Laura Castro é a voz do momento. A cantora, atriz e dubladora dá voz às versões dubladas da protagonista da minissérie “Rainha Charlotte: Uma História Bridgerton” (na Netflix) e de Ariel no live-action “A Pequena Sereia”. O filme chega aos cinemas no próximo dia 25, e Laura dá conta da voz dublada e cantada da personagem, interpretada por Halle Bailey.
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As duas, aliás, se conhecerem recentemente, na pré-estreia do filme no México. “Foi um convite da Disney e uma experiência que não tenho como colocar em palavras. Inexplicável. Eu e ela fizemos alguns conteúdos, que logo menos sairão pela Disney, e ela é uma pessoa incrível. Ela tem uma magia, uma aura, que dá pra sentir. A gente teve uma conexão. Ela se emocionou comigo, me abraçou, foi inexplicável”, Laura conta ao POPline.
Halle e Laura têm pontos em comum. Halle foi lançada no mercado pela madrinha artística Beyoncé e integra a dupla Chloe x Halle com a irmã. Já Laura começou a carreira no “The Voice Kids” e uma de suas primeiras declarações públicas foi “quero ser igual à Beyoncé”. À exemplo da norte-americana, que fez parte do Destiny’s Child, Laura integra um trio pop, o BFF Girls, com quem faz shows, filme e série.
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A dublagem é uma novidade na vida da artista de 20 anos. Natural de Monterey, na Califórnia, Laura Castro sempre teve vontade de adentrar também esse segmento. “Está sendo uma realização muito grande para mim”, diz. Nos últimos anos, ela estudou, fez testes e chegou a pegar alguns trabalhos menores como dubladora. Não podia imaginar que faria duas protagonistas ao mesmo tempo. Literalmente.
“Eu gravei os dois projetos ao mesmo tempo. Em metade do dia, eu era a rainha, na outra metade, era a princesa. Eu já tinha essa paixão crescendo dentro de mim e, agora com essas duas personagens, com certeza quero continuar. Já estou com alguns projetos encaminhados. Com certeza, esse é o começo”, conta.
Abaixo você confere os melhores momentos da entrevista com Laura Castro
POPline – Dublar é difícil?
LAURA CASTRO – É um processo. No começo, eu ficava assustada de ter que falar ao mesmo tempo que escutava a pessoa falar em outra língua. Ao mesmo tempo, ter que bater com a boca da atriz, dar a emoção, ler e interpretar. É muita coisa ao mesmo tempo. Você tem que ter multi-habilidades, mas é uma questão de prática. Não é fácil, realmente. Para trabalhar com isso, tem que estudar.
POPline – A Rainha Charlotte é uma novidade, mas a Pequena Sereia é um nome marcante. Sentiu pressão quando descobriu que o teste era para essa personagem?
LAURA CASTRO – Vixi! Comecei a tremer quando descobri que o teste era para “A Pequena Sereia”. É doido, porque, há muito tempo, quando descobri que fariam o live-action de “A Pequena Sereia”, comentei com alguém: “imagina se eu fizesse a voz dela!”. Uma brincadeira, sabe? Aí, quando surgiu o convite para o teste, fiquei tipo “meu Deus, é real”. Cheguei no teste tremendo e tive que fazer uma das músicas mais difíceis. Eu não sabia, eles me mostraram na hora mudanças na música, e tive que aprender ali. Então fiquei muito nervosa já desde o primeiro momento.
POPline – Como era sua relação anterior com “A Pequena Sereia”?
LAURA CASTRO – Marcou minha infância. Eu assistia quando era pequena e adorava. Sempre amei as princesas e, como sempre amei música, as princesas que cantavam eram tudo pra mim. É uma personagem que marcou minha infância, mas faltava essa representatividade. Faltavam personagens pretos de destaque. Só foi ter uma princesa preta quando eu tinha sete anos. A Tiana [de “A Princesa e o Sapo”]. Durante toda minha infância anterior, não tinha princesa preta. Agora, é como se estivessem reescrevendo uma parte da minha vida, sabe? Corrigindo, de certa forma. Tem essa dupla importância pra mim.
POPline – Como é que ter acesso a essas obras em primeira mão? As pessoas estavam muito ansiosas tanto por “Rainha Charlotte” quanto para “A Pequena Sereia”.
LAURA CASTRO – É muito louco, porque assisto e não tenho ninguém com quem comentar. Não posso falar com ninguém! Eu ainda tive sorte, porque as equipes dos dois projetos são incríveis. Eles me deram direito de assistir “A Pequena Sereia” inteiro, mesmo as cenas que não participei, mas normalmente o dublador só vê as cenas que gravou e não tem noção da obra completa. Às vezes você pega uns spoilers que não queria ter pegado (risos). Uns spoilers mal construídos, porque você não tem o contexto de onde aquilo veio. É doido, porque você está assistindo a algo em primeira mão, mas fragmentado (risos).
POPline – Você é cantora, atriz e dubladora. Tem alguma preferência?
LAURA CASTRO – Não tenho (risos). Eu gosto dos três. É o que eu falo: artista, artista mesmo, é uma coisa de alma. E artista quer abraçar o mundo e fazer até o que não sabe. Quer aprender. Eu acho que artista tem que ser um pouco interdisciplinar, aprender um pouco de tudo, para ir complementando sua arte. Justamente por isso, não consigo escolher. Essas três coisas me tornam a artista e a profissional que eu sou. Quero continuar fazendo os três o resto da minha vida.
POPline – “A Pequena Sereia” ainda não estreou, mas alguém desavisado já viu “Rainha Charlotte” e te reconheceu pela voz?
LAURA CASTRO – A maioria das pessoas que assistem à Netflix no Brasil veem os programas dublados, e “Rainha Charlotte” está em 1º lugar no ranking. Eu ainda não consegui ter noção do tamanho que “Rainha Charlotte” tomou aqui. Mas já aconteceu. Fui para o estúdio gravar outro projeto e a pessoa ouviu falar e disse: “eu conheço sua voz” (risos). Falei que “Rainha Charlotte” tinha estreado naquela semana, e ela ficou “ahhhhh é você!”.