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Projota

Entrevista: Projota fala sobre expectativa para Z Festival, single “Rebeldia”, público infanto-juvenil e próximo álbum

Projota está em uma ótima fase. Sua meta de se tornar mainstream e ver o rap tocando nas rádios foi alcançada com mérito, e suas conquistas vão para além disso. Com um show marcado no Z Festival, para o dia 10 deste mês, o rapper se prepara para sua primeira apresentação em um estádio – o Allianz Parque. E será em uma line-up recheada com nomes como Anitta, Tiago Iorc, Manu Gavassi, Cheat Codes e a headliner Demi Lovato.

Recentemente, ele recebeu o disco de ouro pelo “3Fs Ao Vivo”, álbum e DVD que darão o tom de seu show no evento. Além disso, foi premiado no Meus Prêmios Nick, do canal infantil Nickelodeon, o que o leva a um ponto: Projota se vê, de repente, com um público ainda mais jovem do que esperava. Além de adolescentes e jovens adultos, agora ele tem as crianças.

Realizado e contente, ele prepara seu próximo álbum de estúdio para o ano que vem. Mas os fãs poderão ouvir o primeiro single ainda em 2016: chama-se “Rebeldia” e o clipe já está gravado. Para falar disso e muito mais, o POPline conversou com o artista. Confira!

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POPLINE – Parabéns pelo disco de ouro! Foi surpresa mesmo?
PROJOTA –Eu não sabia que ia receber naquela hora. Eu sabia que tinha atingido a marca, mas não sabia que ia receber ali. Foi bem legal receber na Fátima, como falei no programa, porque adoro ela. Tenho uma admiração, um carinho, um respeito por ela. Desde o primeiro dia que fiz o programa dela, ela foi muito simpática. Mais simpática do que todos que já fui, apesar de ter outros que eu adoro também. Mas ela é outro nível.

Você vai participar do Z Festival, que é no Allianz Parque, o estádio do Palmeiras. Já fez show em estádio antes?
Em estádio, não. Nunca fiz. Já fiz em ginásio. Estou empolgado, porque deve ser incrível, ainda mais num festival com Demi Lovato. Fico imaginando que vai ter muita gente, e vou viciar em tocar em estádio. O pior é que a gente tem outro show em estádio marcado em janeiro, no Mineirão. Se eu fizer um show em estádio por mês, tá bom, né? Dá para rodar o Brasil! (risos) Acho que vai ser incrível.

Qual foi o maior público da sua carreira?
Toquei para 100 mil pessoas no Boulevard Olímpico, no Rio de Janeiro. Foi o recorde de público do Boulevard Olímpico. É um mar de gente. Quando você toca para umas 30 mil, você já sente que é um mar de gente. Mas 100 mil é mais ainda, porque vai para os lados. Não acaba mais. É muito louco. É uma sensação muito louca. E a galera também vai super aberta para curtir em um show aberto, levantando a mão, jogando para um lado e jogando para o outro. O trabalho do MC é esse: interagir, brincar. Tenho isso também. As rimas de improviso, as batalhas que já passei, os eventos que apresentei… isso me ajuda bastante. Tenho essa função no currículo também, então com mais gente é mais divertido ainda.

O Z Festival é conhecido por ser um evento voltado para o público teen amante de música pop. É seu público também?
Também é. Meu público abrange além disso, mas uma boa parte do meu público está ali. Recebo muita notificação na Internet de gente desde os 12 anos. Crianças mesmo, até menores do que isso. Acho que a massa do meu público vai dos 14 até os 22, 23. Depois, óbvio, tem muito mais gente mais velha do que isso. Mas os adolescentes vem em peso nos meus shows. A gente acaba até fazendo muitos shows de matinê por conta disso.

Você recebeu o Meus Prêmios Nick de melhor música neste ano, o que é um atestado de aprovação do público infanto-juvenil. Seu trabalho não é voltado para gente tão nova, mas se comunica com eles também. A que você atrela isso?
Não sei… Realmente não sei (risos). Não tenho a fórmula nem consigo analisar de uma forma concreta, mas realmente acontece. No Meus Prêmios Nick, ganhei música do ano, que talvez seja o mais importante, porque abrange o feminino e o masculino: é a música. Muito louco. Eu fiquei muito feliz, porque eu via o adolescente de 16, 17 anos como meu público, sabe? Hoje, tem desde os 12, 13, e isso eu realmente não esperava. Eu consigo entender porque um adolescente me ouve, mas um pré-adolescente e uma criança não sei muito bem. Mas acho que a musicalidade, a música é gostosa de ouvir.

Toca em novela também…
Toca na rádio, na novela, e o pessoal gosta de ouvir. É que não sou um artista de uma ou duas músicas. Desde que tracei esse novo rumo de tocar na rádio, alcançar o mainstream, meu grande objetivo é a longevidade na carreira. É muito difícil, muito difícil. É um clichê dizer, mas é isso: chegar lá é difícil, mas é mais difícil ainda manter. Hoje, a gente está no sétimo single. Poucos artistas hoje, nos últimos cinco, dez anos, podem falar que conseguiram emplacar sete singles. Os sete funcionarem. Normalmente, o primeiro explode, o segundo explode menos, o terceiro não explode e não existe o quarto. Parabenizo os artistas que têm conseguido isso, porque a gente está assim hoje: é tudo muito rápido, se desapega muito rápido.

Sobre essa questão do público mais jovem, você compra a ideia de ser um exemplo? Assume essa responsabilidade?
Sempre encarei essa responsabilidade, por conta dos adolescentes, que são a massa do meu público. Sempre tive essa responsabilidade, sei dela. Óbvio que sou um ser humano e posso fazer coisas erradas, falar coisas erradas, e tento não me podar tanto, senão você não vive. Agora, com mais jovens ainda, é mais complicado ainda. Qualquer coisa que eu disser pode ser interpretada de forma errada, e qualquer coisa que eu disser pode ser utilizada de forma errada por eles. Um conselho, através de uma música, pode ser interpretado de uma forma incorreta e levá-lo a fazer uma besteira na rua. Eu não quero isso, pelo amor de Deus. Eu tento sempre passar boas mensagens, uma música positiva, que construa bem essa molecada. Acho que tem dado certo, até pela resposta que tenho das mães e dos pais. Isso é muito legal. Tem show que não pode entrar menor de idade, e a mãe acompanha a filha no show. Se pensar no rap, antigamente, você não podia nem imaginar isso: a mãe queria acorrentar a filha para ela não ir a um evento de hip-hop. Então, hoje, fico muito feliz.

Você vai manter o show da “3Fs Ao Vivo” ou fará mudanças para o festival?
É o show da “3Fs Ao Vivo”, mas mais curto. Tenho uma minutagem menor para esse show, 45 minutos. É quase a metade, né, do show do DVD, então a gente tem que focar mais nos singles, porque a gente tem uma estrela pop internacional chegando, mais uma estrela pop nacional, mais o Tiago Iorc… A gente tem que manter a linha dos singles, e óbvio que “Foco, Força e Fé”, algumas das mais pesadas, porque a galera também tem que levar a mensagem para casa.

As pessoas podem esperar por dueto com a Anitta?
Ah, eu vejo total possibilidade. A gente sempre deixa isso sem o anúncio, sem a certeza, porque nunca se sabe o que acontece na hora. Não sei se eu ou ela teremos outro evento, sabe? Então, a gente sempre espera o dia, e troca uma ideia lá. Quem sabe a gente acabe fazendo?

Você postou nas redes sociais um vídeo de bastidores de alguma gravação misteriosa. O que pode contar para a gente? Tem a ver com seu próximo single?
É, é o próximo single. Vou adiantar de leve. É uma música que se chama “Rebeldia” e tem tudo a ver com meu público adolescente, iniciando a fase adulta. Aquela fase dos 16 aos 20 e pouquinho, quando a cabeça está um turbilhão, se faz faculdade ou se não faz, se vai trabalhar com a profissão do pai ou não, se vai se jogar no mundo… É um momento difícil, e eu fiz uma música para falar sobre isso, esse momento. Principalmente para aqueles adolescentes que não seguem o caminho usual na vida, que sentem uma força gritando dentro deles para voarem mais alto que o resto do mundo.

É pra esse ano ainda ou para o ano que vem?
Pra esse ano ainda.

Legal! Você também usou a hashtag #AMADMOL. O que significa?
Isso daí é segredo! Tem a ver com meu próximo disco. A gente já está em estúdio gravando o disco, e sai no primeiro semestre de 2017. #AMADMOL tem a ver com esse disco.

Já tem quantas músicas prontas?
Compostas, todas. Eu não paro, né. Desde que fiz o DVD, já estava compondo. Eu tinha mais músicas prontas, praticamente dois discos, mas a gente selecionou algumas. Já tenho tudo. Estamos gravando e produzindo.

E como vai ser o fim de ano?
Devo tocar no Ano Novo. No Natal, nunca toquei e acredito que esse ano também não. Nem gosto muito. Ia ter que valer muito a pena, e não digo nem financeiramente, mas qual é o evento, onde que é, o que é. Mas, no Ano Novo, a gente provavelmente vai acabar fazendo show. Natal é família e sou bem tradicional nesse sentido: gosto de estar com a família. É uma data muito importante.

E férias?
Eu vou tirar férias em fevereiro do ano que vem. Vou dar uma viajada. Antes do Carnaval, porque a gente deve tocar no Carnaval também. O Carnaval vai ser na última semana, então devo tirar férias de uns 20 dias, que já dá para relaxar.

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