Vamos voltar um pouco no tempo, mais precisamente no ano de 1985 quando Luiz Caldas nos apresentou com o hit “Fricote (Nega do cabelo duro)”,canção do álbum Magia que em pouco tempo estourou em todo Brasil e tornou um marco no Axé Music.
O arranjo inovador e uma introdução épica levaria seu criador, Carlinhos Brown, a ser uma das maiores referencias do estilo, e colocando a música da Bahia num cenário pioneiro, contemporâneo e dinâmico.
“O estilo nasceu com carga pejorativa e sem saber a que servia. Hoje, ainda há polêmica na hora de definir a quais músicas o termo se aplica, mas todos fazem coro num ponto: seu papel foi o de fundar um novo mercado musical”, comentou Ana Aranha à revista Época em 2005 ao falar dos vinte anos da baianidade.
Esse mercado nos trouxe uma nova geração de artistas que dominaram as paradas musicais do Brasil nos anos seguintes. Banda Reflexus do tremendo sucesso “Madagascar Olodum”, Sarajane do clássico “A Roda”, Cid Guerreiro o autor de uma das maiores vendagens de disco do país “Ilariê, gravado por Xuxa, Chiclete com Banana, Banda Cheiro de Amor na época com Márcia Freire, Margareth Menezes entre outras.
No inicio da década de 90, o Olodum chamou atenção internacionalmente e foi convidado pelo cantor Paul Simon para gravar participação no disco The Rhythm of The Saints, e é claro o inesquecivel Rei do Pop, Michael Jackson, que se encantou com o som do grupo e esteve pessoalmente no Pelourinho para gravação do clipe de “Don’t Care About Us”.
Aquele sucesso só aumentou no decorrer dos anos, e a Bahia viu surgir uma gama de novos talentos como Araketu, Asa de Águia, Banda Eva (que revelou nossa maior estrela nos dias atuais, Ivete Sangalo), Banda Mel, Babado Novo e o ícone Daniela Mercury. ” O Canto dessa Cidade” lançado por Dany em 1992 levou o Brasil a se render de uma vez ao axé.
O álbum vendeu a impressionante marca de de 2 milhões de cópias, e foi eleito pelo jornal Folha de São Paulo o álbum mais importante da música brasileira lançado durante a década de 1990.
Apesar dos 30 anos e de o Carnaval baiano ter dado espaço a outros ritmos, a axé music ainda continua forte e presente na folia.
