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Entrevista Exclusiva: Troye Sivan fala sobre “começar” fora do armário, autodescoberta e planos de vir ao Brasil

Tem um nome do pop internacional que está nos chamando a atenção desde o ano passado: Troye Sivan. A revelação vem da Austrália e é uma das apostas da Universal Music para bombar em 2016.

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Troye é um dos fenômenos digitais – ele também é YouTuber – e em suas composições, um pop quase indie, revela suas intimidades e aproxima qualquer jovem do seu universo nada particular. Em entrevista exclusiva ao POPline, ele

POPline: Como você está lidando com essa nova histeria dos fãs, agora que ficou mais conhecido?
Troye Sivan: É um pouco diferente, eu estou começando a sentir a diferença nessa turnê que eu tenho feito. Eu toco tipo 12 músicas durante a noite e as pessoas sabem todas as letras… Essa conexão entre nós através da música é uma experiência única e maravilhosa. Eu tô muito feliz com a reação.

PL: Você disse que queria capturar a sua juventude no “Blue Neighbourhood”. Você pensa que existe alguma grande diferença entre se expor como YouTuber e se expor através da música? Se sim, qual?
TS: Eu acho que a música é muito mais honesta do que qualquer outra coisa, porque eu posso me esconder através da poesia e da licença poética, sabe? Eu posso dizer o que eu quero, da forma que eu quiser, e eu tenho muito tempo para pensar em como as coisas podem soar interessantes ao mesmo tempo em que eu tô tentando falar de algo que tava engasgado. Eu diria que o meio da música é mais honesto.

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PL: Você já chegou meio que na contramão da indústria. A maioria dos artistas masculinos tendem esperar uma consolidação profissional para saírem do armário. Você já começou a carreira musical falando muito abertamente sobre isso. Como essa decisão te afetou profissionalmente? Você acha que isso foi positivo para o seu processo de criação?
TS: Para mim, foi totalmente não intencional que eu saí do armário antes de lançar música. Eu só me senti preparado e achei que era algo de muita importância para mim pessoalmente. Eu sou muito grato que eu pude me livrar logo desse peso porque, você tem toda a razão, foi extremamente vantajoso para o meu processo criativo. Eu pude ser honesto, pude escrever sobre o que estava acontecendo na minha vida sem nenhuma preocupação. Eu evitei que no futuro eu tivesse que parar um segundo para revelar aos meus fãs que eu sou gay… Simplesmente é algo que sempre esteve ali. Eu me sinto bem confortável e os fãs me dão um enorme apoio. Isso me deu a oportunidade de ser honesto, o que eu acho que é algo muito importante para um músico.

PL: Esse ano você foi anfitrião de um evento pré-Grammy com a Diane Warren, que estava concorrendo ao Oscar com a Lady Gaga (pela música “’Til It Happens To You”). Alguma chance de você trabalhar com a Diane ou com a Gaga em breve?
TS: Eu já fiz algumas coisas com a Diane! A gente já trabalhou em certas coisas, mas nada que tenha dado frutos ainda. Eu me sinto obviamente extasiado em relação à Diane, eu tenho um tremendo respeito por ela. Mal posso esperar para criar outras coisas em parceria.

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PL: Numa entrevista do ano passado para Billboard, você citou Adele, Lady Gaga e Kanye West como influências que te trouxeram de volta para a música, e que Miley Cyrus e Nicki Minaj foram importantes para você num período de autodescoberta. O que esses artistas ainda significam para você?
TS: Ah, tudo muda. Eu não sou tão obcecado quanto um dia fui por alguns destes artistas, mas ao mesmo tempo, esse é o ponto da música, né? Eu posso escutar “My Heart Beats For Love” da Miley Cyrus, que é uma faixa de alguns discos atrás, acho que do álbum “Can’t Be Tamed”, e essa música me transporta literalmente para os meus 14 ou 15 anos, sentado na cama com a porta fechada, pensando: “p*ta m*rda, eu sou gay, que p*rra eu vou fazer agora?” Hahaha!

PL: HAHA…
TS: Essa música segurou a minha barra de várias formas, essa é a beleza da música, sabe? Então se eu ainda sou um grande fã ou não de um certo artista, há músicas como esta que estão alinhadas com uma certa emoção ou momento da minha vida.

BS: Você atuou no “X-Men Origens: Wolverine”. Tem planos de seguir uma carreira de ator?
TS: Meio que tenho, sim, mas eu adoraria escrever músicas para trilhas sonoras antes que eu trabalhe atuando novamente. Para mim, atuação é uma daquelas coisas que eu ainda não tenho certeza se eu sou bom… Hahaha. Então eu acho que eu gostaria de fazer isso de novo, mas tudo teria que ser a situação certa: o papel certo e o momento certo. Eu absolutamente adoraria atuar de novo, quando eu puder levar com seriedade e dar o meu melhor.

 

PL: “WILD” é um sucesso no Brasil. O que essa música significa para você?
TS: Sinceramente, “WILD” é uma música meio atrevida. É sobre estar indo de volta para casa, saindo de um bar com uma pessoa que você acabou de conhecer, rs. Você tá meio que balanceando o quanto está paquerando, mas também não dando muita trela… É sobre aquela fase entusiasmada quando você acabou de conhecer alguém, que também pode ser intoxicante.

PL: Muitos fãs querem saber se você tem algum plano de vir fazer show no Brasil. Existe alguma expectativa sobre isso?
TS: Então… Eu não tenho datas específicas ainda, mas é sem brincadeira uma das minhas maiores, maiores, maiores prioridades. Eu vejo todo o amor e apoio dos fãs brasileiros no Twitter e na internet em geral, e eu já ouvi várias coisas a respeito do Brasil. Eu amei tudo o que eu já vi até hoje, parece ser o lugar mais bonito do mundo. Eu tô bem empolgado para ir o mais cedo possível, eu só não sei ainda quando.

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