Prestes a completar um ano de formação, o grupo brasileiro P9 recebeu a incumbência de abrir os shows da “Where We Are Tour”, do One Direction, no Brasil. Para a boyband brasileira, que conta apenas com um álbum, e também abriu os shows da turnê do Justin Bieber no ano passado, é uma vitória e uma honra.
Houve quem não gostasse da notícia – é verdade. Parte dos directioners reclamou, mas os quatro membros do P9 encaram a situação com bom humor e profissionalismo. Para falar sobre isso e muito mais, o POPLine conversou com o integrante Igor Von Adamovich por telefone.
Ele nos falou sobre a expectativa para as apresentações, os planos do grupo para 2014 e também o que espera do segundo disco do P9. Por ele, rolaria uma participação da Miley Cyrus! Imagina.
Vocês vão abrir o show do One Direction. Muito animados?
Pô! Animados pra caramba! É uma notícia muito boa para gente. Temos muito pouco tempo de banda e já abrimos para o maior artista solo, que é o [Justin] Bieber. Agora vamos abrir para a maior boyband, que é o One Direction. Para um começo de carreira, isso é incrível, maravilhoso. Eu diria que animado é pouco. A gente está em êxtase.
E o vídeo do “keep calm e deixa de recalque”? Tem gente que está reclamando da escalação de vocês para os shows?
(risos) Então, cara, tem. Algumas fãs do One Direction que não queria a gente abrisse, infelizmente. Mas isso é questão de respeito também. Se elas não querem, tudo bem. A gente vai estar lá tocando para abrir os shows dos caras, né? Então, quem gostar vai, e quem não gostar chega depois.
O P9 está com um ano de formação. Quais foram os pontos altos até agora?
Acho que os pontos altos foram os fãs conquistados, os programas de TV, os prêmios recebidos, a abertura do show do Bieber e a abertura do One Direction.
Quando vocês abriram os shows do Justin Bieber, ele já estava com algumas atitudes polêmicas, que pioraram no início de 2014. Você acha que os problemas da vida pessoal dele podem afetar a carreira?
Bom, o Bieber é um cara muito profissional. Por manter seu profissionalismo, acho que ele não deixaria os problemas pessoais abalarem sua carreira. Eu não o julgo, porque ele passa por muita coisa para um moleque de 19 anos.
E quanto a vocês quatro do P9? Vocês se preocupam com a imagem que passam ao ponto de deixar de fazer algo ou deixar de fazer algo em público?
Não, a gente passa muito bem tudo o que faz. A gente gosta mesmo de surfar e de andar de skate. Essa é a nossa rotina. Só temos que ficar ligados, porque as pessoas julgam qualquer coisa. Se algum dia um cara tentar arrumar uma briga comigo, pode parecer que eu que puxei a briga. Temos que tomar cuidado com as possíveis perspectivas para o que acontece.
Se tivesse um paparazzo na sua cola 24 horas, o que ele pegaria?
Ele ia me pegar sem camisa na praia surfando; eu com a minha namorada; muito skate com meus amigos; os ensaios da banda, se ele conseguisse entrar no apartamento (risos).
“Olhos Nus” não teve clipe. Por quê?
A gente decidiu lançar o vídeo ao vivo de “Olhos Nus” junto com o show todo do Vivo Rio [no Rio de Janeiro]. Foi o primeiro show da P9 Tour e vai virar um vídeo de uma hora. Clipe mesmo, cru, a gente vai fazer para “Just the Two of Us”, que teve uma repercussão espontânea e está tocando nas rádios.
Quando vão gravar?
Em breve. Agora estamos com os shows marcados, com os Meet & Greet [encontros com fãs] para fazer… Acho que vamos gravar nesse meio tempo, em breve. Em fevereiro.
E quando será disponibilizado o vídeo do show do Vivo Rio?
Entre o fim de fevereiro e o início de março.
Depois do Carnaval, quais são os planos, além da turnê do One Direction?
Tem a nossa turnê acústica, que vai passar pelo Brasil todo. Depois do One Direction, talvez a gente comece logo os da P9 Tour, com banda.
Vocês já pensam em um álbum novo?
Já, claro! A gente escreve música todo dia. Eu escrevo, o Michael [Band] escreve, para já ir dando ideias para o produtor do próximo álbum, previsto para o fim do ano o início do ano que vem.
Você escreve em português ou em inglês?
Nas duas línguas. Escrevo melhor em português, é claro, porque conheço minha língua melhor. Mas escrever em inglês também não é difícil, porque já fiz algumas e ficaram legais.
E se você pudesse escolher alguém para fazer uma participação no disco, quem seria?
Acho que seria demais uma participação da Miley Cyrus. Ela tem uma voz muito específica. Gosto do timbre dela, que é bem diferente, e acho que combina com a gente.
Aonde o P9 quer chegar?
O P9 quer alcançar o mundo. O P9 quer chegar ao mundo todo. Conquistar não apenas o Brasil, mas todos os países, e mostrar nossa cultura para o mundo. Mostrar que o Brasil também faz música.
Há algum plano nesse sentido internacional para 2014?
Não, o nosso foco é Brasil ainda. A gente quer ficar bem seguro em casa e conquistar bem nossa mamãe, que é o Brasil. Depois a gente conhece o mundo. Primeiro você tem que aprender.
Recentemente, o grupo Girls chegou ao fim com menos de um ano de formação. Vocês já sentiram medo do projeto não dar certo?
Claro. Medo sempre tem, né? O público pode gostar ou não. Acho que depende muito também da aceitação do público em geral. Você pode ser bom, mas o público não quis te adquirir. Talvez o seu público não foi atingido no momento. Tenho certeza que tem lugar para todo mundo, se você for humilde e tranquilo, e juntar as pedras do seu castelo aos poucos.
Para terminar, mande uma mensagem para os fãs do P9 e também para os fãs do One Direction.
Primeiro quero agradecer a todos os fãs que torcem pela gente nessa corrida e agradecer também aos fãs do One Direction por estarem recebendo a gente muito bem nos shows dos caras. É uma honra imensa estar lá.