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Entrevista: Sophia Abrahão revela tudo sobre sua primeira turnê solo

Show de estreia será em 7 de maio, em São Paulo.

Sophia Abrahão está em uma nova fase. De empresários novos, música nova, visual novo, ela prepara a estreia de sua primeira turnê solo. A “Tudo Que Eu Sempre Quis Tour” terá início no dia 7 de maio, no Teatro APCD, em São Paulo. O show será baseado principalmente no álbum lançado no ano passado, e trará também a novíssima “Sou Fatal”, composta por Nando Reis para a cantora.

A atriz, cantora, blogueira, it girl e mais nova youtuber do pedaço quer montar um show com a cara dos fãs. Isso é pensado desde o repertório até os figurinos e a movimentação no palco. Segundo ela, o público espera por essa turnê solo desde o fim do grupo Rebeldes, e lá se vão três anos. Para os fãs das antigas, um aviso: ela também pretende cantar alguns sucessos do sexteto.

Super empolgada por levar seu trabalho aos palcos, Sophia Abrahão conversou com o POPline e contou tudo que está por vir nessa turnê. Confira!

Como estão os preparativos para a estreia da turnê?
Está uma correria a minha vida, né? Ao mesmo tempo que estou estreando a turnê, estou me preparando para meu próximo trabalho na TV. Estou me desdobrando entre Rio e São Paulo, porque os ensaios da banda são em São Paulo e os ensaios da novela são no Rio, então estou nessa ponte aérea maluca. Estou ensaiando no domingo em São Paulo e ficando aqui no Rio de segunda a sexta, mas está bem legal. A gente tem ainda cinco ensaios pela frente, porque a gente estava por enquanto levantando o repertório, levantando os sons, vendo como ficaria a dinâmica de cada música, mas agora a gente vai ensaiar no palco mesmo, então muda completamente o foco do ensaio. Vai ser uma coisa mais coreografada agora, posicionamento no palco, porque isso a gente não ensaiou ainda. Vamos começar a partir dessa semana.

Você fez shows em lugares grandes com os Rebeldes, e vem fazendo pocket shows sozinha nos últimos anos. Você começou como modelo, depois atriz… Em algum momento, se vislumbrou assim, sozinha no palco, cantando, com sua turnê, com um público só seu?
Eu acho que é um sonho antigo, apesar de ser bem diferente de tudo que já fiz. Você no palco com uma banda e outros colegas cantando com você, acho que diminui um pouco a responsabilidade e a ansiedade. Você não tem que acertar sozinha, porque está em um grupo. Quando você entra no palco sozinha, o palco é todo para você, e isso é bem legal, porque dialogo diretamente com meus fãs. Tenho uma liberdade e uma autonomia muito maior do que tinha no grupo, e ao mesmo tempo não tenho ninguém para dividir a responsabilidade. Se acontecer alguma coisa de errado, tenho que me virar. Óbvio que tem a banda para dividir comigo, inclusive chamei alguns músicos que tocaram comigo em Rebelde para essa nova fase da minha carreira, então isso já me dá uma confiança muito legal: tocar com músicos que já toquei. Mas, de qualquer maneira, é sozinha, por isso estou me preparando tanto, ensaiando tanto, me dedicando tanto. É uma responsabilidade a mais com certeza.

Como você se enxerga como cantora? Como define seu trabalho?
Acho que estou em processo de eterna descoberta e não consigo me categorizar, me definir. Acho que estou, nesse período desde que acabou Rebelde, me descobrindo, tentando, errando, acertando. (dá risadinha) O Sérgio [Malheiros] está aqui do meu lado e completou com “amadurecendo”. De fato, amadurecendo. Acho que, mais que amadurecendo, experimentando mesmo. Gravei uma música agora do Nando Reis, que é “Sou Fatal”, e ela tem uma onda pop, que dialoga bem com o resto do meu repertório, mas é uma onda um pouco mais MPB do que o resto. Então, é isso, acho que estou descobrindo ainda.

Qual vai ser a cara do show? Tem coreografia? É mais acústico? Tem dançarinos? Como é?
Vai ser show, show mesmo. É a primeira vez que saio com uma turnê de show, e não de pocket. É um show de 20 músicas, com repertório bem focado no interesse dos fãs, mesmo. Vou cantar músicas antigas de Rebelde, vou cantar músicas do meu projeto independente depois de Rebelde, quase meu CD inteiro, vários covers, vai ter Justin Bieber, vai ter Taylor Swift, várias coisas que os fãs curtem e sabem cantar. Acho que vão se divertir. A turnê demorou um pouco para sair, então tenho que agradar, senão apanho (risos). Estou fazendo tudo bem amarradinho para eles, e de uma maneira que eu me divirta também. Eu gosto do show inteiro. Gosto de todos os momentos que a gente preparou. Dentro do show, vai ter um momento acústico, quando a banda vem um pouco mais pra frente e o cajón substitui a bateria. Então, tem esses momentos. Com relação à coreografia, me inspiro bastante no Bruno Mars e na Amy Winehouse, que não tinham necessariamente coreografia de dança, mas movimentos coreografados do cantor com a banda. Eu acho isso muito interessante, bem rico para o palco, então a gente vai pensar nisso, vai ser uma coisa coreografada.

Você falou por aí que vai ter trocas de figurinos no show, e sei que você é super ligada em moda. Como são as roupas da turnê?
Continuo vendo elas. A ideia inicial é que sejam peças exclusivas. A gente tem colaboração de várias grifes, várias marcas, que nos dão apoio quando a gente precisa. Mas vai ser uma coisa bem inspirada nas norte-americanas, na Taylor Swift, que é uma cantora que, fora a parte musical que gosto muito, tem esse pé na moda, no cinema, é uma artista 360 e brinca com a moda no palco. Gosto muito também do estilo da Katy Perry no palco – uma coisa mais lúdica, na qual poderíamos nos inspirar também. Eu penso em três trocas inicialmente. Uma troca radical, do look inteiro, e uma troca de uma peça, talvez tirar um casaco e botar outra peça, uma coisa que não demande muito tempo. Mas eu penso nisso: duas a três trocas.

Eu vi você falando numa entrevista que “aquela menina tímida e insegura ficou para trás e agora surge uma Sophia mais confiante e amadurecida”. Como se deu essa transição?
Com o tempo, né, não tem jeito. Com o tempo, com os desafios, com os trabalhos que vieram, ou você amadurece ou amadurece. Não tem muita opção… Ou foge, né? (risos) Eu acho que, com o tempo e com os desafios que a vida foi colocando na minha frente, eu hoje já tenho outra percepção do mercado de trabalho, do meu trabalho, do que eu quero, de onde quero chegar, e isso me dá uma base muito mais forte. Eu fico menos insegura, menos ansiosa. Apesar de ainda ser muito imediatista, estou entendendo cada vez mais que as coisas têm seu tempo para acontecer e antes eu queria tudo para ontem. Hoje, já entendi que não é bem assim.

Você também está com o cabelo curtinho agora, a cara da P!nk.
(risos) Obrigada!

Isso foi pensado para a turnê?
Foi sim. Eu vou fazer uma novela agora que a caracterização é com uma peruca. Então, pela primeira vez em anos, eu pude fazer o cabelo que de fato eu queria fazer. Estou ensaiando esse corte há uns quatro anos pelo menos. Eu tenho uma modelo-inspiração, que é a Agnes Deyn, e ela usava o cabelo bem curtinho, platinado, e tenho essa foto há uns três, quatro anos. É que nunca tive oportunidade, e coragem também, para fazer antes. Mas agora calhou de ter a oportunidade de ficar com meu cabelo pra minha vida, e queria fazer alguma coisa diferente para a turnê, pensando nessa parte musical, no palco, e surgiu esse corte. Eu já estava loira, platinada, e cortei.

Eu estava te fuxicando e vi que você é muito ativa nas redes sociais, sempre em contato com os fãs.
Super!

Qual a cara do seu público atualmente?
Eu acho que é um público que começou a me acompanhar bem novo, na faixa etária de 10 a 15 anos, e é um público que está crescendo junto comigo. Isso é muito interessante de ver também: é um público cada dia mais maduro, e cada dia aceitando as propostas novas que tenho colocado para eles. Estamos realmente crescendo juntos, e é muito bacana isso. Não tem essa preocupação de “agora preciso conversar com um público mais adulto”. Não, meu público está me acompanhando, passando por essa fase junto comigo. A gente tem praticamente a mesma idade. É um público jovem, mas não é mais infanto, é mais juvenil mesmo: adolescente e adulto, entrando nessa fase adulta. Consigo falar de igual para igual, e eles estão acompanhando bem.

Você fez “Malhação” e “Rebelde” e conquistou uma base de fãs muito jovem…
Eu fiz tudo que podia ter feito para o público adolescente! (risos) Fiz “Malhação”, fiz “Rebelde”, fiz “Confissões de Adolescente” no teatro, fiz “Confissões de Adolescente” no cinema. Todos os veículos que eu podia ter usado para falar com o público adolescente, eu usei. Mas eu acho que passou um pouco essa fase. Até porque eles não são mais adolescentes. Então estamos passando por isso junto.

Esse público costuma ser muito fanático, apaixonado. Já teve alguma loucura? Qual a maior loucura que fizeram por você?
Eu acho que a música gera um pouco desse fanatismo, mais do que a atuação. “Rebelde”, por ter esse universo musical muito presente, gerou essa comoção quando estava no ar. Eu acho que tatuagem é uma coisa que eu jamais incentivaria, mas que considero bem maluca. Alguns já fizeram tatuagem com meu nome. Fora algumas maluquices de dormir em aeroporto, ficar esperando dez horas… Cara, eu tenho vontade de pegar cada um no colo e falar “vem cá comigo…”. Eu tento retribuir esse carinho de alguma forma. Sei que não é suficiente, porque o que eles fazem por mim é muito maior do que minha retribuição, mas tento fazer o que está ao meu alcance. Eles são bem fieis e me surpreendem com esses presentes malucos, essas demonstrações de amor malucas.

E seus companheiros dos Rebeldes? Você acompanha? A Lua Blanco está lançando o trabalho solo dela também.
Acompanho, acompanho sim. A gente criou um elo muito forte, então, por mais que a gente não conviva, um está sempre acompanhando a vida do outro. A gente quer sempre estar por dentro do que está rolando. A Lua lançou o CD dela, e eu pude ouvir algumas músicas: gostei bastante. Achei a capa do CD bem bonita também. Não tenho o CD em mãos ainda, mas espero que ela me dê um.

Quando você tava fazendo seu álbum, rolou um burburinho sobre parceria com a Anitta. O que aconteceu?
Pois é. Na época, meu produtor, que é o Fernando Zor (da dupla Fernando & Sorocaba), tinha composto “Pelúcia”, que é uma música mais animada, e propôs essa parceria para ela. Palavras do Fernando, que ele até deu entrevista sobre isso: que ela tinha topado, que ia rolar. Tornou-se uma coisa pública. Mas acho que, por uma coisa de gravadora, ou por estratégia de lançamento, ela declinou o convite e aí a gente não teve a oportunidade de gravar junto. Mas, enfim… Fiquei bem triste, porque queria ter ela no meu CD, mas acho que não vão faltar oportunidades. Espero que a gente faça alguma coisa ainda.

Para terminar, mande um recadinho para os leitores do POPline.
Gente, estou muito feliz de estar aqui dando entrevista para vocês. Meu novo single se chama “Sou Fatal”, já está nas rádios, e a gente vai gravar o clipe dentro das próximas semanas, e vai ficar incrível, com a participação de fãs. Quero ver vocês bombando nas redes sociais. Espero que tenham gostado da música e continuem acompanhando tudo que rola. Um beijo!

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