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Entrevista: vencedora do “The Voice”, Mylena Jardim fará turnê em tributo a Whitney Houston e lançará EP de inéditas


Vencedora do “The Voice Brasil” no ano passado, a adolescente Mylena Jardim está com um projeto novo. Foi convidada para estrelar o musical “Uma Saudação à Whitney Houston”, do diretor Rafael Mello. Ao mesmo tempo em que prepara o lançamento de um EP de inéditas, bem autoral, ela ensaia para dar voz ao repertório emblemático da diva americana. Mylena está acertada para fazer uma série de apresetações entre 2017 e 2018, pelo menos. As primeiras acontecem no domingo (10/12) no Theatro Net São Paulo e no dia 18 de janeiro no Theatro Iguatemi, em Campinas.

No espetáculo, ela cantará músicas como “I Will Always Love You”, “I Have Nothing”, “Run To You”, “I Am Every Woman”, “Jesus Loves Me” e “I’m Your Baby Tonight”. Os figurinos que usará, verdadeiras réplicas dos originais de Whitney, custam mais de R$ 20 mi. Além disso, o show também tem dançarinos e coreografias. É para nenhum fã de música pop botar defeito.

Você é de uma geração que não pegou o auge da Whitney Houston. Qual a sua relação com esse repertório?
Por mais que eu não tenha pegado essa auge da carreira dela, ela sempre vai estar em evidência no nosso dia-a-dia, em tudo que a gente vê, em tudo que a gente cruza. Ela é Whitney Houston! Por mais que eu não tenha pegado esse auge, eu tenho uma relação muito íntima com as músicas dela, porque ela me ensinou a cantar, entendeu? Ela, entre outras artistas antigas. Sempre ouvi as músicas dela.

A Whitney é considerada algo de outro mundo. É difícil para você alcançar as notas dela?
As notas dela são difíceis, mas nunca impossíveis. A gente tem que estudar muito, porque ela realmente era uma coisa de outro planeta. Estou estudando muito para fazer esse espetáculo! Espero conseguir, porque fui educada cantando as músicas dela. Agora estou entrando em outra forma de cantar para acompanhar o ritmo dela e o pique do show, que é muito forte, pra cima em exigência vocal. Eu peço forças a Deus para que dê tudo certo. Estou bem animada.

As músicas exigem muito vocalmente. Você tem que ter cuidados específicos com a voz?
Eu evito muita coisa. Não deixo de comer ou fazer aquilo que gosto, mas evito muitas coisas quando sei que vou cantar, para chegar lá e minha voz estar boa e perfeita para a ocasião.

Evitando o quê especificamente?
Leite, açúcar, muita gordura, coisa gelada… isso afeta a voz. Nem tudo deixa rouco, mas tem coisa que te dá pigarro. Não é bom, porque acumula pigarro. Você está cantando e o pigarro bem. Não é legal.

Quais as músicas que mais te desafiam?
Se eu falar todas, não estou mentindo! (risos) Eu amo “I’m Your Baby Tonight”, que para mim é uma das mais difíceis da Whitney Houston. Mas com certeza “And I Am Telling You” e “I Have Nothing” são muito difíceis também.

Quais as que você mais gosta?
Hum… é muito difícil de falar, porque amo todas da Whitney. Eu me identifico muito com ela. Mas gosto muito de “I’m Your Baby Tonight”, acho que é uma das minhas preferidas mesmo, e “I Will Always Love You” com certeza. Essa música educou muito a minha voz. E também “Run To You”!

Você está com esse espetáculo inteirinho com canções dela. Se pudesse escolher outra cantora para homenagear com um espetáculo inteiro com suas músicas, qual seria?
Etta James!

Também difícil, né?
É. Mas eu gosto de coisas que me desafiam. Gosto que as pessoas pensem que não vou dar conta para chegar lá e dar o meu melhor.

E ela também não é da sua época.
Pois é! Ela é bem mais antiga que a Whitney. Mas eu amo.

Música boa é atemporal.
Sim! A gente lembra daqui 20, 30 anos, porque se a gente ama não vai deixar morrer. A gente passa para os nossos filhos, para os nossos netos. Isso que é música.

Você venceu o The Voice do ano passado. O que o programa trouxe de mudança para sua vida?
Reconhecimento e preparação diante das câmeras. Eu era muito, mas muito, tímida. Só de saber que tinha uma câmera ligada, eu já ficava nervosa e não queria gravar mais. O “The Voice” me educou, porque tinha milhares de câmeras, então acabei perdendo o medo. Isso me ajudou muito!

E você vai continuar fazendo shows com suas músicas?
Sim! Vou lançar um EP daqui a alguns dias. São cinco músicas – quatro autorais e uma do Umberto Tavares. Acho que as pessoas vão gostar, porque é um EP muito atual, muito pop. Eu sinto que as pessoas possam gostar.

O que você pode adiantar?
O que eu posso contar? É bem diferente. É um diferente muito bom. Por mais que eu esteje no Brasil, não deixo de cantar minha forma meio americanizada, mas nada exagerado. Não posso falar muita coisa! (risos) Mas está muito bom. Eu, como cantora, sou muito chata. Gosto que as coisas saiam bem feitas. E eu escuto o EP e gosto, então sinto que as pessoas também vão gostar.

Para o ano que vem, quais são seus projetos?
Quero fazer muitos shows, uma turnê pelo Brasil. E continuar com o espetáculo da Whitney, que vai ter réplicas perfeitas das roupas que ela usou e vai ser maravilhosa.

Para terminar, mande um recadinho para os leitores do POPline.
Espero que todos aqueles que irão ao espetáculo gostem e se emocionam, que entendam que existiu apenas uma Whitney e a gente está aqui para homenageá-la.