Entrevistas

Entrevista: CeeLo Green quer que todos o conheçam de verdade

“Eu não necessariamente sinto que preciso ter segredos ou ficar no misticismo”, diz o cantor.

Por Pamella Renha.

CeeLo Green conversou com o POPline sobre o lançamento de seu álbum novo, chamado “CeeLo Green is… Thomas Callaway”. O título chama bastante atenção, porque é a primeira vez que o artista assume seu nome de batismo.

(Foto: Divulgação)

Processo criativo do álbum

A produção desse disco demorou seis meses, sendo que ele ficou um mês em Nashville. Foram quatro viagens. Segundo CeeLo, a cidade respira música, mas ele demorou a se adaptar no início. Ele se sente melhor produzindo de madrugada, mas nos estúdios… o trabalho começa cedo! Atualmente, ele até pensa em comprar uma casa na cidade – reflexo da vontade de sair de sua zona de conforto.

O álbum novo é orgânico como os outros, mas esse como ele mesmo disse é nostálgico. Apresenta o Thomas Callaway, com muitas referências do gospel e do soul norte-americano. “Esse trabalho é para as pessoas conhecerem o Thomas. Por anos todos souberam quem é CeeLo Green. Essa é a chance de mergulhar mais profundamente no meu trabalho”, diz.

Na entrevista, CeeLo Green ressaltou que sempre se sentiu livre pra fazer a música que acredita. Ele destaca a importância de sermos sempre criativos. O pulo do gato vem da observação. “Estamos aqui nesse mundo para criar, viemos da criação e precisamos propagar, eu sou movido a isso”, declara.

Paralelos entre “Heart Blanche” e “CeeLo Green is…Thomas Callaway”

Apesar dos discos serem bem diferentes, o artista encontra paralelos entre eles. “Absolutamente. Sou romântico. Se eu amo alguma coisa, eu amo. Você sempre terá essa positividade de mim… Essa boa vibração e energia, porque no final do dia, sou apenas uma pessoa muito apreciada e poderia ter feito muito menos com a vida toda”, observa.

“Consegui ter sucesso. É disso que trata este álbum. É um continuum, mas, neste ponto da minha vida, é claro, cinco anos depois, fiquei um pouco mais velho, um pouco mais sábio e mais decidido. A energia neste projeto não era tão fonética. Tivemos uma boa vibração e um ótimo corpo de trabalho depois de juntar as mãos. É em casa. Não é CeeLo Green, com os ternos brilhantes e chiques e todo o meu arsenal de truques, piadas e coisas assim. Mesmo que eu ame essas coisas, este sou eu fazendo música um pouco desconectado, entende? É um álbum maduro de fácil audição”, completa.

(Foto: Divulgação)

Cee Lo Green se sentiu uma mercadora em uma fase da carreira

Cee Lo Green quer que as pessoas saibam “tudo” sobre ele. “Eu não necessariamente sinto que preciso ter segredos ou ficar no misticismo”, pontua. Ele lembra que, houve um ponto em sua carreira em que ele se viu como mercadora. “Era assim que o jogo era jogado naquele momento. Quer fosse Prince, Michael Jackson ou Kiss, esses caras eram ídolos porque você se sentia intocável. De muitas maneiras, eles eram, e seu talento era enorme. Eu aprendi com aquela época e fiquei muito inspirado nessa época”, destaca.

“Acho que todos nós passamos por essa fase de querer nos esconder à vista com qualquer máscara que você esteja usando. CeeLo Green era apenas o componente extrovertido e funcional do meu personagem. Thomas Callaway sempre escreve essas músicas, mas CeeLo Green as executa. Thomas Callaway é quem eu sou agora, falando com você, sentado em um rancho em algum lugar da Geórgia em uma área arborizada e saindo com minha família. Não aprecio completamente a suposição de que as celebridades não têm normalidade”, pontua.

Para ele, sua carreira tem sido uma anomalia. As pessoas não entendem como ele passa de um projeto para outro. “As pessoas não sabem como eu efetivamente passo de Goodie Mob para Gnarls Barkley, para The Voice e tudo mais. As pessoas ficam tipo ‘você é um robô?’. Consegui incorporar esses momentos para crescer e ser apenas combustível”, diz.

Música na pandemia

CeeLo Green também fala sobre a produção musical deste período sombrio para todo o mundo. “Quero paz e simplicidade para as pessoas e não ser forçado. Quero que as pessoas se tornem melhores, mais envolvidas e esclarecidas por esses eventos atuais e usem sua mortalidade como motivação. Celebridades não estão isentas dessa inevitabilidade. Como você pode deixar sua marca? Como você pode ser uma bênção para alguém?”, pontua.

Ultimamente, CeeLo Green tem usado as redes sociais para postar fotos de mulheres pretas. Tem um propósit. “Isso faz com que eu enalteça a ancestralidade dos meus familiares. Precisamos lembrar de quem fomos para nos transformarmos em seres humanos melhores”, observa.

Parceria com IZA

Depois de cantar com IZA no Rock in Rio, o planos dos dois era fazer uma turnê pelo Brasil, mas o projeto foi abortado. “Confesso que ainda não desistimos dessa ideia. Estamos sempre sabendo o que tá acontecendo com o outro”, explica o americano.

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