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Entrevista Exclusiva: James Blunt fala sobre novo álbum e revela não ter interesse de superar sucesso de “You’re Beautiful”

Mais de vinte milhões de discos vendidos e todos no Top 20 das paradas dos Estados Unidos. James Blunt ficou conhecido do grande público graças ao hit “You’re Beautiful”, mas o cantor inglês não faz questão de correr atrás de posições de rankings. James, que lançou ano passado o álbum “Moon Landing”, prefere tomar tempo entre os trabalhos, promovendo o disco para grandes e pequenos públicos e ressaltando o processo criativo.

O POPline conversou com o cantor sobre as parcerias com os produtores Ryan Tedder, Claude Kelly, sua visão de hit, seu lado ativista e Whitney Houston.

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Bernardo Sim: Coincidentemente, você se apresentou na minha faculdade (Full Sail University) neste último sábado. Como está sendo este ciclo de divulgação do “Moon Landing”?

James Blunt: Que ótimo! Eles têm um equipamento muito bom lá. Eu ainda estou na Flórida. O ciclo tem sido excelente. Estamos promovendo o álbum por cinco meses, fazendo com que as pessoas tenham conhecimento do disco. É um processo curto, mas que tem dado certo.

BS: “Miss America” é um lindo tributo para Whitney Houston. Na letra, você menciona que sente uma proximidade como se a conhecesse. O que Whitney representou para você?

JB: Ela tinha uma voz inconfundível por sua incrível beleza. Eu me impressionei com essa história trágica, e me identifiquei com a sua voz e a habilidade de subir num palco e ‘se revelar’ pro público. Você convida o público para adentrar o seu universo pessoal, mas ao mesmo tempo, você pede que ele não vá mais longe do que isso. É uma linha estranha, e infelizmente o mundo quebrou essa linha no caso de Whitney, porque todos queriam vê-la no seu pior momento. “Miss America” é sobre essa tragédia, mas também sobre eu e você, na posição de expectadores do trabalho dela.

BS: Como foi trabalhar com Claude Kelly e Ryan Tedder neste último álbum? Sendo eles tão conhecidos por músicas de sucesso.

JB: Ryan é meu amigo, com quem já trabalhei algumas vezes antes. Eu o liguei e disse: “olha, vou ficar com vocês no seu ônibus da turnê”. Eu fui praticamente um ‘groupie’ do OneRepublic, e foi muito divertido. No ônibus, nós conversamos sobre tudo o que estava acontecendo. Nós conectamos muito bem. Com o Claude, já nos conhecemos há alguns anos e ele é um amigo. Eu adoro a experiência de trabalhar com ele porque nós temos muita liberdade de criar. Acho que você pode escutar essa experiência nas músicas… É uma celebração. Muitas músicas do “Moon Landing” são nada mais que uma celebração.

BS: Você teve uma pausa de três anos entre cada disco, e todos chegaram ao Top 20 do chart de álbuns Billboard 200. São vinte milhões de cópias vendidas no total, um número impressionante. Ao começar a trabalhar num disco novo, quando que o seu processo criativo começa, e de onde geralmente vem?

JB: Eu escrevo músicas sobre coisas que me despertam fortes sentimentos. Quando o disco é lançado, eu tenho que promove-lo. Depois, eu entro em turnê, o que geralmente dura por volta de dois anos. É depois desse período que posso passar a contextualizar o próximo álbum. Por isso há um espaço de três anos entre cada trabalho.

BS: No seu primeiro álbum você teve dois grandes sucessos comerciais: “You’re Beautiful” e “Goodbye My Lover”. Principalmente, claro, “You’re Beautiful”. Você sentiu alguma pressão, na ocasião, de ter que superar este sucesso? Você ainda se sente pressionado para criar um novo hit como “You’re Beautiful”, ou isto é algo que não te preocupa?

JB: “You’re Beautiful” é uma grande música para rádio. Não foi a melhor música que já escrevi. “Goodbye My Lover” é provavelmente uma música muito mais significativa, mas não teve o mesmo sucesso de chart de “You’re Beautiful”. Então, se eu me preocupo em superar esse sucesso de chart? Não. Se eu gostaria que isso acontecesse de novo? Claro, seria ótimo. Porém, eu definitivamente não perco o sono em busca disso. Eu me considero muito sortudo de ter tido uma dessas grandes músicas, pois ela elevou a minha carreira, me deu três turnês mundiais. Sem “You’re Beautiful”, eu e você provavelmente não estaríamos nos falando… Mas eu não penso que preciso de outra música como essa.

BS: No decorrer de sua carreira, você sempre foi muito vocal sobre questões ambientais. Este ano, você vai tocar no evento Forest Live. Você acredita que o mundo passou a levar estas preocupações mais a sério, ou que nós ainda estamos muito longe?

JB: Eu acho que ainda temos muito o que fazer. Nós ainda temos muitos humanos causando muitos danos. Eu acho que é muito evidente, toda a destruição que estamos causando.

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