associando música e imagem em shows inéditos, entre os participantes está o artista indígena de Manaus Nelson D. que, em dupla com a artista visual Bianca Turner, proporcionarão uma viagem audiovisual  ‘Cyber amazonense’.

 Já a cantora Aíla, expoente da música pop da Amazônia, apresentará de forma inédita as músicas do seu disco Sentimental em parceria com o artista Jean Petra, convidado a fazer intervenções com elementos e objetos 3D, sobre vídeo captado com uma câmera 360º , criando uma narrativa junto ao filme.

 A DJ Meury, que também é produtora e importante nome da cena de tecnobrega do Pará, tocará pela primeira vez as suas produções na Ilha VR do Amazônia Mapping, com projeções de diversas obras do artista PV DIAS, incluindo o Altar Sonoro.

 A experiência também trará a performance nomeada Crisálida, da artista visual e performer Rafael Bqueer, em que se abarca o conceito de um ser em metamorfose, uma identidade em transição, assumindo subjetivas formas, alternando gestos entre a delicadeza e visceralidade de sua mutação. 

 Uma experiência de projeção sobre a floresta virtual fica por conta da artista multimídia e diretora artística Roberta Carvalho com a obra imersiva Resiste!, que percorre videoarte, realidades mistas e intervenção urbana, criando uma  poesia visual realizada para pensar sobre temas urgentes como a preservação e as reconexões com a natureza.

 O Amazônia Mapping ainda promove uma colaboração inédita entre os artistas Microdosys e Ilumina Chebel nos visuais e Irû Waves na trilha sonora para a criação Alma de Selva, um vídeo mapping com imagens sintetizadas a partir das redes neurais de inteligência artificial. Por meio da técnica text-to-image, a obra introduz as forças invisíveis da natureza que se mostram em sons e nas máscaras dos espíritos dos animais. Elas surgem marcando sua presença como um aviso, pedindo respeito e proteção para a floresta.

“O festival dá protagonismo a um dos assuntos mais importantes no momento para o mundo: a Amazônia, que é floresta e é cidade. São muitas Amazônias, e a gente está aqui para mostrar toda essa pluralidade e romper estereótipos. A arte sensibiliza as pessoas pela emoção, transmite novas perspectivas  por meio de suas linguagens. Essa edição traz também encontros inéditos entre artistas amazônidas e de São Paulo, com o intuito de fazer circular ainda mais a arte brasileira produzida na região Norte para além das margens. ” pontua Aíla que, além de se apresentar no Festival, é codiretora artística do projeto.

Aíla que, além de se apresentar no Festival, é codiretora artística do projeto. Foto: Divulgação

Tecnologia e arte

Como referência da intersecção entre arte e tecnologia, desde sua primeira edição em 2013, o FAM tem a Amazônia em seu DNA. A fim de submergir o público para que possa aproveitar ao máximo essa experiência, serão utilizados conteúdos inéditos, gravados em formato 360º e elementos originais da floresta, como rios e cidade para as projeções, integrando artistas reais em ambientes virtuais e presenciais. A experiência poderá ser aprimorada com o uso de óculos de realidade virtual.

 A ilha foi desenvolvida durante a pandemia, por meio da plataforma Unreal Engine, usada para a criação de gráficos de jogos eletrônicos. O projeto foi premiado na categoria ‘Inovação: Música e Tecnologia’, da Semana Internacional de Música de São Paulo (SIM SP), e desde então foi palco das duas últimas edições do festival. 

A direção artística do projeto é assinada pelas artistas Roberta Carvalho e Aíla, destaques do Pará contemporâneo, que trazem esse encontro de sucesso entre imagem e música. Recentemente, estiveram juntas também na NAVE do Rock in Rio, onde Roberta assinou a direção artística geral, e Aíla, a direção musical.  

 “Proporcionar este tipo de experiência é mostrar que tecnologia e arte podem andar juntas, levando o público a vivenciar  momentos de curiosidade e encantamento. Nosso festival propõe esse mergulho  para todos, reafirmando a força  da cultura produzida na Amazônia e a importância da floresta para o mundo”, afirma Roberta Carvalho, artista e também realizadora do Festival Amazônia Mapping.

Roberta Carvalho, artista e também realizadora do Festival Amazônia Mapping. Foto: Divulgação

Oficina online

Focada no compartilhamento do processo de construção da experiência em Realidade Virtual do Festival Amazônia Mapping, a etapa de vivência será realizada online e gratuitamente no dia 8 de março, a partir das 19 horas. Ministrada por Roberta Carvalho e Caio Fazolin, do estúdio ADA, responsável pelo desenvolvimento tecnológico do ambiente virtual. As inscrições serão divulgadas em breve nas redes sociais oficiais, limitadas a 100 vagas. 

A proposta é convidar os participantes a conhecerem a história e as tecnologias que embasam a construção da ilha virtual do Festival Amazônia Mapping, evento pioneiro no mercado de artes visuais e tecnologia no Brasil.

Durante a conversa, serão discutidos tópicos relacionados à criação do ambiente virtual, à escolha dos artistas e à produção das apresentações artísticas. Além disso, serão compartilhados exemplos de como a tecnologia advinda do mundo dos games pode ser utilizada para amplificar a expressão artística e a conexão entre o público e as obras.

Durante duas horas, estarão reunidos profissionais da área de tecnologia e arte, que irão compartilhar suas perspectivas sobre o uso da tecnologia no contexto da produção cultural. Este será um momento único de aprendizado e troca de experiências para todos aqueles que se interessam pelo tema. Será uma oportunidade para o público aprender sobre o mundo da arte e da tecnologia e como elas se juntam para criar experiências imersivas.

 

Confira abaixo a programação completa:

Segunda-feira (6)

Música e Imagem: Nelson D + Bianca Turner

Música e Imagem: Aíla + Jean Petra

Música e Imagem: DJ Meury + PV Dias

Performance: Rafael Bqueer

Vídeo Mapping: Resiste! / Roberta Carvalho

Vídeo Mapping: microdosys + ilumina chebel / Trilha: Irû Waves

Horário: A partir das 11 horas

Local: No site e canal oficial do YouTube do Festival Amazônia Mapping.

 

Quarta-feira (8)

Vivência

Facilitadores: Roberta Carvalho e Caio Fazolin 

Data: 8 de março

Horário: 19 horas

Duração: Duas horas

Vagas: 100 

Específico para profissionais e interessados da área de tecnologia