Com cenários incríveis, uma belíssima fotografia, figurinos e visuais de parar o trânsito e, é claro, muita coreografia, o videoclipe de “Ginga”, novo single de IZA e que conta com a participação de Rincon Sapiência, já é um sucesso. Com apenas quatro dias de lançamento, o clipe já acumula quase 4 milhões de visualizações no YouTube.
E foi a beleza do videoclipe que chamou a atenção, deixando evidente e com muito orgulho as influências afro presentes tanto no visual como na coreografia de “Ginga”.
Para falar sobre essas influências e sobre o processo criativo do videoclipe de “Ginga”, o POPline conversou com o diretor Felipe Sassi, que nos explicou exatamente qual o caminho que ele, Bianca Jahara, a diretora criativa do clipe, e IZA, que participou de todas as etapas do processo, queriam seguir para o clipe de “Ginga”.
Quais pontos nortearam a pesquisa para criação do clipe?
O primeiro ponto foi buscar uma forma de exaltar os elementos já presentes na música. Então ouvi, senti e fui criando. Busquei muitas referências na cultura afro, no cinema e no universo pop.
Dentro do clipe, há quatro segmentos com figurinos e visuais bem específicos. Qual o conceito deles e como se interconectam?
Quando conversei com a IZA sobre o que ela queria passar com o clipe, ela disse que queria falar sobre força, movimento, sobre se adaptar às condições que a vida impõe e sobre se reinventar, aquilo que a música passa mesmo. Sinto que essa canção tem uma energia que te desperta a ir atrás de algo que você quer, que sonha. De alguma forma tudo isso me trouxe a ideia de explorar os 4 elementos, que imprimem a origem de tudo, a origem da força, da fé. A natureza é muito forte e quis agregar os conceitos de união, de representatividade, da divindade feminina e da libertação por meio da música.
Quanto tempo antes um trabalho como esse começa a ser pensado?
Pra esse projeto tivemos um pouco mais de tempo. Conseguimos definir o roteiro em uma semana e tivemos mais umas três semanas de pré pra desenvolver os figurinos, buscar locações, direção de arte e tudo que o clipe demanda. Mas é sempre uma correria! Filmamos numa quinta e sexta e na sexta seguinte já estava no ar.
A direção criativa é sua e da Bianca Jahara. O que a própria IZA trouxe para o clipe?
A IZA está sempre presente em todo o processo, sempre trazendo idéias, quer saber de tudo, quer aprovar tudo. Tá certa, né? É um processo muito divertido, colocamos muito amor e dedicação em tudo. E sobre a Bianca, falo até que é minha marida, ela tem as maiores pirações na hora da criação e nossa sintonia artística é incrível. Os figurinos contam muito a história de um clipe, transmitem a mensagem que queremos passar, então achamos muito importante essa união de direção criativa na concepção do roteiro. Faz toda a diferença!
“Ginga”, assim como “Pesadão”, faz parte do primeiro álbum da carreira de IZA, intitulado “Dona de Mim” e que deve ser lançado ainda no primeiro semestre deste ano de 2018.