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Entrevista: ‘Salvador funciona para além do verão’, diz Ismael Fagundes, do Afropunk

Em entrevista para o POPline.Biz é Mundo da Música, o coordenador artístico do Afropunk Bahia, que também atua na curadoria do festival, fala sobre a estrutura, curadoria e o fomento das marcas

Ismael Fagundes, coordenador artístico do Afropunk Bahia. Foto: Reprodução/LinkedIn.

Afropunk Bahia 2023 acontece nos dias 18 e 19 de novembro, no Parque de Exposições, em Salvador.  O festival terá um compacto na Globo e transmissão na Multishow e Globoplay. Os  ingressos estão disponíveis no Sympla, acesse aqui.  

Ao longo do Afropunk, os palcos ‘Agô’ e ‘Gira’ irão ecoar a diversidade brasileira atravessando ritmos, melodias e sonoridades que dão vida à cultura afro diaspórica no Brasil.  A edição de 2022 teve mais de 20 horas de música e mais de 25 mil pessoas por dia. Neste ano, o festival contará com 10 shows por dia com nomes como Djonga; Carlinhos Brown cantando o disco ‘Alfagamabetizado’; Majur; IZA; Luccas Carlos; Gaby Amarantos; O Kannalha; Olodum; KayBlack & Caverinha.

Além dos encontros: Alcione convidando a escola de samba Mangueira; Tasha e Tracie convida Tati Quebra Barraco; BaianaSystem convidando Noite & Dia de Angola e Patche Di Rima do Guiné Bissau e muito mais. As mais de 20 horas de música também contarão com a programação de DJs sets de Quebradaum, Trapfunk em um feat inédito com a DJ inglesa Tash e outros convidados.

Foto: Divulgação.

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Em entrevista para o POPline.Biz é Mundo da Música, Ismael Fagundes, coordenador artístico do Afropunk Bahia, que também atua na curadoria do festival, fala sobre a estrutura, curadoria e o fomento das marcas. O evento tem o patrocínio da Smirnoff e Valorant.

Ismael Fagundes lembra que o Afropunk é um festival internacional, que é conhecido no mundo todo, que tem a edição conhecida no Brooklin e, também, em Salvador. “A gente enfatiza muito, não só para as marcas, mas também para o público. Os artistas estão se apresentando em um festival internacional”, pontua o coordenador artístico.

Recentemente, Pedro Tourinho, Secretário de Cultura e Turismo de Salvador, fez uma declaração nas redes sociais sobre a falta de investimento privado em eventos destinados ao público negro na capital baiana e, ainda neste mês, o Festival de Verão Salvador 2024 foi anunciado na cidade de São Paulo. Ao ser questionado sobre esses episódios, Ismael Fagundes diz que considera fazer uma apresentação na capital paulista é válida, uma vez que as marcas se concentram no sudeste.

“É um desejo nosso um dia apresentar às marcas, porque há uma cobrança de quem está patrocinando, de ter uma coletiva de imprensa, é mais fácil para as marcas reunirem seus times [no sudeste] do que trazer todo mundo para Salvador. Não vejo como um problema”, disse Ismael Fagundes.

Afropunk: Salvador no circuito dos festivais internacionais

“É um trabalho que a gente tenta e se esforça também para consolidar Salvador dentro dos festivais internacionais. Apresentar para marcas que Salvador funciona para além do verão, novembro já é um mês aquecido. Mas a gente tem um incentivo maior no Carnaval, que essas marcas sempre estão aqui. Investir em um evento negro, pensado para pessoas negras, liderado por pessoas negras em Salvador é sempre um desafio”, pontua Ismael.

Ismael Fagundes, coordenador artístico do Afropunk Bahia. Foto: Reprodução/LinkedIn.

De acordo com Ismael Fagundes, Salvador, a cidade mais negra fora do continente africano, foi a cidade escolhida como sede do Afropunk no Brasil. A IDW, companhia que investe e realiza o festival na capital baiana, faz esse diálogo com as marcas, para que elas entendam esse pólo musical. 

“O festival, no ano passado, impactou não só o mercado musical, mas também o mercado hoteleiro, da moda, das pessoas que trabalham com cabelo e maquiagem. O festival é potente enquanto investimento e Salvador é uma cidade potente para realização”, destaca o coordenador artístico do Afropunk. 

“Em 2022, as trancistas não tinham mais horários. O festival impacta números diretos e indiretos da economia e a gente tem lá restaurantes na praça de alimentação, que a gente traz gastronomia afro, empreendedores negros. Tem todo um setor que o festival aquece no antes, durante e depois”, completa.

Ainda de acordo com Ismael, o Afropunk tem um ingresso acessível e ainda proporciona experiências.

O black carpet, que virou uma marca do festival desde 2021 e vem esse ano ainda mais potente.  Além disso,  tem toda questão de cuidado, espaço para PCD. O Afropunk é um espaço com vários compromissos, de pessoas pretas para celebrar a nossa música, nossos corpos com toda liberdade”, conclui Fagundes.

 

Confira o line-up  do Afropunk Bahia 2023:

Sábado (18)

Djonga

Tasha e Tracie convida Tati Quebra Barraco

Carlinhos Brown canta Alfagamabetizado

Victoria Monét (EUA)

O Kannalha

Majur

Luccas Carlos convida O Poeta

Gaby Amarantos

TRAPFUNK&ALIVIO & TASH LC (Inglaterra)

QUEBRADAUM com PIVOMAN E MANNIGA

 

Domingo (19)

Alcione convida Mangueira

VANDAL

Karen Francis

BaianaSystem convida Patche Di Rima (Guiné Bissau) & Noite e Dia (Angola)

AJULIACOSTA

IZA

Olodum

KayBlack e Caverinha

Lunna Monthy

SERVIÇO

AFROPUNK Bahia 2023 

Datas: 18 e 19 de novembro de 2023

Local: Parque das Exposições, Bahia

Classificação: Menores de 14 anos acompanhados dos pais. Acima de 14 anos precisam apresentar documento de identificação com foto.

Ingressos: clique aqui.

Mais Informações: acesse aqui.