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‘Falsos Streams’: TIDAL está sob investigação criminal na Noruega

A autoridade da Noruega para investigação de crimes econômicos e ambientais, Økokrim, inicou uma investigação na manhã dessa segunda-feira (14) sobre alegações de que a TIDAL falsificou números em streaming, informou o Jornal Norueguês Dagens Næringsliv.

As acusações iniciaram em maio de 2018, após a divulgação de um relatório realizado pela publicação norueguesa. No material, o Jornal apontou a TIDAL de falsificar intencionalmente os números de streaming dos discos “Lemonade” de Beyoncé e “Life of Pablo”, de Kanye West, pagando royalties maiores aos artistas. A empresa, que é principalmente de propriedade do marido de Beyoncé, Jay-Z, negou veementemente os relatórios. Nós do MM publicamos a matéria no período, com todos os detalhes, e você pode ver novamente clicando aqui.

A promotora-geral da Økokrim, Elisabeth Harbo-Lervik, confirmou que uma investigação das autoridades norueguesas foi lançada no final do ano passado e “ainda está em estágio inicial”. O jornal afirma que pelo menos quatro ex-funcionários da TIDAL foram entrevistados perante um juiz e enfrentaram mais de 25 horas totais de questionamento.

A TIDAL divulgou uma declaração ainda na manhã de hoje (14): “A TIDAL não é uma suspeita na investigação”, diz a declaração. “Estamos nos comunicando com Økokrim. Desde o início, o DN citou documentos que eles não compartilharam conosco, apesar de repetidos pedidos. A DN fez repetidas reclamações com base em informações que acreditamos que podem ser falsificadas. Estamos cientes de que pelo menos uma pessoa que suspeitamos de roubo foi questionada. Não podemos comentar mais a respeito neste momento e nos referimos à nossa declaração anterior, que ainda permanece. ”

Segundo a Variety, a TIDAL fez referência a uma declaração do CEO Richard Sanders em maio passado, que diz: “Rejeitamos e negamos as alegações feitas pelo Dagens Næringsliv. Embora normalmente não façamos comentários sobre histórias que acreditamos serem falsas, sentimos que é importante garantir que nossos artistas, funcionários e assinantes saibam que não estamos levando a segurança e a integridade de nossos dados de forma leve, e não retornaremos do nosso compromisso com eles. Quando soubemos de uma potencial violação de dados, imediatamente e de forma agressiva, começamos a buscar vários caminhos disponíveis para descobrir o que ocorreu. Isso incluiu reportá-lo às autoridades competentes, buscar ações legais e tomar medidas proativas para fortalecer ainda mais nossas rigorosas medidas de segurança que já estão em vigor. Além disso, contratamos uma empresa de segurança cibernética terceirizada independente para conduzir uma análise do que aconteceu e nos ajudar a proteger ainda mais a segurança e integridade de nossos dados. ” 

De acordo com o Dagens Næringsliv, os três ex-funcionários entrevistados – dois analistas de negócios e o chefe de inteligência de negócios, responsável pela análise dos números de streaming – deixaram o Tidal ao mesmo tempo no segundo semestre de 2016. O documento diz que os três executivos “ reconheceram sinais de manipulação sobre os álbuns relevantes de Kanye West e Beyoncé ” e, em seguida, contatou um advogado antes de informar a gerência da empresa sobre suas descobertas. Os três posteriormente se demitiram da empresa.

Continuaremos acompanhando o desenrolar dessa investigação aqui no MM.

 

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