Já faz dois anos que Lauren Jauregui está em estúdio, trabalhando em seu primeiro álbum solo. Sua estreia, no entanto, é diferente da maioria dos outros artistas. Ela desenvolve seu álbum de debut acompanhada de forte interesse popular: Lauren vem do girlgroup Fifth Harmony, que colocou três álbuns no Top 5 da Billboard 200 e alcançou números fenomenais com o single “Work From Home”. Só o clipe desta música teve 2,2 bilhões de reproduções no Youtube.
– Como parte do Fifth Harmony, eu sei o quanto custou para alcançar esses números. Sabe o que quero dizer? Eu sei que levaram quatro ou cinco anos de trabalho duuuuro até termos um “Work From Home”. Eu sei o quanto esforço, energia e trabalho tivemos que dedicar para alcançar aqueles números e aquele sucesso. Eu sei que, se fui capaz de fazer isso pelo grupo, eu sou capaz de fazer isso por mim. – ela diz em entrevista ao POPline, parte da agenda de divulgação de seu novo single, “Lento”.
A música, em espanhol, é a primeira amostra do álbum, que ainda está em desenvolvimento. Ela criou a faixa com o produtor porto-riquenho Tainy, nome do momento no mercado latino. Selena Gomez, J Balvin, Anitta, DJ Snake e Becky G já recorreram ao seu talento. Lauren continua trabalhando com ele. É um dos colaboradores do seu processo criativo. Questionada se sente pressão para repetir o sucesso do Fifth Harmony, ela garante que não. O momento e a situação são outros.
– Eu acredito no meu talento e eu acredito no que eu posso fazer. Esses números não são imediatamente importantes para ninguém. Se você se pressionar para ser um fenômeno e ter um single estourado, você não consegue criar, produzir, e esperar que algo aconteça. Eu não meço meu sucesso em relação ao que alcancei no passado, eu meço meu sucesso em relação a quanto de energia estou colocando no meu trabalho e o quanto estou orgulhosa dele. Se eu amo, não importam os números. Você me entende? – ela diz com doçura.
POPLINE – Por que você levou tanto tempo para lançar um single novo?
LAUREN JAUREGUI – Uh, essa é uma boa pergunta! Primeiro de tudo, leva tempo para fazer os clipes, tem todo um plano. Então eu faço as músicas e a gravadora tem que concordar que é a música perfeita para sair. Tem que ter um acordo. Eu faço tudo com paixão e amo criar. Estava mais focada na criação do que no lançamento.
E sobre Tainy? Como foi trabalhar com ele?
Foi ótimo. Amo esse cara. É um grande ser humano, super talentoso. Eu amo trabalhar com sua galera.
Vocês lançaram “Nada” e “Lento” juntos. Fizeram outras músicas além dessas?
Sim, fizemos (risinho) A gente continua fazendo músicas juntos, na verdade, porque ficamos amigos.
O que “Lento” significa para você?
Hum… “Lento” não tem um grande significado, eu acho. Eu sinto que é mais como um contraste sensual para lançar, curtir a vibe, e mover o corpo. É assim que vejo a intenção de “Lento”.
Você está explorando suas raízes latinas em “Lento”. O que te motivou a finalmente fazer isso?
Eu queria fazer música em Miami. Sabe o que isso significa? (pausa) Eu venho criando músicas há dois anos, mergulhando nesse processo, descobrindo qual é meu som, como eu quero chegar às pessoas e como eu posso colaborar com a gravadora. Ir para Miami pareceu a oportunidade ótima para buscar esses elementos. Quando cheguei ao escritório em Miami, eu me senti muito bem. Eu provavelmente morreria se não explorasse minhas raízes na minha música. Não tenho nenhuma ressalva com isso.
Você vem trabalhando em estúdio por dois anos. “Lento” é completamente diferente de “Expectations”, a primeira música que você lançou. Mudou a direção do álbum?
“Expectations” não entrará no álbum, então “Lento” é tecnicamente a primeira vibe do álbum. Mas eu vou lançar outras músicas em breve e vocês terão uma noção melhor do conjunto do álbum. “Lento” é definitivamente uma das vibes que ele trará.
Quantas músicas finalizadas você já tem?
Eu tenho… (risinho) Eu acho que tenho umas cinco músicas finalizadas. Talvez quatro, talvez cinco, por conta da masterização. Mas eu tenho centenas de músicas (risos).
Podemos esperar o álbum para este ano?
Sim. Obviamente estamos enfrentando circunstâncias inesperadas, mas estou fazendo meu melhor para ter o álbum e executar isso. Mas, ao mesmo tempo, não tenho o controle de salvar o mundo, então infelizmente não sabemos o que poderá acontecer. Mas meu objetivo é, absolutamente, lançar o álbum neste ano. Esse é meu objetivo.
Há dois anos, você disse que seu álbum não traria participações, porque você quer que conheçam sua voz. Mantém essa decisão?
Hum… Eu digo o que penso no momento, sabe? Mas me dei conta que tenho algumas participações que somam tanto às músicas, mas tanto, que… Trabalhar com pessoas que eu realmente admiro é uma das melhores partes de fazer música, então eu não mantenho essa restrição, mas a maior parte do álbum serei só eu. Só eu. Eu tenho muito a dizer. As faixas que trouxerem participações é porque são essenciais, agregam muito e foi ótimo trabalhar com essas pessoas.
Qual seria o melhor elogio para seu álbum?
Meu Deus, meu favorito é quando alguém me diz que minha música o fez se sentir visto, escutado e menos sozinho. Esse é o melhor elogio para mim: quando minha música, minha inspiração e minha cura podem te oferecer uma cura para seus próprios sentimentos.
Vocês todas do Fifth Harmony têm estilos musicais diferentes hoje em dia. Você se identifica com o som de alguma das outras cantoras?
Acho que cada uma tem sua própria vibe. Eu sempre vou apoiar se elas estiverem fazendo as músicas que gostam. É tudo que importa.
E o Brasil, hein? Seus fãs sentem muitas saudades. Claro que enfrentamos o coronavírus agora, mas podemos esperar uma visita sua no futuro?
Sim! Assim que eu puder, quero fazer turnê com essas músicas. Não há dúvidas na minha cabeça de que quero ir ao Brasil. Eu amo o Brasil. AMO! Não há paralelos para os shows feitos aí. Eu nem consigo me ouvir quando estou cantando! (gargalha) As pessoas cantam mais alto do que eu! Eu definitivamente voltarei.
Para terminar, deixe uma mensagem para os fãs.
EU TE AMO MUITO! (fala em português) Muito obrigado por seu apoio. Muak!