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Entrevista: ‘Estar atrás dos palcos era mais prazeroso do que estar na frente’, diz Carol Jafet

A manager conta sobre estratégias e desafios na carreira de Rincon Sapiência
Entrevista: ‘Estar atrás dos palcos era mais prazeroso que estar na frente’, diz Carol Jafet
Carol Jafet, Manager de Ricon Sapiência. Foto: Divulgação

A  música entrou na vida de Carol Jafet na adolescência. Na época da escola, ela participou de bandas e, a partir disso, se aprofundou nos estudos musicais. No entanto, com o passar do tempo começou a perceber que a carreira deveria ser trilhada atrás dos palcos. 

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Em entrevista ao POPline.Biz é Mundo da Música, a manager fala sobre estratégias, desafios e o trabalho com Rincon Sapiência, artista que ela conduz a carreira há 4 anos. 

“Fiz coral, madrigal, aulas de violão e teclado. Por fim, entrei na faculdade de música. Tive um período onde trabalhei enquanto ‘artista’, como cantora de reggae, com uma banda incrível me acompanhando, a Veja Luz. No entanto, com o passar do tempo, fazendo um movimento de produção para amigos que tinham bandas, comecei a entender que talvez estar atrás dos palcos era mais prazeroso que estar na frente do palco. Desde então, busquei cursos de produção cultural, produção executiva, direitos autorais, gestão de carreira e negócios da música.”

Entrevista: ‘Estar atrás dos palcos era mais prazeroso que estar na frente’, diz Carol Jafet

Carol Jafet, Manager de Ricon Sapiência. Foto: Divulgação

Para Carol,  o crescimento das mulheres no setor do empresariamento artístico está longe do ideal. No entanto, ela percebe que está ocorrendo uma mudança que seja ainda lenta.  

“Minha percepção é que há muito mais mulheres na operação e produção do que nas áreas de empresariamento, planejamento e gestão. Rappers mulheres, vemos menos ainda, são mais invisibilizadas. Como o ambiente é majoritariamente masculino, ainda somos atravessadas pelo machismo, com falta de confiança em dar espaço para mulheres em posição de liderança ou até mesmo em investir na carreira de novos talentos femininos do rap, por exemplo.”

De acordo com a manager, o empresariamento artístico é uma relação intensa com o artista, uma vez que tomadas de decisão são feitas. Além dos desafios que podem cruzar os caminhos. 

“Eu gosto de pensar que é uma construção em conjunto, de escuta, de fala e de observação do movimento do mercado. As incertezas são muito desafiadoras e nos provoca sempre a olhar adiante, para o agora e para o futuro, com um pé no chão e outro no que sonhamos. Quando a gente pensa em dar um passo importante com o Rincon, os lançamentos como um álbum, por exemplo, são fundamentais. Mas pensamos muito também no posicionamento e pluralidade do artista. O Rincon, além de MC, é produtor musical e empresário. Além de um intelectual da música brasileira. Quando o mercado começou a entender que ele produz suas próprias músicas, não parou mais de produzir trilhas para campanhas, marcas, filmes, cinema, e produzir até discos de outros artistas. Por isso, a cada passo que damos nos negócios a gente planeja estrategicamente os objetivos. E vamos revisando semanalmente nossa rota.” 

Rincon Sapiência. Foto: Divulgação

Rincon Sapiência publica vídeo com os bastidores de sua turnê em Cabo Verde

Ainda de acordo com Jafet, nos últimos anos foram expandidos o trabalho do rapper com a publicidade e as marcas. Segundo ela, em breve alguns projetos estarão disponíveis para o público. 

“A relação do Rincon com as marcas é muito boa. Nós expandimos significativamente nossos trabalhos com a publicidade nos últimos dois anos. Foi uma decisão estratégica interna nossa a expansão da relação com as marcas e trabalhos com comunicação. Nós estamos super antenados com as tendências tecnológicas e digitais e estamos com alguns projetos em andamento que logo serão lançados ao público.” 

Quanto ao cenário offline de estratégias que, historicamente, havia uma barreira para músicas mais urbanas, principalmente, nas rádios. Atualmente, ocorreram muitas mudanças. Carol enfatiza que continua sendo importantíssimo para a indústria da música, principalmente porque nem todas as pessoas têm acesso à internet. 

 “Quando pensamos em distribuição de um produto, embora a tendência seja digital, o offline impacta o público de formas às vezes até mais diversas. Também não podemos esquecer que muita gente ainda não está conectada à internet, mas a rádio e a TV muitas vezes alcançam essas pessoas e lugares. É sempre interessante ter uma campanha de impacto diverso para um resultado mais expressivo.”

 Além disso, Carol conta que já trabalhou com diversos outros artistas em setores diferentes na indústria musical, como produtora executiva, produtora cultural, curadoria de casa de show, agência de gestão de carreira e tour manager. Atualmente, ela se dedica exclusivamente à carreira do Rincon Sapiência. Quanto ao futuro, ela não descarta pensar em ampliar os negócios.

Entrevista: ‘Estar atrás dos palcos era mais prazeroso que estar na frente’, diz Carol Jafet

Carol Jafet, Manager de Ricon Sapiência. Foto: Divulgação

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