O cantor pop Leandro Buenno, conhecido por ter feito parte do “The Voice Brasil”, decidiu abrir para o público sua sorologia. Ele é HIV+. O artista falou sobre como é viver com o vírus, em entrevista recente, e se abriu com os fãs em seu perfil no Instagram. “O maior vírus que enfrentamos hoje é o da ignorância, e assim como o HIV ele também não tem cara, nem escolhe orientação sexual. Hoje eu uso da minha voz para contribuir que uma parcela da sociedade seja vista e respeitada como merece. Não tenha vergonha daquilo que você realmente é, e entenda os propósitos que o universo (ou Deus, como preferirem) coloca na sua vida. Suas diferenças te tornam ainda mais incrível!”, escreveu.
Na foto do post, Leandro Buenno aparece ao lado do noivo Rodrigo Malafaia, sobrnho do pastor evangélico Silas Malafaia. Rodrigo não é soropositivo, e Leandro lhe contou sobre sua sorologia antes do primeiro contato sexual entre eles. Os dois estavam com casamento marcado para este ano e tiveram que adiar a cerimônia por conta da pandemia do coronavírus.
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O diagnóstico de HIV+ foi descoberto por Leandro Buenno em 2017. “Já havia passado por algumas situações com pessoas próximas de mim. Eu era tão forte e sóbrio ao tratar esse assunto com eles que não consegui me colocar num lugar diferente quando a situação foi comigo mesmo”, contou ao UOL. Segundo o cantor, seu desejo de abrir a privacidade para o público tem como motivação a conscientização. “Há pessoas que não sabem, por exemplo, a diferença entre HIV e AIDS. Isso é realmente assustador. Como é triste ver a falta de empatia e a falta de consideração com que o nosso governo trata o assunto, tentando cada vez mais marginalizar e distanciar a população de um tema que sempre foi presente na sociedade”.
Depois de descobrir que estava infectado, Leandro Buenno conta que adotou um estilo de vida mais saudável. Parou de fumar e passou a fazer exames e cuidar da saúde com maior regularidade. Ele faz o tratamento com o coquetel oferecido pelo SUS – Sistema Único de Saúde e atualmente está indetectável, com carga viral próxima de 0%.