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Festival AfroPop: Margareth Menezes, Olodum e novos nomes da cena afro-urbana

Foto: Fernando Torquatto/Divulgação

Com intuito de reverberar a potência cada vez mais viva da cultura afro-urbana brasileira e suas conexões modernas, o Festival AfroPop dá voz à efervescência do cenário contemporâneo da arte negra no país, destacando a diversidade rítmica brasileira e unindo artistas de diferentes gerações em um só palco. O evento, divulgado em primeira mão pelo POPline.Biz é Mundo da Música, acontece nos dias 10 e 11 de julho, às 19h, pelo YouTube, e tem como anfitriã a artista Margareth Menezes – precursora do movimento.

O Festival vai reunir nomes como Olodum, Dão, Panteras Negras feat Tulani Masai e Cronista do Morro, além de Márcia Short que fará uma participação especial no primeiro dia de evento. O festival também contará com registros audiovisuais de depoimentos de grandes artistas brasileiros fundamentais na formação das referências afro-urbanas atuais, como Gilberto Gil, Letieres Leite, Carlinhos Brown e Matheus Aleluia.

Fotos: Divulgação

O evento também vai rememorar, ampliar e dar continuidade a um potente encontro em celebração ao Movimento que aconteceu durante a realização da Concha Negra, em fevereiro de 2020, na Concha Acústica de Salvador, reunindo Margareth Menezes, Luedji Luna e Afrocidade.

“Precisamos pensar o Brasil com mais pertencimento, mais propriedade. Nosso referencial é necessário para construir um presente seguro. Já que somos, efetivamente, participantes da construção da identidade afro-brasileira no mundo. A cultura que não se renova fica estática no tempo, endurece e envelhece dentro da sua rotunda. Vivemos tempos de constante modernização e nós, afro-brasileiros, temos o direito e o dever de nos posicionarmos”, defende Margareth Menezes.

Movimento AfroPop Brasileiro

Como inspiração maior, o Festival traz referências importantes do Movimento AfroPop Brasileiro, difundido nacional e internacionalmente a partir de 2005 por Margareth Menezes. O movimento fortalece a cultura brasileira, em suas raízes negras e indígenas aliadas à força do conceito pop e da arte urbana contemporânea, se colocando como mecanismo de avanço, contra o apagamento racista da memória, a favor do protagonismo e da representatividade do povo negro nas mais diversas áreas de atuação.

Carregado de simbologias estéticas, o Movimento AfroPop trabalha para a afirmação e continuidade da história, ao mesmo tempo que adiciona camadas de inovação e tecnologias. “O AfroPop é um movimento que promove a beleza e a riqueza ancestral junto à contemporaneidade e que acolhe todos que lutam pela igualdade de direitos. É o abraço entre o tambor e o computador”, explica Margareth, que ouviu pela primeira vez o termo ‘AfroPop’ aplicado à música que faz, em 1991, durante uma turnê internacional ao lado do músico americano David Byrne.

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