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Entrevista: Falamos com a banda Fly sobre o período afastado dos holofotes, novo EP e projetos futuros

Sim, eles voltaram!

Depois de um tempo afastado dos holofotes da música, os meninos da banda Fly, agora uma dupla, composta por Caíque e Paulo, vivem um novo momento: nova gravadora e um novo som, mais maduro, um pouco distante dos dias de boyband para o público adolescente de sua formação, em 2013.

O novo trabalho dos meninos, um EP homônimo, foi lançado mostrando toda uma nova faceta da banda Fly, que agora quer conquistar novos fãs.

E nada disso foi “de forma inesperada”. Nesse período afastado, os meninos estudaram bastante produção e composição musical e colocaram todas as suas influências em sua música.

O resultado: um novo EP com direito a um videoclipe todo estiloso para o primeiro single, a música “Vai Dar Certo”.

E foi no lançamento desse novo EP e videoclipe e conversamos com Caíque e Paulo sobre tudo relacionado à banda Fly, desde o passado até o que eles esperam para o futuro.

Confira a entrevista:

Olá, meninos! Paulo e Caíque, como estão?
Olá! Tá tudo tranquilo por aqui! E com você?

Opa, também tudo tranquilo.. Seguinte, meninos… Vocês estão de volta! Nova música, novo EP… Conta pra gente quais foram as suas maiores influência na hora da criação do EP.
Bom, a gente está muito feliz! Ficamos um bom tempo sem lançar nada, estudando muito e até compondo muito, escolhendo uma linha de trabalho que a gente vai seguir… Nesse novo EP, temos quatro músicas de estilos completamente diferentes e de referências que já fazem parte do nosso cotidiano, que a gente ouve de outros artistas, tanto nacionais, quanto internacionais… Tem reggaetón, tem também a parte mais puxada pro hip-hop, que a gente sempre gostou de rap, tanto nacional quanto internacional… É um lado mais R&B, mais melódica do hip-hop. Tem uma música que é mais pra um Trap, música de balada mesmo e tem também um funk, que é uma mistura… Não é um trabalho com um estilo só, só quatro músicas com estilos diferentes.

Nos últimos anos vocês passaram por algumas mudanças, são uma dupla, estão de nova gravadora.. Como vocês observam essa nova fase da banda Fly e quais as expectativas para o futuro próximo?
A gente passou por um período de muito show, foi uma fase muito corrida. E a gente teve esses dois anos de pausa, digamos assim, foi muito bom pra nossa cabeça, pra gente artisticamente se encontrar e amadurecer um pouco… Mas ao mesmo tempo é muito difícil, porque a gente cria um vídeo de estar na estrada e de estar em contato com os fãs… é uma coisa que faz muita falta e não tem como você suprir essa falta, só fazendo show mesmo. Mas a gente tava na expectativa de voltar, de fazer show, de se apresentar nos lugares… Porque a galera acha que a gente ficou parado, mas muito pelo contrário. A gente ficou esses dois anos evoluindo como pessoa, como músico e tentando encontrar o que a gente quer apresentar. É nossa vida, o que a gente ama fazer e a gente tá muito animado pra voltar.

E esse período que vocês passaram um pouco afastados foi essencial para uma mudança da sonoridade de vocês, um amadurecimento do seu som?
Com certeza! Até porque era um projeto que era uma boyband, era uma banda teen, e a gente quer pegar um outro segmento.. E é natural, foi até bom a gente ter se afastado um pouco para as pessoas agora ouvirem esse trabalho e perceberem a nova sonoridade, a nova musicalidade.

Ano passado vocês lançaram um EP também, até com uma parceria com o Sebastián Yatra.. Nesse ano, o que vocês consideraram como a maior diferença entre esses dois EPs?
Acho que o “Somos Um” foi uma transição, de estilo e meio que amadurecimento. Já teve uma carinha do que a gente ia começar a mostrar. Agora, o novo EP veio para consolidar o que é o novo Fly mesmo e o nosso estilo.
E o “Somos Um” a gente soltou ele pra lembrar pras pessoas que não tinha acabado o projeto. Que tinha saído um integrante e lançamos o projeto como um duo e lançamos algumas músicas até que a gente já tinha há bastante tempo. E agora, com esse projeto novo, o novo EP, eu acho que é realmente a sonoridade 100% nossa. É realmente o trabalho “Fly dupla”, que a gente vai levar.

E como surgiu essa parceria com o Sebastián Yatra, para o EP “Somos Um”?
Então, a gente estava entrando em estúdio para gravar o EP e um produtor, que é o Marcelinho, e ele veio com a ideia, disse “eu tô com uma música aqui que é super a cara de vocês”.. e ele já tava produzindo um novo som nosso, que já tinha uma levada mais reggaetón, e ele viu uma possibilidade ali. E a gente fez a parte em português dela, não quisemos fazer uma versão traduzida… E a galera gostou, Sebastián pirou e a gente ficou muito feliz. É um cara que está estouradaço, a gente curte o trabalho dele, toda a carreira dele.. Então pra gente foi uma honra. A gente adora fazer participações assim, não temos muitas, mas a gente gosta muito de fazer essa mistura de ritmo, de som.. Os dois artistas ganham muito e a música ganha em dobro.

E vocês também lançaram uma parceria com o Lucas Lucco recentemente… Como foi pra vocês colaborar com o Lucas?
Foi incrível isso! O legal é que nesse ano que a gente ficou mais afastado, a gente começou a estudar muito produção, começou a brincar muito com isso e começamos a produzir e a compor mais ainda. E essa música do Lucas, a gente um projeto no nosso canal do YouTube que chama “Fly Sessions” e ia ser mais um cover que a gente ia fazer, uma versão.. Aí mandei pro Lucas, ele gostou e falou “quero colocar minha voz, posso?”. Eu falei “claro, a música é tua!”. Aí ele lançou no canal dele, pra gente foi incrível, porque é uma roupagem totalmente diferente da música, é uma versão romântica.. A gente até brinca dizendo que é uma versão “love song”, com uma levada mais tranquila, pra ouvir de boas.
A gente ficou muito feliz, porque somos fãs do Lucas, da sua trajetória.. Então foi o maior prazer e a gente só agradece pela oportunidade.

A música brasileira vem crescendo muito, especialmente os estilos funk e sertanejo e cinco anos atrás, quando vocês começara, era bem diferente.. Como vocês enxergam esse novo cenário da música no Brasil?
Isso é ótimo! Eu acho que, você citou o funk, por exemplo… A Anitta tá fazendo um trabalho maravilhoso pra todo artista. Ela tá abrindo portas muito! E o funk mesmo! Tem gente, como Kevinho, que tá fazendo muito show lá fora e isso é muito legal pra música e pra galera do mundo ver que o Brasil faz isso, que a gente tem músicos bons e a gente pode mandar pra fora, não precisa só consumir deles.
São todos os estilos, até mesmo o hip-hop e o rap, que a gente gosta muito.. Aqui no Brasil tá crescendo muito esse estilo. Projota aí é um cara que tá disseminando o rap pro país todo! É uma outra ideia, uma ideia mais romântica. Tem vários artistas aqui que estão fazendo um trabalho e abrindo portas pros outros artistas. Isso é ótimo!

Vocês compuseram todas as quatro músicas do novo EP. Qual a importância pra vocês de participar de toda a composição das músicas que vocês irão trabalhar?
Na realidade eu não tenho como te dizer isso porque a gente sempre compôs. A gente sempre teve muito contato com isso. É porque a gente gosta mesmo. Bem no começo da banda tinham produtores que levavam músicas, isso lá em 2013. E a partir do momento que a gente se encontrou na composição, que a gente conseguia se entender como dupla mesmo.. A gente começou e não parou mais. E agora que a gente está fazendo algumas músicas, que não estão nesse EP, mas de outros trabalhos, que são de outros compositores.. Que soma pra gente, agrega muito não só no lado Fly, mas no lado pessoal também.
Você vê aí na gringa, você pega aí uma música do Justin Bieber tem 7 compositores.. Isso é bom, porque soma as ideias. Só soma.

E lá em 2013, quando vocês começaram, a internet já tinha influência na divulgação dos artistas.. Mas hoje tá muito mais forte, devido ao streaming. Para vocês, essa é uma mudança positiva? Vocês pensaram na força do streaming na hora de produzir esse novo EP?
Antes de começar esse EP, a gente ficou na dúvida entre gravar um CD, um trabalho com mais músicas ou um EP. E exatamente por sentir um pouco mais a vibe do streaming, resolvemos lançar um EP menor, e ir soltando as músicas depois do EP. Pra não dar um espaço muito grande. Porque hoje em dia tá descartável, tá muito rápido. O que é bom também, dá espaço pra muita gente. Hoje em dia todo mundo consegue produzir um som e colocar no Spotify, no Deezer. Então é uma vitrine gigante.

A banda Fly hoje tem alguma colaboração dos sonhos, que gostaria de realizar?
Várias! Dos sonhos assim.. Bem alto. Se o Drake olhasse pra gente. J Balvin. Tem muita gente que somos muito fãs mesmo. Justin Timberlake, Justin Bieber.
De nacional tem vários.. Tem o Projota, Di Ferrero, que a gente acompanha lá de trás e agora tá aí solo no Pop. Tem vários.
Tem também artistas diferentes, tipo pagode.. Eu acho legal fazer isso na música às vezes, misturar duas coisas que você não imagina juntas.

Há planos para lançamento de novos clipes do EP?
Do EP ainda não. A gente tem algumas ideias do que a gente gostaria de fazer… A gente já tem um clipe gravado, que é de um som inédito, que a gente pretende lançar daqui dois meses.
E já tem mais músicas prontas, várias parcerias. A gente ficou parado bastante tempo e foi bom pra organizar tudo isso, sabe?

Para finalizar essa conversa, eu gostaria que vocês mandassem um recado para a galera do POPline.
Antes de tudo, gostaríamos de agradecer o espaço, óbvio. E falar também pras pessoas que não são fãs, que não acompanham o nosso trabalho, mas que conhecem, através de algo positivo ou negativo, pra dar uma chance de novo pra gente. Estamos com um outro trabalho, com uma cabeça bem diferente do que a gente já foi lá atrás.. Dá uma chance pra gente, ouve o som, comenta aqui, manda um recado pra gente.
Escuta e comenta lá, a gente gosta de ouvir o que vocês têm a dizer.

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