ATENÇÃO: a matéria a seguir aborda assuntos como abuso e violência sexual, o que pode ser gatilho para algumas pessoas. Caso você esteja passando ou conheça alguém que possa estar sendo vítima deste tipo de violência, procure o canal de denúncia da Mulher, Família e dos Direitos Humanos, pelo telefone 100.
Felipe Prior foi condenado pela Justiça de São Paulo a seis anos de reclusão por estupro. A decisão de primeira instância definiu o regime inicial de cumprimento de pena como semiaberto, e ele poderá recorrer em liberdade. Porém, de acordo com a advogada de quatro mulheres que denunciam o ex-BBB, ele ainda poderá ser sentenciado a 24 anos de prisão pelos crimes.
> Siga o OMG! no Instagram para acompanhar o mundo das celebs, reality shows e memes
LEIA MAIS:
- “Fantástico” entrevista mulher que acusa Felipe Prior de estupro
- Namorada de Felipe Prior toma atitude após reportagem do “Fantástico”
- Advogados de Felipe Prior comentam condenação do ex-BBB por estupro
Na noite do último domingo (16), o “Fantástico” exibiu uma entrevista exclusiva com uma das vítimas, identificada como Themis. Segundo o G1, a reportagem conversou com a advogada Juliana Valente, que informou que outras três mulheres também acusam Felipe Prior de abuso sexual. Os delitos teriam acontecido em 2015, 2016 e 2018 — ele se tornou réu em um deles e é investigado nos outros dois.
“Caso ele também venha a ser condenado nessas outras violências sexuais – o que a gente tem plena convicção, diante de tantas testemunhas, laudo, print, prontuário –
ele pegará, no mínimo, 24 anos de condenação“, afirmou Juliana Valente.
A criminalista explicou que esse cenário é possível porque a pena para o crime de estupro varia entre seis anos (pena mínima) e dez anos (pena máxima), ou seja, em caso de condenação com pena mínima nos outros três casos, a somatória seria de 24 anos.
“A gente acredita que ele pegue uma pena maior nesses outros casos. A gente espera, acredita na Justiça brasileira, que vão acontecer essas condenações desses crimes brutais. Depois de tanto sofrimento, essas vítimas vão conseguir o mínimo da Justiça, porque essa dor nunca vai ser reparada”, disse.
Para a advogada, o tempo da pena na condenação relativa ao caso de 2014 também poderia ser maior: “A pena poderia, sim, ser aumentada por conta da brutalidade do crime, por conta da personalidade do autor, por conta do modus operandi que o crime ocorreu; sem camisinha… Diante de toda essa violência, a gente entende, sim, que caberia um aumento de pena”, pontuou.
A equipe que defende Felipe Prior reitera, em nota, a inocência dele e que a sentença prolatada pela 7ª Vara Criminal de São Paulo será objeto de recurso de apelação ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.