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Entrevista – Lexa fala dos desafios do “Dancing Brasil” e foca na final: “vou pra ganhar”


Lexa está na final da segunda temporada do “Dancing Brasil”. Com o apoio incondicional dos fãs e conquistado o apoio de uma grande massa que assiste a funkeira de casa, a cantora e dançarina encarou todos os desafios propostos até agora com alegria. Aumentar seu repertório era uma das metas postas por ela mesma quando finalmente aceitou a proposta dos produtores – ela recusou o convite para a primeira edição.

E equilibrar a demanda do programa com sua agenda já apertada foi a prova que a moça tem mesmo jogo de cintura. Apesar de dizer que se sente imensamente feliz em já estar entre os finalistas, ela não esconde a ansiedade: “vou pra ganhar”.

O POPline conversou com ela sobre o programa e, claro, foco na música após o último episódio da semana que vem.

POPline: oi Lexa, antes de mais nada parabéns!
Lexa: Obrigada, obrigada (risos)… que loucura! Tô toda enfaixada aqui.

Até ia te perguntar como está o corpo, né? Depois de tantas semanas com ensaios, apresentação e shows, difícil passar ilesa.
O corpo está extremamente, extremamente cansado porque eu faço shows além do “Dancing [Brasil]”. Quando eu fazia apenas os shows já era uma rotina cansativa, mas com o programa a gente descobre partes do corpo que nem sabia que a gente tinha e a gente machuca partes do corpo que nem sabia também (risos). Então, agora eu estou com fitas [para aliviar a dor] no braço e duas na pernas porque elas estão com contratura.

Nossa, e você tem que estar inteira para a final daqui a alguns dias.
Exatamente! Para você ter noção, estou tomando injeção pra dor TO-DOS os dias.

E seu corpo já era um corpo preparado para essa rotina louca. Só mostra como está elevado o nível do programa.
Exato! Tem muita gente lá que realmente está conseguindo viver só o programa. Eu não! Eu tenho shows, uma vida paralela. Adoraria ter a chance de poder parar tudo para me dedicar exclusivamente a algo, mas não dá. Para você ter uma ideia, fui fazer essa semana um show na fronteira do Brasil e Argentina e era a semi-final! Eu só consegui ensaiar um dia, fui fazer o show, 11 horas até chegar ao local, de lá eu voltei direto pra Record. Então não tenho tanto tempo para ensaiar como os demais e quando tenho tempo, tenho que ensaiar muito e eu acabo me machucando. Está sendo um grande desafio!

E a cabeça? O corpo tá pedindo arrego, mas a cabeça tem que segurar para superar essa dor, né?
Pois é… eu sou muito emotiva, né?

Dá para perceber!
Dá para perceber, né? (gargalhadas) Eu sou muito intensa! Nossa, eu sei o quanto é difícil estar ali. Eu já tinha pouco tempo de ficar com minha família, agora eu tenho menos. Sou intensa de estar ali, me dedicando, de ter um professor que está ali também, que depende de mim, que quer ganhar e eu encaro tudo isso com o coração.

Você falando que é uma pessoa muito intensa, lembrei agora da sua reação ao saber que estava na final. Foi muita emoção. Te pegou mesmo de surpresa?
Não, a gente nunca sabe exatamente o que vai acontecer, né? Então eu já tinha me preparado para o pior, da gente sair. Se tem uma coisa que eu não estou sendo nesta competição é egoísta, pensando só em mim. Tem outra pessoa que está sonhando comigo, sendo meu amigo, meu irmão, que é o Teo, meu parceiro. E passou um filme na minha cabeça de todas as vezes chegando cedo, virada de show, direto do show para o ensaio, sabe? E ele tendo que se adequar aos meus horários, deixando de viver a vida dele também para estar ali ensaiando para levar a dança para as pessoas que assistem. Então eu me jogo no chão mesmo, não é encenação, é verdade, quem estivesse no meu lugar entenderia perfeitamente de levar isso pro Brasil inteiro com tanta responsabilidade.

Quando você foi convidada para esta temporada, você aceitou por quais motivos?
Eu fui chamada para a primeira temporada e não aceitei. Aí me chamaram de novo e confesso que eu não iria aceitar outra vez, mas pensei, pensei, ‘tipo, cara essa chance está batendo na minha porta novamente’. Então achei que poderia ser legal. Pensei que eu poderia mostrar e aprender um lado que eu não mostro – e até não mostro porque não sei né, por exemplo, nada de dança de salão. Daí eu topei. Adoro topar novos desafios.

E agora, depois de toda a temporada, você acha que conseguiu o que almejava?
Consegui sim o que eu almejava. Depois que eu consegui passar por essa reta final, eu já sinto um alívio muito grande em meu coração, sinto que consegui o que eu queria. Agora só falta ganhar, né? Se Deus quiser, vou ganhar (risos).

Ah, todo mundo sempre fala “ah, já estou muito feliz, realizado porque estou nesta final”, mas fala a verdade pra gente.
É uma coisa muito louca! Impressionante! A gente vai pra final pra ganhar, claro, mas quando eu vi que estava entre os finalistas já senti dentro de mim que eu havia conquistado o topo, o auge. Estou muito feliz, mas claro que estou indo com tudo (risos).

O que foi mais difícil para você até agora?
Olha, o mais difícil foi a agilidade do jive e a técnica do tango. Foram as danças mais difíceis. Quando o Teo chegou com a notícia do tango, fiquei com medo de não conseguir, mas deu tudo certo.

Sua reação sempre a cada apresentação era de “poxa, superamos, deu certo”. Como é esse processo de ensaios à exaustão e finalmente entregar a coreografia e ouvir o feedback dos jurados?
Fico muito feliz de sair de uma nota 6, eu comecei no programa com essa nota, e ir para uma nota 10 como ontem. Isso é final de crescimento! Ouvir deles que eu fui a que mais evolui no programa inteiro me deixa muito feliz porque mostra que a dança pode mudar as pessoas, pode levar as pessoas além do que elas imaginam. É exatamente isso que eu sinto! Eu não entrei lá dançando, campeã de qualquer outra coisa. Entrei zerada.

Acredito eu que tudo o que você aprendeu vai se refletir no trabalho da Lexa pós-“Dancing Brasil”.
Nossa, eu acho que posso acrescentar tanta coisa no meu trabalho agora. Imagina um DVD? Com tanta arte cênica, várias coisas legais, sabe? O show, uma turnê especial… a gente pode criar várias coisas. Nossa, minha visão para dança mudou demais, as possibilidades de melhorar, de acrescentar…

A cabeça já tá pirando.
Tá, sim! Trabalhando a mil!

Ainda tem mais uma semana, mas fãs estão de olho depois do “Dancing Brasil”. Cobrando um foco na música, né?
Ah tem sim. Mas sabe o que acontece? Eu lancei “Movimento” e acabando o “Dancing [Brasil]”, no dia seguinte, eu gravo o clipe com a Tati [Zaqui]. O programa precisa acabar porque não dá para pular etapas, mas minhas passagens já estão compradas. A gente não vai gravar aqui no Rio. O que acontece… Na verdade, eu não consegui gravar clipe mais, mas precisava ter conteúdo para os fãs. E depois do progama retomo todas as atividades normais de trabalho, mais shows, não paro de trabalhar, né? (risos)

Não posso terminar o nosso papo sem perguntar se já temos notícias do EP que você está pensando em lançar.
Ainda estou organizando, mas já tenho seis faixas gravadas.

É para este ano ainda?
Quero muito lançar sim ainda este ano.

Você está de folga hoje?
Hoje sim, mas tenho três dias de ensaio para três estilos.

Já sabe o que vem por aí?
Não! Vou descobrir ainda.

Está com medo de alguma coisa.
Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh… [grunido] medo a gente tem, mas mata no peito e chuta pro gol (risos)!

Quer aproveitar e mandar um recado para os fãs?
Galera do POPline, estou sempre acompanho vocês, sempre estou por dentro de todas as informações com este público incrível que vocês tem. Torçam muito por mim! Vamos representar o funk/pop brasileiro na televisão também porque uma funkeira pode estar na final sim!