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‘Existe um espaço crescente no Brasil’, diz Tuto Ferraz sobre o mercado da música instrumental no país; artistas fazem análise crítica do atual cenário

Louise Woolley, Tuto Ferraz e Gabriel Martins falam sobre o mercado da música instrumental no Brasil

O Mercado da Música Instrumental brasileiro segue em crescimento, apesar dos holofotes do mainstream no país direcionarem para outros gêneros.

O Brasil é muito plural e vários profissionais da música instrumental de alta qualidade artística são celebrados no mercado internacional e, às vezes, são mais conhecidos no exterior do que aqui no país.

Para entender esse cenário que segue ativo e também dialoga com desafios e conquistas, o Mundo da Música conversou com três profissionais do mercado: Tuto Ferraz, Louise Woolley e Gabriel Martins.

Que possuem indentidades e experiências distintas e falaram um pouco sobre a visão deles que refletem as necessidades e desdobramentos da área. Com o compositor, baterista e produtor musical Tuto Ferraz, o MM bateu um papo exclusivo por telefone, sobre a sua experiência de produtor e compositor, projetos e análises da indústria da música.

Para Louise Woolley, pianista e compositora, ela considera a sua visão até mesmo, um pouco ‘pessimista’. “Sinceramente não acho que tenha um grande mercado de música instrumental no Brasil. A quantidade de músicos produzindo coisa boa é enorme! Mas, aí não tem tanto lugar para tocar (que pague decentemente).

Claro, existem festivais, casas de shows e iniciativas maravilhosas mas, se for comparar a quantidade de gente, a quantidade de lugares, a quantidade de público, o que você ganha efetivamente para tocar nesse lugares, etc, a conta não bate”, diz.

 

 

Sobre as dificuldades da cena musical instrumental ela afirma: “dá para contar nos dedos os músicos que conheço que vivem tranquilamente da música instrumental. Claro que dá para viver de música, mas isso, na maioria das vezes, inclui tocar nas guigs mais diferentes possíveis, independente do seu gosto e objetivo musical e artístico.

Fora isso, que considero a realidade que vejo, continuamos tocando,como sempre, independente do mercado, e esperando que o Brasil passe a valorizar mais a cultura de forma geral. A manifestação de hoje pela educação ilustra muito o que precisa mudar pro mercado mudar também… sem base nada vai evoluir”, completa.
 
 
 
O músico e compositor Gabriel Martins encara que a dificuldade na cena instrumental é refletida pelos desafios que o artista independente enfrenta.
 
“Eu acho que, primeiramente, a música brasileira e instrumental é a que tem mais diversidade e mais qualidade no mundo, na minha opinião. Se você pensar em qualquer estilo de música instrumental, tem no Brasil. Pena que não é tratado com o devido respeito e espaço que deveria. Eu acho que é mais difícil que o normal, sim, o artista viver da música instrumental. Mas, eu também não vejo tanta diferença dos artistas independentes no geral.
 
É muito diferente um artista de uma grande gravadora que vem ‘com a mídia goela abaixo’ do que um artista independente. Nesse ponto, não vejo tanta diferença. Mas, é uma dificuldade a mais, mas, acho que tem um lado bom: o músico instrumental nunca vai ser corrompido. Ele não vai fazer algo que não é a verdade dele. Ele sempre vai fazer o que o coração manda. Tendo fé e dedicação, os caminhos vão se abrindo, apesar dos osbtáculos”, diz.
 
 
 
O músico ainda aponta os desafios do mercado, que segundo ele, também compreendem a abertura de espaços artísticos e estrutura para shows, além do valor de cachês, ponto também abordado por Louise Woolley.
 
“A gente vê cachês diminuindo e isso é muito ruim – já não são bons, geralmente não tem estrutura, uma iluminação legal – e o lado bom é que estão tendo lampejos de esperança. Por exemplo, tem produtores de show que só trabalham com instrumental. A música instrumental em alguns veículos de mídia, que até a pouco tempo atrás no existia, hoje está tendo. Há pouco tempo consegui uma consquista na TV que eu recebi um elogio de um grande da música ‘você conseguiu espaço no lugar tal com música instrumental, parabéns, você é um guerreiro’.
 
É uma luta maior, talvez, mas, eu acho a gente não pode ficar com papo derrotista, mas, ao mesmo tempo tem que ser realista. Então eu acho que o lado legal é quando a gente tem uma conquista, o sabor da vitória é maior”, afirma.
 
 
 
“Uma pena no Brasil e não é só na música instrumental, mas, no cenário da música, com pessoas que não são habilitadas para o cargo. Por exemplo, ‘curador de uma instuição’ que tem um cachê legal, mas, não vem de uma área musical. Vem de uma área improvisada, que não é nem artística, muitas vezes; ou de uma outra vertente como artes cênicas e está na curadoria musical. Isso não é legal, nos países sérios as coisas não são assim”.
 
Sobre o consumo da música no Brasil ele diz: “o grande público ainda não absorve a música instrumental, mas, está começando a perceber que existe música verdadeira sem voz ou letra. Um festival ou outro que não tinha música instrumental está passando a ter, festivais só de música instrumental ainda de forma acanhada, com um baixo cachê, baixa estutura, mas, está tendo; algumas rádios que não tocavam música instrumental, que na playlist só havia ‘sertanejo estourado’, também está tendo uma vez ou outra instrumental.
 
Tem as missões também e a missão do músico e do artista no Brasil é difícil mesmo, mas, tem certas coisas que pagam muito mais do que o pedaço de papel”, completa.
 
Abaixo, confira a entrevista completa que o MM fez com Tuto Ferraz. O profissional possui uma visão otimista do mercado em meio aos desafios existentes. Falou sobre seus projetos, composições, produção musical, divulgação no ambiente digital e dicas para novos profissionais do setor.
 
 
Mundo da Música – A Música Instrumental brasileira é muito rica, com exímios músicos e uma pluraridade de produção que é referência internacionalmente. Você acredita que a Música Instrumental feita por brasileiros é mais apreciada no exterior do que aqui no Brasil?
 
Tuto Ferraz – Difícil quantificar isso, mas, eu vejo que está conquistando cada vez mais esse espaço lá fora. Vários festivais internacionais estão convidando artistas brasileiros e feiras de jazz internacional, como a Jazzahead, que aconteceu entre os dias 25 a 28 de abril em Bremen (ALE), havia uma delegação brasileira lá. Já fui nessa feira em 2014 e só havia um francês representando um brasileiro, e agora cresceu bastante!
 
Teve curadora brasileira participando do júri, Luiza Morandini, que faz parte da curadoria do projeto Jazz nos Fundos em São Paulo.
 
Apesar do Jazz brasileiro já ter uma história desde os anos 60, com ‘um monte de gente’ que abriu caminho, eu sinto que a nova geração está vindo com uma força muito importante.O nível técnico brasileiro com a democratização e a popularização da internet cresceu muito. Eu vejo uma ‘molecada’ tocando muito bem e a cada dia melhor. Existe um espaço crescente no Brasil, mas, fora do Brasil, o Jazz de uma forma geral tem mais espaço.
 
 
MM – Você participa ativamente do cenário musical desde a década de 90. De lá pra cá, observamos muitas mudanças no mercado. Para você, essas mudanças ajudaram o mercado instrumental em si? Qual o atual cenário dessa relação com a música e o digital?
 
TF – Eu acho que é difícil uma coisa ter ‘só coisa boa’ e ‘só coisa ruim’ na vida, não é?! E o digital trouxe essa democratização. Hoje para você lançar um disco, você não precisa mais fazer o investimento que você fazia no passado. Você pode pegar um agregador (digital) e disparar seu conteúdo em todas as plataformas musicais do mundo, mais de 130, simultaneamente, com um custo muito mais baixo de você imprimir um cd ou um vinil.
 
Mas, você também corre o risco de ‘ficar perdido no mar’. O trabalho de cada artista com sua rede, criando uma relação direta com o seu público, traz muitas vantagens. Mas, ninguém vai colocar você ‘na boca do gol’ ou vai pagar uma Assessoria de Imprensa pra você, como as gravadoras antigamente faziam. 
 
Algumas poucas pessoas tinham essa possibilidade (de serem contratados) e ter uma projeção maior. Mas, hoje, se cada um fizer o seu trabalho sério, acaba conseguindo um resultado bacana.
 
 
 
 
 
MM – Nas suas composições você traz melodias e ritmos inspirados no Jazz dos anos 50 e começo dos anos 60, bem como, ritmos e melodias brasileiras, que é uma característica forte do álbum ‘Funky Jazz Machine’. Como funciona o seu processo de inspiração e composição?
 
TF – Até brinco um pouco com isso é quase ‘mediúnico’, a melodia ‘baixa’, eu começo a cantar do nada. Eu cresci em um ambiente muito musical, na minha casa todo mundo gosta muito de música, se emocionam muito! Meus pais estudaram música, instrumentos e cantos de coral, minha irmã também; então a música é muito presente e eu vivo cantarolando.
 
Melodias me veem à cabeça o no álbum, vieram sozinhas, não foi um instrumento que me trouxe. A melodia veio, até porque o meu primeiro instrumento é a bateria mesmo, os outros eu não tenho essa desenvoltura para sair tocando. As melodias surgem, eu gravo no celular e depois eu vou procurar no piano onde estava àquela coisa toda. É algo bem orgânico!
 
E depois eu vou vestindo harmonias com meu conhecimento intuitivo, somado ao formal eu já estudei algumas vezes, mas sigo me aperfeiçoando.
 
Fico super honrado de ter músicos músicos tão bons dispostos a tocar comigo nesse ambiente do Jazz. Quase nunca o objetivo do cara querer fazer a guig é o dinheiro.Vários tocam, com situações diversas financeiras, mas, vem pelo prazer de tocar. É um reconhecimento que me dá muito prazer e eu falo ‘então, minhas músicas são legais’, porque esses caras estão topando fazer esse som maioria autoral, como são os meus shows.
 
 
 
MM- Em seu canal do YouTube você mostra as suas vertentes artísticas com os programas ‘Tutorial’ e ‘De Tuto um Pouco’. Como surgiram essas iniciativas em apresentar os bastidores, além de suas preferências musicais? Esses projetos foram pontuais ou serão contínuos?
 
 
TF – ‘De Tuto um Pouco’ surgiu de uma viagem para Santa Catarina, fui surfar e tocar lá e na volta, eu resolvi fazer uma playlist enorme só com músicas que eu gosto muito e depois, vou colocar um ‘shuffle’ e a música que vier sempre vai ser boa, foram 12 horas de música.
 
Eu tenho 46 playlists no Spotify do ‘De Tuto um Pouco’ e variada de A a Z, com música brasileira, jazz, rock, mpb. Esse programa ele foi um programa de rádio de Santos há alguns anos eu conto as histórias da música e eles estão no meu site, na página ‘podcasts’ e a pessoa pode se inscrever e receber os podcasts e receber todos pelas plataformas digitais ou pelo próprio site. Clique aqui para acessar.
 
 
 
Sobre o TUTOrial, eu sou da geração ‘millenial’ que veio mais velho (risos). Eu mexo com várias mídias, com vídeo, áudio, tenho estúdio gravação há muitos anos. Gravavadesde a casa dos meus pais, corais na Igreja e sempre estive envolvido com várias linguagens, como fotografia, filmagem e música, que sempre esteve no meio disso tudo.
 
Então, o Tutorial foi uma forma de fazer uma brincadeira com o nome e ensinar um pouco do que eu aprendi com essa experiência toda. Fiz alguns, mas, preciso retomar! Estou procurando um parceiro de vídeo para fazer esse projeto comigo, porque estar nos bastidores e na frente das câmeras ao mesmo tempo é complicado, mas, possível!
 
 
 
 
MM – Tuto você também é reconhecido pelo seu projeto na Grooveria Electro Acústica, um coletivo musical, com profissionais que ajudam a construir uma sonoridade única para versões de clássicos da MPB, atingindo ao mesmo tempo um público variado, tanto do Brasil quanto do exterior. Como funciona a construção do repertório e arranjos muscicais para as apresentações da Grooveria?
 
TF – Basicamente a Grooveria desde que começou, montei essa Jam Session chamei amigos que gostam de tocar e desde o começo, eu ‘meio que toco o barco sozinho’.
 
No primeiro disco (Grooveria #1), o Alexandre Blues trouxe várias ideias de versões e nós fazíamos os arranjos mais coletivamente. O segundo disco (Moto-Contínuo) foi um trabalho um pouco mais ‘solitário’ para não dizer totalmente. A formação desse disco tem 31 músicos diferentes, gente de tudo que é lugar tem Cláudio Zoli tocando guitarra solo, tem Renato Neto que tocava com o Prince tocando teclado, tem Fernanda Abreu fazendo backing vocal, tem o Lincoln oliveira, toda a galera da Grooveria (Agenor, Tubração, Rodrigo Beto, François, Edson Menezes, Álvaro). Todos eles participaram do disco, além de outros amigos percurssionistas.
 
Eu fiz os arranjos sozinhos. Compus a maioria das músicas, outras em parceria com Jessé Santos, com Jota que era da banda também antes.
 
 
 
 
Trago o arranjo meio pronto para o coletivo. Eu sempre falo pra eles que ‘o arranjo está pronto a linha de baixo está feita, mas, eu quero que você se aproprie dela como se fosse você que fez e toque com ela com seu sotaque’. Porque eu já vi produtores engessarem um pouco o músico.
 
Querer que soe exatamente como o cara soou. Se você quer perfeitamente algo que você fez sozinho, quem tem que tocar é você. Se você chama o músico para tocar, tem que deixar ele expressar a musicalidade dele. A diversidade de músicos e sotaques é o mais me inspira na música.
 
 
MM – Na trajetória da Grooveria também já houveram encontros com artistas de inúmeros estilos musicais, como Ed Motta, Fernanda Abreu e Marcelo D2. Podemos dizer que a Grooveria possui esse propósito de explorar a multiplicidade que a música proporciona para criações musicais inéditas?
 
TF – Com certeza! Eu quero muito trabalhar com um lado que eu explorei pouco, mas, estou me movimentando nesse sentido: tivemos em 2016 o Rincon Sapiência e a Lívia Cruz participando de shows no Bourbon e esse lado do HipHop em São Paulo e no Brasil está muito forte, que eu sempre gostei!
 
Gostaria de incorporar essa sonoridade mais orgânica da grooveria com rap em cima. Além de vários ritmos que tem essa onda mais groovada, mais rítmica, como influência que pode ser muita gente.
 
 
MM – O site da Grooveria possui a parte de lojinha que além de produtos do coletivo, como álbuns e camisas, há também a possibilidade de gravação no seu estúdio tanto para lançamento de singles, quanto para registro audiovisual. Uma estratégia para diversificação de receita e uma iniciativa relevante para o mercado atual. Com funciona essa contratação?
 
TF – No site fica como uma sugestão para a pessoa saber que tem essa possibilidade de fazer isso. Além dessa gravação de single, que o artista pode vir (ao estúdio) com a banda dele e eu ofereço um aparato técnico de conhecimento para soar da melhor maneira possível. Clique aqui para acessar.
 
Mas, eu também posso ser contratado como produtor e ajudar na execução dessas músicas.Eu gosto muito de produzir bandas e artistas e no momento, estou começando uma parceria com a produtora e cantora Amanda Magalhães que me chamou para dar o último toque na produção do disco dela, com um refinamento na parte rítmica. Uma co-produção, finalização do disco.
 
E também estou produzindo a cantora e pianista Carol Naine, com a parceria com a produtora Amplifica Music. Setor autoral, independente que gosto muito de trabalhar.
 
 
MM – Como Produtor Musical, você recentemente co-produziu faixas do próximo disco da Banda BlackRio e também da cantora Fernanda Abreu. Como foram esses projetos? Quais elementos você acredita que são fundamentais para o seu trabalho como produtor?
 
TF – Como produtor, eu sempre procuro trazer a minha bagagem, a minha visão musical, mas, a gente tem que respeitar a visão e a vontade do artista que a gente está colaborando.
 
A Fernanda (Abreu) sabe muito o que quer, mas, a gente começou do zero. A música que trabalhamos, fiz o arranjo inteiro. Em uma delas, fiquei até de parceiro. Com a BlackRio, eles tinham os arranjos prontos, e trouxe mais a experiência de gravação e de gostar de tirar um bom som. Gravei as baterias e as percussões e mixei o disco. Eu busco esse aspecto da sonoridade e do sotaque rítmico, que é algo que eu gosto muito.
 
Alguns produtores gostam de usar o computador para quantizar todos os elementos rítmicos. Eu acho que a gente tem uma perda de sotaque rítmico que é o que difere cada indivíduo do outro.
 
Dentro da mesma execução de levada de guitarra ou batida, cada um tem um pulso diferente, uma base diferente. Se a gente colocar tudo isso na resolução que a máquina nos dá, eu acho que a gente perde o sotaque único de cada um dos músicos.
 
E aí, a música pode ser japonesa, alemã, brasileira e acabar tendo o mesmo sotaque, nada que difere. O elemento humano precisa ser preservado. É sempre um comum acordo entre produtor e artista para conseguir o melhor resultado possível.
 
 
MM – Sobre espaços de shows, você está apresentando o seu projeto ‘Tuto Ferraz Sexteto’ na casa Blue Note em São Paulo, apresentação que acontecerá amanhã (16). Lançado em 1981, O Blue Note é um dos principais clubes de Jazz do mundo e no Brasil existem as casas no Rio de Janeiro e em São Paulo. Em relação a estrutura dos espaços no país para a realização de apresentações, como você vê essa conjuntura?
 
 
TF – Eu tenho um grande apreço pelos músicos que fazem o meu som: Pepe Cisneros (piano), Agenor de Lorenzi (guitarra), Rui Barossi (baixo acústico), Josué dos Santos (sax tenor) e Bruno Belasco (trompete), eles fazem parte do ‘Tuto Ferraz Sexteto’.
 
E sobre esses lugares que você citou SESC’s, Bluenote, eles possuem uma boa estrutura. Nos últimos anos, a importação era proibida e os equipamentos eram de qualidade inferior. Mas, a parte de áudio e engenheiros de som evoluiu muito aqui no Brasil.
 
O acesso a informação e a tecnologia estão trazendo muito benefícios. Você encontra equipamentos hoje, em casas menores, que você só encontrava anteriormente em casas maiores. Eu sou otimista, está melhorando! 
 
 
MM – A música sempre apresenta inúmeras possibilidades de criação, divulgação e produção. Mas, o que você diria a um profissional que está começando agora ou que já está na estrada?
 
TF- Eu acho que isso atinge todo mundo em todos os níveis: Nós estamos sempre em busca de uma maneira para atingir um público novo. As redes sociais são um caminho sem volta.
 
Mas, eu pesquiso bastante sobre isso, aqui e no exterior, sobre técnicas de divulgação e todos eles falam: você ter um mailing list (agenda de contatos) seu é importante também. Que você tem o e-mail direto de uma pessoa e não apenas fazer parte de uma rede social e elas podem acabar, como aconteceu com o Google Plus, o Orkut, o Facebook já esteve mais forte e o Instagram parece que é a bola da vez.
 
É importante você tentar usar essas redes para atingir mais gente, mas, ter um site, uma lojinha sua, um mailing list que as pessoas se cadastrem e recebam as informações de shows, etc. Isso também é importante para você criar sua independência e ir se fortalecendo cada vez mais no mercado.
 
Outra coisa que eu acho interessante fazer é àquele ‘trabalho de formiguinha’ de pesquisar os lugares que os artistas, parecidos com você estilisticamente ou até com o mesmo momento de carreira, estão tocando e entrar em contato ativamente.
 
Não esperar eles entrarem em contato com você. Você abre essa porta e fala ‘tenho um som assim, quero fazer o show aí, como a gente pode fazer?’. E esse trabalho é constante.
 
 
SERVIÇO – Blue Note SP apresenta Tuto Ferraz Sexteto
Data: quinta-feira, 16 de maio de 2019
Horários: Abertura da casa – 19h; Sessão Única – 20h
Ingressos: Setor único – R$70 inteira / R$35 meia
Vendas: Online – https://checkout.tudus.com.br/blue-note-sao-paulo-tuto-ferraz-quinteto/selecione-seus-ingressos
Bilheteria Blue Note: de 3ª a sábado, das 11h às 20h
 
 
 

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