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Era do consumidor ultrarracional: Google aponta novos caminhos e oportunidades

No relatório da empresa, três conceitos que explicam a ascensão dessa racionalidade foram apontados  

Foto: Divulgação/Google

Nos últimos anos, o comportamento do consumidor mudou. Impulsividade e pressa deram lugar a escolhas mais ponderadas ou priorizações e a tecnologia tem sido fundamental nesse processo. Esse dado veio à tona a partir de um relatório do Think with Google que mostrou que com o avanço tecnológico, o consumidor passou a pesquisar preços, comparar opções, encontrar avaliações e ver vídeos com conteúdo sobre um produto. 

No documento, o Google aponta que a chave não só para atrair inicialmente o consumidor, mas também conquistá-lo  e fidelizá-lo por mais tempo. A empresa mostrou três conceitos que explicam a ascensão dessa racionalidade: maturidade digital, maturidade mercadológica e oferta plural. Confira!

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Maturidade digital

O dado mais recente do IBGE aponta que 90% dos domicílios do país têm acesso à internet, 6% a mais do que em 2019. Além disso, no ano passado, o Brasil se tornou recordista mundial em uso de aplicativos: os cem maiores apps de serviços do país somam quase 1,5 bilhão de contas ativas, um crescimento de 91% se comparado ao período pré-pandemia da covid-19.

O Think with Google mostra que essa expansão da internet na vida dos brasileiros potencializou uma transformação que já estava acontecendo na maneira como as pessoas consomem. Esse consumidor tem agora mais opções e se tornou mais criterioso: no lugar do mais barato, ele quer o melhor.

Foto: Divulgação/Google

No relatório consta que para as marcas, isso significa que é necessário lidar com outros conceitos de valor: qualidade, atendimento e relacionamento, por exemplo, entram na conta junto com o preço quando o cliente está em busca de um produto. E embora os investimentos em branding não sejam percebidos de forma imediata nos resultados de vendas, eles são o antídoto para o meio do caminho confuso.

O relatório fala que as empresas que são maduras digitalmente saem na frente, já que conseguem entregar conteúdo relevante aos consumidores em todos os pontos da jornada de compra. Essa solução, no entanto, ainda não foi assimilada por todo mundo. Uma pesquisa do Boston Consulting Group apontou que atualmente apenas 9% das empresas são altamente capacitadas digitalmente e que 66% estão em estágio intermediário, ou seja, podem se beneficiar largamente da transformação digital.

O primeiro passo nesse caminho, de acordo com o documento, é realizar um Digital Assessment, para ter um diagnóstico da sua empresa em relação à maturidade digital. E o YouTube Way é um passo a passo que mostra como criar anúncios mais relevantes levando em consideração as intenções criativas, os objetivos da marca e as necessidades dos consumidores.

Foto: Divulgação/Google

Maturidade mercadológica

O relatório Think with Google mostra que a maturidade digital tem como consequência a maturidade mercadológica. Segundo o documento,  o desafio não é mais conquistar consumidores novos, mas sim disputar aqueles que já estão inseridos no mercado.

No entanto, o relatório afirma que é necessário conhecer o consumidor, algo que faz parte da realidade de poucos negócios: 70% dos grandes anunciantes podem se beneficiar de dados mais precisos sobre seus clientes. Em outras palavras, a maioria das empresas gasta mais do que deveria para ter clientes de baixo valor e não gasta o suficiente para adquirir os de maior valor. Quando você trata todos da mesma forma, porém, a operação se torna ineficiente.

Foto: Divulgação/Google

O documento aponta que colocar o cliente no centro do negócio impõe a mudança de uma gestão industrial centrada no produto para uma liderança digital que compartilham objetivos comuns: todo o time trabalha para criar relevância e gerar valor para os consumidores. Portanto, em vez de pensar somente no portfólio de produtos ou serviços, é importante focar cada vez mais no portfólio de consumidores. Eles que devem dizer o que buscam e como as marcas podem ajudá-los.

Nesse sentido, o relatório diz que a mensuração também precisa ser diferente. O Lifetime Value (LTV) — que é o valor gasto por um consumidor enquanto o relacionamento com a marca estiver ativo — ganha protagonismo. Assim como o Return on Creative Investment (ROCI), que mede a eficiência criativa a partir dos resultados de negócios. Adotar novos parâmetros é adotar o pensamento de que a criatividade pode se beneficiar dos insumos vindos dos dados e da mentalidade de teste e aprendizado.

O Think with Google revelou que ferramentas sofisticadas como Brand Lift e Google Analytics 4, além da plataforma GMP, podem ser extremamente úteis na análise de resultados e acompanhamento de campanhas. Programas em letramento de negócio e dados que promovem a capacitação em áreas-chave para o Marketing Econométrico, como criação, negócios, dados, mensuração e inteligência artificial, também são importantes nesse processo, como consta o documento.

Oferta plural

O relatório Think with Google aponta que a  oferta nunca foi tão plural, e isso se reflete nas buscas. Nos últimos anos, segundo o documento, as pesquisas genéricas explodiram em relação à procura por marcas, o que indica que há uma intenção racional, mas também consultiva por parte das pessoas. E elas dispõem de uma infinidade de informações para fazer uma escolha mais ponderada.

Foto: Divulgação/Google

Uma das formas mais eficientes para trabalhar a consideração, principalmente com consumidores cada vez mais racionais, é por meio da Inteligência Artificial (IA)

De acordo com a Mckinsey, 50% das empresas no mundo usam IA para pelo menos uma função. O estudo mostra que no marketing, a Inteligência Artificial pode ajudar tanto na compra de mídia como também para repensar processos criativos, trazendo os dados para o centro da operação. 

Ainda é apontado que o  vídeo é uma das plataformas mais potentes para cumprir essa tarefa. Segundo um estudo da Kantar IBOPE Media, o alcance do vídeo online no Brasil chegou a 61% por mês em 2022. E o público consome esse conteúdo em diferentes devices: 54% o fazem pela TV conectada e 37%, por smartphones.

O YouTube tem um papel muito importante nesse contexto, afinal são mais de 120 milhões de brasileiros a partir de 18 anos que assistem à plataforma mensalmente. 

Além disso, 84% da audiência no Brasil concorda que o YouTube tem conteúdo exclusivo que eles não podem encontrar em nenhum outro lugar.

Foto: Divulgação/Google

Uma nova realidade

Nos últimos anos, as transformações vividas — maturidade digital, maturidade mercadológica e oferta plural — resultaram em consumidores ultrarracionais. Nesse contexto, segundo o relatório de consumo do Think with Google,  a construção de marcas se torna um trabalho mais sofisticado, cujo foco precisa estar no tempo de relacionamento com os clientes.

Foto: Divulgação/Google

Ou seja,o documento aponta que  para conquistar o consumidor ultrarracional é necessário criar e manter conexões. No entanto, para fazer isso, é preciso entendê-lo de forma mais detalhada para suprir suas demandas. Esse cenário exige criatividade, improvisação e sofisticação dos processos para alcançar as pessoas — um caminho que demanda uma nova forma de entender e utilizar a tecnologia em favor dos negócios.