O documentário “Pra Sempre Paquitas”, sucesso absoluto no Globoplay, é alvo de mais uma polêmica. A fã Joana Di Carso afirma que é a verdadeira idealizadora do projeto e que teve sua ideia roubada pelas Paquitas Tatiana Maranhão e Ana Paula Guimarães. Segundo Joana, elas boicotaram seu projeto de documentário para fazerem o delas.
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“Se eu fosse uma pessoa muito cretina, eu estaria soltando print por aí, de conversa que tive com paquitas e falando ‘aqui, amor, a ideia foi tua mesmo?’, mas não preciso fazer isso. Tem print, tem áudio, e-mail, tem tudo”, ela conta em entrevista ao canal “Eu Sou Fotógrafo – Deco Müzell”, “a única coisa que posso te garantir é que alguns depoimentos que vi da Xuxa falando sobre o documentário das Paquitas, ela mentiu”.
No programa “Altas Horas” de setembro, Xuxa Meneghel contou que a ideia para o documentário “Pra Sempre Paquitas” surgiu em uma reunião dela com as ex-assistentes em sua casa. Mas Joana garante que, na ocasião, Xuxa já sabia do projeto dela. “Eu já tinha depoimentos de Paquitas gravados. Ela mesma já tinha falado que poderia me dar uma entrevista, mas esperaria todas falarem. Ela finge que isso não existiu. Se a ideia surgiu na casa dela, foi a ideia de roubar, boicotar o projeto, ou seja lá o que for. A ideia de fazer um documentário não surgiu na casa dela. Surgiu comigo, em 2018”, explica a fã e diretora.
É importante dizer que a Justiça não protege o direito autoral de ideias no Brasil. É preciso, no mínimo, o registro de sinopses e argumentos de projetos cinematográficos para uma disputa legal. A sinopse e o argumento são textos mais desenvolvidos e detalhados do que uma simples ideia.
Joana di Carso, no entanto, não mente quando diz que a ideia de um documentário das Paquitas foi dela. Ela chegou a gravar depoimentos das Paquitas Andréa Sorvetão, Andréa Veiga, Luise Wischermann, Juliana Baroni, Thalita Ribeiro, Joana Mineiro e Daiane Amêndola em 2018. Quando o projeto empacou, ela disponibilizou as gravações avulsas no YouTube em 2020.
O que dizem as Paquitas
Andréa Sorvetão, bastante crítica do documentário do Globoplay, já falou sobre o assunto em seu canal no YouTube, em 28 de setembro. Ela confirma a história relatada por Joana. “Quem foi a real idealizadora desse projeto, quem teve a grande ideia, a grande sacada, foi uma menina aqui de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. A Joana di Carso. Ela entrou em contato comigo através do meu Instagram, falando que gostaria de fazer uma homenagem para as Paquitas”, conta Sorvetão.
“Depois, começou um vuco vuco no grupo [de Whatsapp]. A Priscilla [Couto] veio falar que não achava justo a gente entregar nossa história para qualquer um, e que a gente teria que estar ganhando dinheiro com isso. Levei um susto. Logo depois entra a Tatiana falando ‘eu concordo, acho que não pode ir falando para qualquer um mesmo não, porque nós temos uma história muito preciosa’… (…) Aí entra a Xuxa falando: ‘eu concordo, acho que vocês têm que repensar tudo, porque aqui vocês têm produtora, diretora, assessora, vocês são donas da história de vocês’. Aí eu falei: ‘gente, agora não sei nem mais o que falar pra vocês’. Concluindo: a Tatiana ainda falou que achava que as meninas que já tinham gravado depoimento tinham que rasgar a autorização de imagem e falar para ela [Joana] que não mais. Eu falei: ‘não vou fazer isso, vou ficar muito sem graça'”, narra.
Em agosto de 2023, Priscilla Couto também falou sobre o suposto boicote ao documentário de Joana di Carso. “Realmente o convite veio para participar desse documentário. Não era uma homenagem e sim um documentário. A princípio, achei a ideia muito interessante, muito bacana, mas depois veio a parte burocrática. Não existia um contrato. Existia uma autorização de imagem, e foi aí que eu realmente recuei”, explica.
“Recebi uma autorização de imagem que dizia que eu estaria cedendo todos os meus direitos para Joana por 60 anos. Direitos da minha imagem irrevogáveis, que ela tinha a total liberdade de comercializar, vender esse produto, para todo o Brasil e fora do Brasil, e a gente não teria nenhum tipo de participação, nenhuma gerência sobre as imagens. (…) É impossível pegar nossa história e entregar para uma pessoa que eu não conhecia. Com todo respeito à Joana. Acho que ela teve a melhor das intenções, mas existia uma vontade de comercializar a história, descartando totalmente a gente. Ou algumas, porque depois eu fiquei sabendo que existiam autorizações diferentes. Umas ganhariam, outras não ganhariam. Não posso concordar com isso. Nunca vou concordar”, conclui.