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Entrevista: Sorriso Maroto explica detalhes de novo EP inovador e novidades da banda para 2019!


Parece que foi ontem, mas há 21 anos o Sorriso Maroto faz parte da trilha sonora de milhões de pessoas no país. No entanto, o quinteto formado por Bruno Cardoso, Sérgio Jr, Cris Oliveira, Vinícius Augusto e Fred Araújo parecem viver a alegria e criatividade de quem está começando. Durante uma conversa com o grupo na sede da gravadora Sony, no Rio de Janeiro, uma palavra que serve de sinônimo para o bate-papo que oPOPline teve com o grupo é harmonia. Todos os membros, sem exceção, não hesitaram em dar suas opiniões nas perguntas em clima de descontração e muita leveza! Lá, sabemos mais detalhes do novo projeto da banda, o EP “Ao Cubo, Ao Vivo, Em Cores” e perguntamos se os meninos topariam apresentar um programa de TV!

Vocês recentemente apresentaram o programa TVZ Verão, no Multishow, como foi a experiência? Deu frio na barriga?

Bruno: “Já fizemos algumas vezes o próprio TVZ em formatos distintos, esse de Verão é mais descontraído, o que é ainda mais bacana. Dividir com o Felipe Araújo foi maravilhoso porque quando estamos com um parceiro trocamos mais, mesmo estando numa banda com cinco pessoas”. Sérgio: Já apresentamos o programa “Sai do Chão”, mas sempre dá um friozinho na barriga porque tem o teleprompter, temos que ler e não tem como errar porque é ao vivo. Errou, já era! Nos tira totalmente da nossa zona de conforto porque estamos acostumados a cantar, mesmo que o programa se trate de um programa musical porque o diretor fala pra olhar pra x câmera, falar tal hashtag, aí às vezes embola.

O programa “Só Toca Top”, da Rede Globo na nova temporada irá revezar os apresentadores, que serão músicos. Vocês topariam participar?

Cris: Claro que aceitaríamos, somos caras de pau, o problema é que correria o risco do programa além de musical, se tornar um show de humor! (risos)

O EP “Ao Cubo, Ao Vivo, Em Cores” tem uma estética bem diferente de tudo o que o Sorriso Maroto já fez até então. É completamente colorido, gravado com smartphone. O intuito foi celebrar o novo momento da banda?

Bruno: A ideia era de alguma forma trazer um ar de novidade. É difícil uma banda com mais de 20 anos surpreender, trazer algo completamente novo – já fizemos DVDs com estruturas enormes, outros menores, com eventos abertos, outros fechados. Aí chegou uma hora que perguntamos. O que vamos fazer agora? E acabou surgindo uma ideia que para a gente foi completamente inusitada de registrar todo o projeto com smartphone. Estávamos em um bate-papo informal e surgiu isso. Estamos em um momento em que estou seguro com a minha saúde, já passou o meu período “de experiência” desde que eu tive alta. Fiquei durante os últimos seis meses observado pelos meus colegas de banda e pelos médicos. Passamos por essa fase e achamos que era o momento oportuno para começar um ano com o projeto novo.

Sérgio: A questão das cores deu até um ponto de energia, porque a gente entende que elas são capazes de traduzir sentimentos, emoções, então, o Sorriso queria mudar um pouco. A nossa paleta de figurino sempre foi muito preta. Então, nesse trabalho abrimos para um colorido a fim de trazer alegria, sensações diferentes das que havíamos feito. Sobre o celular, chegamos a uma conclusão que boa parte do nosso público é impactada por imagens de um celular, seja ele um videoselfie ou filmando alguma coisa. Aí notamos que apresentamos diariamente nas nossas redes sociais um conteúdo que vem da lente de um smartphone. Subindo todas as nossas ações. Então pensamos: Por que não fazer um registro audiovisual de uma forma bem próxima daquilo que realmente queremos apresentar? Estamos muito satisfeitos porque a percepção dessa lente é completamente diferente e vai ao encontro do que queríamos passar para o nosso público.

Fred: Esquecemos completamente da câmera porque ela fica em nosso entorno, nós estamos concentrados, então, até esquecíamos. Além disso, gostamos muito porque não tem como fazer “maquiagem” de imagens de celular. Chamamos 300 fãs de várias partes do Brasil para o nosso cubo, no Rio de Janeiro, e ali só tinha energia boa! Foi uma energia de recomeço.

O que podemos esperar do Sorriso Maroto em 2019?

Sérgio: Esse projeto foi um start mesmo! A ideia é que o nosso EP paute o nosso início de ano. São 11 faixas ao todo e é o nosso pontapé inicial.

E esse dobradinha nos vocais de Bruno Cardoso e Thiago Martins vai continuar?

Bruno: Isso vai acontecer o tempo todo! (risos). É impossível não ser dessa forma. O Thiago foi convidado na minha ausência por motivo de saúde, mas tudo que fizemos aqui foi muito intenso e verdadeiro. Por mais que o Thiago tenha feito essa passagem no Sorriso, pra gente vai ser pra vida inteira, não é só uma passagem. Jamais vamos esquecer. A gente se dá de uma forma tão verdadeira, que sabemos que a nossa relação transcende o palco. Ele está lançando um trabalho novo, então endossamos tudo o que ele faz, Thiago faz o mesmo conosco e assim acontece. Temos algo maior juntos! Não precisamos anunciar que ele vem cantar conosco, uma hora ele vem!

No Sorriso Maroto Bruno Cardoso e Sérgio Jr. além da produção da própria banda, também participam do processo de produção de outros artistas como Dilsinho, Mumuzinho e Thiago Martins, como é essa dupla jornada?

Bruno: Com o Mumuzinho o primeiro “EP” fomos nós que fizemos e viemos construindo a carreira dele desde então. Já a Melim e o Dilsinho, eu também trabalho com eles, faço a parte de empresariamento e também artística. Dividimos a nossa cabecinha em vários pedacinhos e vamos dividindo um pouco com todo mundo. Acho que para o trabalho musical além do marketing, a sensibilidade é muito importante. Então, vamos dividindo os feelings com outros artistas sobre músicas, repertórios, o que a gente entende que seria legal para um show e vamos colocando e dividindo as nossas experiências. Seja com artistas novos ou também com vivência maior, tudo é uma soma.

Sérgio Jr: O grande barato da produção musical é tentar achar o talento de um artista e entender como ele pode se inserir no mercado para que ele possa viver da música. É um trabalho maravilhoso, desafiador. Quanto está tudo certo a culpa é do produtor, quando está errado, também.

E Cris, Fred e Vinícius, como Bruno e Sérgio são como produtores do Sorriso Maroto? Rola algumas discussões (risos)?

Cris: É uma grande vantagem a autoprodução porque os dois já sabem do que gostamos e qual a nossa identidade musical. Principalmente para Bruno, que é cantor. Eles nos deixam muito abertos em tudo, para dar quaisquer opiniões. Desde 2007 quando eles começaram a produzir, tudo vem dado certo. E time que está ganhando não se mexe.

Fred: Como eles já são compositores fica tudo mais fácil porque não precisamos adaptar para a voz de Bruno. E eles já sabem exatamente o ponto que querem chegar.

O que o Sorriso Maroto está aprontando para o Carnaval?

Bruno: Nesse Carnaval ficamos bem baseados mesmo no Rio de Janeiro. Começaremos na sexta-feira, (01), no Terreirão do Samba, na Sapucaí, no Sábado, (02), fazemos na Cidade das Artes junto com Wesley Safadão e Carrossel de Emoções, no domingo, (03), vamos para o Camarote Parador, em Recife, Pernambuco, na segunda-feira, (04), estaremos no Up Camarote da Sapucaí, no Rio de Janeiro.