Nesta madrugada, Danny Bond lançou seu aguardado álbum “EPica 2”, sete anos desde o primeiro volume do álbum. A cantora, no entanto, enxerga o novo trabalho como um “renascimento artístico”, que dá a ela a oportunidade de mostrar ao público uma versão sua ainda mais consolidada e segura. Em entrevista exclusiva ao POPline, a artista, inclusive, revelou desafios que enfrentou nos últimos anos e que foram cruciais para a sua carreira.
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Com quase uma década de carreira, Danny Bond, que deus seus primeiros passos brincando na internet, reconhece que a maturidade foi um dos maiores aprendizados. “Eu amadureci bastante desses dez anos para cá. Principalmente nesse meio do pop, onde as coisas crescem rápido e a gente precisa crescer junto”, conta. Essa evolução pessoal e profissional foi essencial para que ela pudesse navegar pelos altos e baixos da indústria musical.
“Eu tive que me amadurecer e também o meu trabalho. Foi algo que veio muito grande e, assim que veio, foi crescendo. Agora eu sei o que quero e como quero fazer”, disse ela.
O lançamento de “EPica 2” vem após um período conturbado na vida da artista, marcado por um rompimento inesperado com sua antiga equipe. “Eu sofri esse golpe que me afetou de várias partes, fisicamente e mentalmente. Foi algo que mexeu muito comigo“, desabafa. Danny revelou que o caos gerado por dívidas, shows não pagos e a perda de sua equipe a levou a um ponto de ruptura. “Tive que parar para me reconectar como artista mesmo”, confessa.
Essa necessidade de reconexão foi o que inspirou a produção do álbum, que dá continuidade, além de uma nova roupagem, ao projeto de estreia da cantora. “Eu acho que agora é o momento de trazer esse álbum de volta, porque ele me reconecta com o começo, com o ‘EPica 1’ e tudo que começou lá atrás“, explica, revelando o significado profundo que o álbum carrega para ela.
“EPica 2” resgata as raízes e apresenta uma Danny Bond mais confiante
Musicalmente, “EPica 2” é um mergulho nas raízes de Danny Bond, misturando diversos ritmos e gêneros, com destaque para o brega funk, que tem forte presença em Jacintinho, bairro em Alagoas, terra natal da cantora. “Eu queria trazer essa coisa da minha cidade, do meu bairro, do que eu já vivi, para essa era agora, nacional e muito pop”, comenta.
Essa conexão com suas origens é clara em faixas como “Melo de Chupa Chupa”, uma música que marcou sua juventude e que agora ganha uma nova roupagem. A novidade é, também, a parceria com Deuses do Swing, que complementam a faixa já conhecida pelo público.
Enquanto isso, uma das grandes apostas do álbum é a faixa “Cachorro Absurda”, uma parceria explosiva com MC Naninha. “Eu sempre ficava repetindo na minha cabeça, ‘ai que absurda, ai que absurda’, e sabia que essa música tinha que ser com a Naninha“, revela Danny. O resultado, segundo ela, é uma faixa que vai “explodir a cabeça” de quem ouvir.
“Deixei ela muito à vontade na música, e o resultado foi esse hit que, para mim, é a grande aposta do álbum“, afirma.
Danny Bond mostra sucessos com uma nova roupagem
Para o novo álbum, Danny Bond decidiu revisitar alguns dos seus maiores sucessos, trazendo-os para um novo contexto sonoro. A decisão de regravar hits como “Rola Preta” e “Eu Faço Boquete” foi motivada pela demanda dos fãs e pela vontade de dar uma nova vida a essas músicas.
“Eu sempre faço show na minha cidade, e a galera pede muito essas músicas. Então, eu disse, ‘não, acho que chegou o momento de regravar elas’“, explica.
Para isso, ela convocou produtores da cena nacional como CyberKills, CLEMENTAUM, DRY e DJ Ramemes, que trouxeram uma pegada mais noturna e agitada às faixas. “Eu queria que tivesse essa pegada à noite mesmo, que fosse músicas que tocassem bastante na pista, que fossem um estouro”, detalha.
Outro destaque do álbum é a regravação de “Rainha do Jacintinho”, uma faixa inspirada na icônica Nicki Minaj, de quem Danny é uma fã declarada. “Eu tinha muito medo de trazer essas versões de novo, por conta de ficar com cara de paródia, mas é muito importante pra mim“, confessa. Para Danny, a influência da rapper é fundamental em sua carreira. “Se não fosse a Nicki, eu não existiria. Eu sempre trago ela de referência para tudo que eu faço”, diz, destacando a conexão profunda que sente com a rapper.
No entanto, Danny Bond deixa claro que, apesar das influências, ela sempre busca trazer sua própria identidade para o trabalho. “Eu me inspiro muito nela, mas sendo eu, trazendo a minha persona”, afirma. A inspiração na artista também aparece em “Eu Faço Boquete”, que usa samples de “Feeling Myself”, parceria com Beyoncé.
“A gente conseguiu dar uma picotada, conseguiu diferenciar o beat, mas mantivemos a essência daquela batidinha de saxofone que é memorável. Vocês ainda vão ouvir ela lá no fundo da música, com certeza”, conta.
“EPica 2” chegará aos palcos em breve
O lançamento de “EPica 2” não é apenas um marco musical, mas também o início de uma nova fase na carreira de Danny Bond. Com shows já agendados e planos para uma turnê que levará o álbum para todo o Brasil, a artista está pronta para continuar sua jornada. “Teremos uma festa de estreia em Maceió, com os meus fãs, vai ser muito babado” revela,.
Para Danny, o significado de “EPica 2” pode ser resumido em uma palavra: glória. A cantora, então, explica a escolha. “Finalmente estou fazendo algo que sempre quis e sem pressão”, conclui. O álbum, para ela, é um recomeço, uma nova chance de mostrar ao mundo sua arte e sua força. “Para mim, o ‘EPica 2’ é como se eu estivesse realmente fazendo o ‘EPica 1’, é como se eu estivesse recomeçando tudo de novo, do zero“, finaliza.
Ouça o “EPica 2”, novo álbum de Danny Bond