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Entrevista: gerente de pesquisa da Globo traz insights sobre consumo de música no Brasil

Giani Scarin comentou os resultados revelados pela recente pesquisa “O Consumo de Música no Brasil” feita pela Globo

Giani Scarin, Gerente de Conhecimento do Consumidor Globo | Foto: Divulgação/Globo

O Brasil é o maior mercado de música na América Latina e um dos principais do mundo, segundo a Federação Internacional da Indústria Fonográfica. Para saber mais sobre o consumo de música no país, a área de Pesquisa e Conhecimento da Globo entrevistou, via painel online com abrangência nacional, 1.500 usuários de internet de 16 anos ou mais das classes A, B e C entre 14 e 17 de maio de 2021.

A pesquisa comprovou que a maioria dos brasileiros (78%) consome música por meio de smartphones, seguindo de Tv/Smartv (34%) e computador/notebook (30%). Dentre os gêneros mais ouvidos, o resultado da pesquisa corrobora com boa parte dos rankings musicais onde o sertanejo ainda é predominante. Em segundo lugar ficou o pop e em terceiro a gospel/cristã.

Nesse contexto, da Gerente de Pesquisa e Inteligência de Mercado da Globo, Giani Scarin, em entrevista ao POPline.Biz é Mundo da Música, destacou a relevância da predominância da música religiosa como primeira opção na escolha dos brasileiros.

“Sabemos que a música faz parte da rotina do brasileiro, está no nosso DNA. Mas nos chamou a atenção como a aceleração da digitalização, muito impulsionada pelo isolamento social, diversificou os modos de acesso: são 8 em cada 10 brasileiros que escutam música por smartphone e as SmarTVs já são o segundo device mais usado para escutar música no Brasil. Outro ponto, é a relevância que a música religiosa/gospel/Cristã, para 14% é o mais citado como preferido”, destaca Giani.

Foto: Reprodução/Relatório Globo

Segundo a gerente, o objetivo das pesquisas desenvolvidas pelo tracking “Sintonia com a Sociedade” é fazer um acompanhamento contínuo de temáticas relevantes para a sociedade brasileira. “A música faz parte do nosso dia a dia, acompanhando nas atividades domésticas, nos exercícios e durante o deslocamento. Ajuda o brasileiro a lidar com ansiedade, manter o bem estar emocional, melhorar o bom humor. São temáticas como essa que nos ajuda a entender o comportamento, expectativas e necessidades de nossa população”, revela.

Insights da pesquisa

Questionados “Por quais serviços você costuma ouvir músicas no seu dia a dia?”, a pesquisa da Globo revelou que 68% dos entrevistados ouvem música por meio do YouTube, seguidos do Spotify (38%) e da Rádio AM/FM (31%).

Os momentos são os mais variados, desde atividades domésticas (63%) a atividades físicas (41%), passando por deslocamento pela cidade (37%) e enquanto navega na internet/celular (37%). Assim, para maioria dos entrevistados, montar suas próprias playlists (39%) ainda é o melhor caminho para dar o “tom ideal” de cada momento.

A grande maioria dos entrevistados também destacou que ouvir música ajuda a lidar com estresse e ansiedade (93%), um mal que vem tomando conta de boa parte da população. Além disso, a mesma porcentagem garantiu que ouvir música ajudou a manter seu bem-estar durante a pandemia.

Foto: Reprodução/Relatório Globo

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Baseado nesses dados, segundo Giani, a pesquisa teve foco em visibilizar e colocar luz em temáticas relevantes para as pessoas, para ampliar o conhecimento sobre o brasileiro e ajudar na tomada de decisões estratégicas dentro da Rede. “Esses estudos são compartilhados com todas as áreas da Globo e com mercado e podem ajudar nas decisões comerciais e de conteúdo”.

“Pesquisas como essa aproximam conversas e criam perguntas. É um ciclo contínuo, que permite que exista um entendimento sobre o comportamento e preferências dos brasileiros no consumo da música e abre espaço para discussões na indústria, com o objetivo de crescimento do segmento como um todo”, destaca.

Por fim, cerca de 37% dos entrevistados destacaram que julgam as pessoas pelos seus gostos musicais. Mas, a maioria deles (62%), revelam que são abertos a conhecer novos artistas por meio de recomendação das plataformas musicais e das redes sociais (44%). Confira a pesquisa completa na Plataforma Gente clicando aqui!