O OneRepublic vem ao Brasil pela primeira vez neste mês, na reta final da turnê “Native”, que está na estrada há mais de dois anos e termina com 173 shows. Os daqui serão exatamente os dois últimos. A banda americana toca no Rock in Rio, no dia 18, com ingressos esgotados, e também no Espaço das Américas, em São Paulo, no dia 20. A expectativa é grande – tanto por parte dos músicos quanto dos fãs, que aguardavam esse encontro há pelo menos oito anos. O baixista Brent Kutzle, no entanto, gosta de arredondar para “uma década”.
É com ele que o POPline conversa por telefone para saber mais dessa primeira vinda à América do Sul (o Chile e a Argentina, de quebra, também ganharam espaço na agenda). O músico admite que todos estão muito cansados com essa turnê, mas garante que a empolgação para vir ao Brasil é enorme. E, para quem já quer músicas novas, novidade: eles também. Os shows por aqui acontecem em meio aos preparativos para o próximo álbum.
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Leia a entrevista ouvindo o megahit:
O OneRepublic está vindo para o Brasil depois de tocar na Europa, Ásia, América do Norte, Oceania e África com essa turnê. Quais foram os melhores momentos da “Native Tour” até agora?
Ir ao Brasil! (risos) Hum, deixa eu pensar. Houve muitos momentos especiais, porque foi uma turnê grande. Mas acho que os melhores momentos foram, não tenho certeza, mas acho que foram ir aos lugares onde não tínhamos ido e encontrar um público grande. E há lugares especiais pelas pessoas, pela comida, pela cultura. Foi uma ótima turnê!
Vocês estão com essa turnê desde 2013. Diga-me a verdade: estão cansados?
Sim! Antes de ir para aí, temos duas semanas de folga para relaxar, ver a família e pensar no álbum novo. Mas estamos muito empolgados de ir para a América do Sul. Esperamos muito por isso. É algo que queremos, então vamos fazer mais isso.
A América do Sul é a última etapa da turnê. Isso é bom ou ruim? Vamos ver uma banda cansada e com saudade de casa ou uma banda animada e em clima de comemoração por uma turnê bem sucedida?
Pergunta muito boa! Acho que é uma mistura das duas coisas. Serão shows especiais e estamos animados por isso, mas estamos cansados de verdade também. A “Native Tour” foi ótima, mas longa, e sinto que estamos em turnê há muito tempo. Mas é a América do Sul, onde sempre quisemos ir. Estamos animados. Não sei se vai ser o melhor show da turnê, porque estamos cansados, mas vai ser também uma celebração!
É a primeira vez da banda no Brasil. O que estão esperando?
Eu acho que os fãs aí são animados e engajados, certo? Na verdade, eu não tenho muita ideia do que esperar. Não estou muito certo. Mas dizem que os brasileiros gostam e sabem fazer uma festa. Então acho que vai ser legal.
O álbum “Native” foi muito importate para vocês. “Counting Stars” foi um enorme sucesso, vocês foram platina em vários países, e estrearam em nº 4 na Billboard 200. Consideram esse disco um ponto de virada?
Sim, definitivamente. Depois de “Apologize”, a gente vinha tentando repetir aquele sucesso, mas sem deixar de ser uma banda verdadeira e íntegra. Em termos de paradas, “Counting Stars” foi essa exceção, que nos levou de volta para cima. E é uma música muito especial para nós, então isso é ótimo. Realmente foi um ponto de virada. Agora é pensar no próximo disco para manter esse nível, você sabe.
Na sua opinião, porque “Native” foi tão mais popular que os outros álbuns, em termos internacionais?
Eu acho que o principal motivo é que o tempo passa. “Apologize” saiu no nosso primeiro álbum, há quase dez anos, e muitas pessoas compraram. Agora, com “Counting Stars”, conseguimos fazer o mesmo. Isso é fruto de um amadurecimento, nosso e do nosso público. Essa música marcou. E eu acredito que “Native” é nosso melhor álbum e as pessoas reconheceram isso.
Se você pudesse escolher qualquer outra música do disco para single, qual seria?
Eu não escolheria nenhuma. O próximo single será do próximo álbum. É nisso que estamos pensando agora.
Vocês vão tocar no Rock in Rio na mesma noite do Queen e do The Script, que já abriu alguns shows do OneRepublic. Vocês se identificam com essas bandas?
E a gente está no meio das duas, né? A gente toca entre The Script e Queen! Olha, eu acho que não se relacionam não. Mas eu gosto dos caras do The Script e o Queen é uma lenda. Em diferentes maneiras, exista uma influência. Mas é uma honra dividir palco com essas duas bandas. Sim, vai ser demais.
Você já escreveu músicas para cantoras pop como Ellie Goulding e Christina Aguilera, e produziu para Beyoncé. Como essas colaborações afetam as músicas do OneRepublic?
A gente escreve para muita gente o tempo todo. Quando estamos em estúdio, não sabemos se estamos escrevendo para o OneRepublic ou para outros artistas. Não sentamos para “fazer uma música para Beyoncé”. A gente faz e vê o que sai. Então, não sei se esses trabalhos influenciam a banda, porque o processo é o mesmo. A gente está sempre trabalhando.
Nesse momento, um assessor da gravadora interrompe e diz: “última pergunta, por favor”
Então, para finalizar, uma mensagem para os fãs brasileiros!
Estou muito empolgado de ir ao Brasil depois de quase uma década de banda. Espero que a gente faça um ótimo show. Vai ser o melhor show para nós, porque esperamos por muito tempo. Nos vemos!