A cantora Ludmilla, revelação do que chama de funk-pop, realizou seu sonho e lançou seu primeiro álbum nesta semana. Impulsionado pelo single de mesmo nome, o disco “Hoje” estreou com boas vendas no iTunes, alcançando a 5ª posição no ranking geral dos mais vendidos, na frente de vários nomes de peso – tanto nacionais quanto internacionais. Como não poderia deixar de ser, o POPLine conversou com ela para saber mais sobre essa nova fase da carreira da carioca.
Ainda muita conhecida pelo nome artístico de Mc Beyoncé, que ela deixou de usar, Ludmilla trabalha para firmar seu nome próprio no mercado. Para isso, assina a composição de sete das 12 faixas do seu álbum. “Sem Querer” é um exemplo – e o clipe já teve mais de cinco milhões de visualizações no Youtube. Além disso, ela mostra que dá pitaco em tudo e, não é porque está com uma gravadora, que se submete à vontade dos executivos. Ludmilla só canta o que quer. Outros sucessos de sua carreira são “Amor Não É Oi”, “Fala Mal de Mim” e “Garota Recalcada”.
Se a Mc Beyoncé não existe mais, as músicas ficaram… e o fanatismo pela mãe de Blue Ivy também. Nesta entrevista, Ludmilla mostra todo seu amor pela cantora americana ao comentar a apresentação dela no VMA 2014. Jura que até chorou assistindo! Confira:
Parabéns pelo lançamento do álbum, Ludmilla! Já está vendendo bastante no iTunes! Esperava esse retorno comercial tão rápido?
Olha, eu não esperava não. Como eu troquei de nome, muita gente ainda não conhece, né? Muita gente conhece a música e não conhece a pessoa. Mas as minhas redes sociais estão crescendo muito! Estou ganhando mais de cinco mil seguidores por dia no Instagram. No Facebook, já está chegando a um milhão de curtidas. Está tudo muito rápido! Eu não estou nem entendendo nada! (risos) Estou meio paralisada até.
As participações do Buchecha e do Belo no disco foram ideais suas?
Eu sempre fui muito, muito, muito fã do Belo. Sou louca pelo Belo até hoje. É que não tenho mais tanto tempo para ir aos shows dele, como antes, mas eu queria muito cantar com ele. Uma vez até falei para ele: ‘Belo, ainda vou cantar com você. Tu vai ver’. Mas ele não me conhecia e olhou pra minha cara tipo ‘Tá bom, doida!’. (risos) Meu empresário é muito amigo dele, então eu falei que era meu sonho… E eu já estava cantando nos shows dele há algum tempinho. Eu ia, ele me chamava no palco, e gostava de escutar eu cantando. Aí surgiu a ideia de gravar no CD. É uma música lenta, chamada “Não Quero Mais”, e caiu como uma luva eu e ele cantando. E também sempre fui fã do Buchecha, porque ele que veio lançando isso do funk-pop, com banda, então sempre o admirei. Como temos o mesmo empresário, viramos amigos e gravamos uma música, que é a cara dele.
E esse álbum tem a sua cara?
Tem as minhas músicas. O álbum tem 12 músicas, e sete são composições minhas, então acho que tem tudo de mim. Eu só canto o que acho legal. Não adianta alguém vir me falar ‘Você vai ter que cantar isso daqui’, porque eu vou falar que não vou cantar senão gostar. Por isso, acho que tem tudo de mim. Esse álbum sou eu.
Quais as músicas que não podem faltar nos shows?
Ah, não pode falar “Não Olha Pro Lado”, “Amor Não É Oi”, “Hoje” e “Sem Querer”.
Você mudou o nome de Mc Beyoncé para Ludmilla e assinou com a Warner Music. O que mudou na sua carreira agora que você tem a gravadora?
Ah, mudou tudo, né? Tudo, tudo, tudo mesmo! Tudo que você pode imaginar. O tratamento, por exemplo. Você tem que ver como as pessoas te tratam porque você tem uma gravadora e alguém que cuida dessas coisas para você. Eu chego no meu camarim e ele está vazio, arzinho gelando, cheio de comida, vários bagulhos, Gatorade… Antes não tinha nada disso! Eu chegava no camarim e meu tio, que é meu produtor, tinha que pedir licença para eu poder sentar. Estava sempre cheio de gente, fumando, e eu sou alérgica. Ficava cheia de cigarro na garganta, porque eles ficavam fumando dentro do camarim, que é um lugar fechado. E eu alérgica! Era muito ruim! Não dava para comer nada, porque não botavam nem água, meu filho! (risos) Era a maior correria. Eu chegava, tirava foto só com a filha do dono da casa, e já corria. Não dava nem para atender os fãs. Agora, meu amor, é outra coisa! Eu chego e tem entrevista pra dar, tem hora para atender os fãs, hora para conversar com os amigos, hora para conversar com a banda, hora para o show, hora para atender os fãs de novo… Agora está uma maravilha!
Está mais organizado então, né?
Não, agora está organizado, porque antes era uma bagunça! (risos)
Você antes era funk e agora é vendida como pop também. Quais as mudanças na sonoridade do seu trabalho?
Agora eu faço funk-pop, que é a linha que vai acompanhando as batidas que vão chegando. O funk-pop é o que está no momento, então a gente faz música assim. A sonoridade melhorou um milhão de vezes. Eu sempre gostei de cantar, de fazer firula e mostrar a voz, só que o funk que eu cantava não permitia. Tinha que ser muito rápido, tipo um rapper, entendeu? Não dava pra cantar. Agora dá pra cantar e eu tenho uma banda, então fica muito mais legal.
A Anitta também fez essa transição do funk para o funk-pop, e vocês duas são da mesma gravadora. São amigas?
A Anitta é um amor de pessoa! Eu adoro aquela garota. A gente se fala bastante pelo Whatsapp, porque a gente não tem muito tempo de se encontrar. Ela trabalha muito e eu também. Mas a gente sempre que se vê é a maior festa. Até já cantamos juntas no aniversário da Preta [Gil].
Quais são seus outros amigos no mundo da música?
No mundo da música? Ham… O Nego do Borel, o Belo, o Buchecha e o Amsterdam são os que falo com mais frequência.
Mudando de assunto, você viu a apresentação da Beyoncé no VMA 2014?
Lóóóóóógico, meu amor! Eu chorei horrores! Eu achei surreal. Ela surpreende toda vez. Não tem como não amar. Ela surpreende demais. Eu não consegui sair da frente da TV, e chorei horrores.
Chorou mesmo?
Chorei! Tem foto no Instagram! Vê lá. Sou muito fã, cara. Depois tu vê.
Para terminar, conta pra gente quais são as sete músicas pop que você tem mais escutado nos últimos meses?
1. “Flawless”, da Beyoncé.
2. “Problem”, da Ariana Grande.
3. “Stars”, do Khalil.
4. “Honeymoon Avenue”, da Ariana Grande. Sabe qual é? *começa a cantar*
5. “Anaconda”, da Nicki Minaj. Caraca, muito bom! Também arrasou no VMA! O clipe é demais, muito a cara dela!
6. “Pretty Hurts”, da Beyoncé.
7. “Body Party”, da Ciara.