Ariana Grande não quer mais saber de ouvir rappers usando a palavra “bitch” para se referir às mulheres em suas músicas. O termo, em português, pode ser traduzido como vadia, vaca, prostituta e similares. Mas é muito comum na cultura pop americana. “Não importa se é na indústria da música ou na vida real, precisamos quebrar o paradigma e isso precisa desaparecer logo”, afirmou, em entrevista ao jornal The Mirror.
A cantora, que já namorou o rapper Big Sean, vem cada vez mais reiterando seu discurso feminista sempre que pode. Ela afirma que o mundo da música é extremamente sexista e misógino, assim como a percepção do público. “Quando um homem fala sobre as mulheres em suas músicas é tipo ‘yeah, são vadias prostitutas!’. Se uma mulher faz uma música sobre um término, dizem ‘wow, não acredito que ela fez isso’ ou ‘que vadia!’”.
No ano passado, a americana escreveu um textão sobre feminismo, fazendo um desabafo sobre como vê o lugar que as mulheres ainda ocupam na sociedade. “Ser empoderada não é o mesmo que ser uma vadia. Ter algo a dizer não é o mesmo que ter uma atitude ruim. O que eu quis dizer sobre ‘não ser a ex do Big Sean’ é que estou cansada de viver em um mundo onde mulheres são mais reconhecidas como propriedade de um homem no passado, no presente e no futuro. Não pertenço a ninguém, além de mim mesma. E nem você”, escreveu. “Se uma mulher faz muito sexo, ela é uma puta. Se um homem faz sexo, ele é o maioral, o poderoso, o rei. Se uma mulher fala sobre sexo abertamente, ela está envergonhando. Se um homem fala ou faz raps sobre as mulheres (chamando-as de vadias, que amável!), ele é incrível, super legal. Se uma mulher é vista com amigos, imediatamente são feitas suposições sobre um relacionamento, sexo e ela logo é rotulada. Se um homem é visto com uma mulher, seu status é: ‘caramba, ele arrasou!’”.