Olá, querido leitor, pacificador mundial e vadia de carteirinha, a espera acabou. Começa agora o Escrachado, sobre o tedioso “Alejandro”, da Lady GaGa. Só que antes…
Olha, é o seguinte, o vídeo é uma merda. Gostaria de acabar o Escrachado aqui, já que suportar oito minutos escutando “Alejandro, Alejandro, Fernando, Roberto, Alejandro, Alejandro, Alejandro”, é pior do que tatuar uma frase aleatória da saga Crepúsculo em Times New Roman no pênis ou tatuar Justin Bieber com alguma fonte fantasia em volta da vagina.
E se você, querido leitor, fã da Taylor Swift ou outras derivadas virgens, pensou em fazer agora algum comentário reclamando das palavras baixo nível que uso, não perca seu tempo, o cu, buceta e ‘piru’ são meus, então vou colocá-los onde quiser, sem me importar com você.
E assim, “Alejandro” é uma merda sem fim mesmo, não sei nem por onde começar a reclamar do lixo. Primeiro, ninguém merece mais de oito minutos assistindo algo que poderia ser mostrado em três minutos numa versão editada da música, segundo, o vídeo é forçado ao extremo, tornando a música coadjuvante e ainda mais chata e terceiro, não existe terceiro.
Olha, “Alejandro” começa lembrando muito “Bad Romance”, até que os índios, E.T.s, soldados, sei lá que porra eles são, aparecem, te deixando todo excitado, provocando em você a esperança de que um ótimo vídeo está a caminho.
Até que GaGa aparece, deixando claro que o vídeo não será bom. Será apenas algo para mostrar como ela é a nova diva poderosa do pop com o poder de fazer o que deseja. Assim, depois de trinta e um mil vídeos super exagerados, porém bons, ela tinha que cagar em um mesmo. O pior é que, cada vez mais ela está longe daquela cantora divertida que usava roupa de Paquita azul em ficção cientifica, no vídeo de “Poker Face”, ou quando ficava pelada com uns plásticos comprados na 25 de março colado no corpo, no vídeo de “Love Game”.
Tipo, existe tantas outras formas legais de se passar a mesma mensagem, onde você sentiria tesão em assistir ao vídeo, e não uma vontade louca dele acabar logo. Pense por exemplo no vídeo de “All The Lovers”, da Kylie Minogue, simples, divertido, música não fica em segundo plano, e o melhor, você fica com vontade de assistir o vídeo várias vezes. Além do que, quando ela solta a pomba do Senhor no final, você chega a bater palmas de alegria.
Agora, GaGa não solta nada, força tudo e ainda está um monstro no vídeo. É muito broxante.
Vamos ser sinceros, beleza é algo importante, muito importante. E GaGa, você não é tão feia assim. Quando você segurava um pau que tinha a ponta brilhante, porém bastão do mago do Senhor dos Anéis, e aqueles óculos telemensagem breguíssimo, era tão mais divertido e você estava até que bonitinha.
E assim, as cenas com insinuações sexuais não foram nada legais, nada legais GaGa. Vocês sabem o quanto eu amo qualquer baixaria aleatória em videoclipes semi-pornográficos, só que em “Alejandro” é tão “que?” que passou longe do gostável.
Tirando que a vadia não se decide entre ser ativa ou passiva. Quer ser versátil. Se ela pelo menos tivesse um pinto, você poderia aceitar, só que ela não tem. E se tiver é tão pequeno que não mostra volume nenhum naquela calcinha cravada no rabo adquirida via revendedora da Avon.
E olha, o cabelo “Índio, filha da Lua, filha do Sol” parece com o cabelo daquele menino que todos têm em sala de aula durante o ensino médio, sabe? Aquele nerd que senta no fundo da sala, feio, fã de desenho japonês e RBD, cheio de espinhas e que só vai dar o primeiro beijo após os dezoito anos. Então, ele mesmo.
Agora, esquecendo o pato feio, e voltando pra pata feia, GaGa usa um cruz na buceta, o que seria legal, se o contexto do vídeo fosse outro, porém não é.
Te contar que “Alejandro” é de uma tortura sem fim. A coisa continua, continua e nunca acaba! E pensar que o vídeo poderia ficar tão legal. Por exemplo o Adam Lambert no vídeo de “If I Had You”, praticamente uma versão de “For Your Entertainment”, só que na selva, ele está fantasiado de Rihanna cruzada com o último Moicano e o Chapeleiro de Alice no País das Maravilhas, o que não é ruim, é divertido ficar olhando, esperando pelo o que irá acontecer em seguida no vídeo. Agora, em “Alejandro”, você espera uma única coisa, os oito minutos terminarem logo.
E olha, poderia até falar dela engolindo o terço como se fosse o órgão genital masculino, só que é tão desnecessário, tão chato, tão idiota, tão tosco, tão artificial, tão bobo, tão não-divertido, que não vou comentar, não mesmo. Então, deletamos da nossa mente e continuamos quase felizes o resto do final, afinal, o lixo já está quase no fim.
E para surpresa geral, chega um momento em que há uma tentativa de lembrar que aquilo ali é sobre música, só que nesta altura do campeonato você já não quer saber de mais nada, só de como seria bom se a menina do exorcista aparecesse no vídeo com um crucifixo na mão para enfiá-lo onde ela sabe enfiar melhor, só que na Lady GaGa. Talvez, para deixar tudo mais leve e classudo, a Mulher Filé poderia sair daquele caixão cantando “Machuka”, dar uma surra de bunda na GaGa e surpreender a todos com tamanha audácia. Só que não, continuamos com GaGa roqueira em uma música de ritmo latino.
Aí você olha pro tempo de vídeo e percebe que ele está quase terminando. O que seria motivo para comemorar durante anos, só que não.
Para finalizar, ela é jogada de um lado pro outro, feito uma biscate barata de esquina, até tirar a roupa e começar uma suruba com os moços. E-n-t-e-d-i-a-n-t-e.
No fim, Alejandro, Roberto ou Fernando está sentado na beira da cama, segurando uma arma de ouro. Juro que gostaria de comentar algo aqui relacionando pênis, pistola, tamanho e ouro, só que não vou.
O vídeo termina com GaGa, que também está na cama, se transformando no Gasparzinho do Capeta, encerrando uma tortura que não quero passar nunca mais em minha vida.
Tortura acabou, é hora de ser feliz. Deixo La Tigresa Del Oriente para encher nossos corações de paz, luz, amor e muita alegria, além de provocar insônia e pesadelos por meses, talvez como “Alejandro”, por milênios.
Bem, fico por aqui. No próximo Escrachado teremos a suculenta Katy Perry com o vídeo de “California gurls” e Christina Aguilera com o encarte de “Bionic”. Vejo vocês lá, e prometo não escrever tanto da próxima vez.