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“Enigma”: veja o que a imprensa americana está falando sobre a estreia de Lady Gaga em Las Vegas


Já é uma realidade: Lady Gaga é uma das estrelas de Las Vegas. Sua residência “Enigma” estreou na última sexta (28/12) no Park Theater. O público de 5,2 mil espectadores (capacidade máxima do teatro) incluiu seus fãs, claro, mas também artistas, jornalistas e formadores de opinião. Grandes veículos especializados, como a Billboard e a Rolling Stone, publicaram resenhas sobre o show novo da cantora – que ficará em cartaz, pelo menos, até o fim de 2019. A recepção foi, no geral, positiva, com muitos elogios para a cantora e à sua criação. Confira abaixo o que está sendo comentado!

>> Veja vídeos do primeiro show da residência “Enigma”!

Set List:
Just Dance
Poker Face
LoveGame
Dance in the Dark
Beautiful, Dirty, Rich
Telephone
Applause
Paparazzi
Aura
Scheiße
Judas
Government Hooker
I’m Afraid of Americans
The Edge of Glory
Alejandro
Million Reasons
Yoü and I
Bad Romance
Born This Way
Shallow

Lady Gaga mantém sua ‘Poker Face’ durante estreia estelar em Las Vegas (Rolling Stone)

“Atualmente, Gaga é uma das artistas pop mais jovens no estilo de vida de Vegas. Mais recentemente, uma nova onda de popstars encontrou casas pela cidade: Britney Spears, Jennifer Lopez e Gwen Stefani foram parte das mais improváveis novas estrelas de Vegas. A carreira de Gaga tem apenas metade do tempo de suas novas vizinhas, mas quando ela assinou seu contrato de dois anos pareceu que uma parte das grandes vozes teatrais de Gaga foram criadas para essa cidade brilhosa, ocupada e sem sono. Durante seu show ‘Enigma’, no entanto, ela prova algo diferente: um lugar como Vegas foi feito apenas para Gaga. (…)
‘Enigma’, como a narrativa e a setlist confirmam, é sobre Gaga ter uma nova abordagem para ‘retornar às suas raízes’ depois do que tentou em ‘Joanne’. Ela se move e se foca no início da Gaga que conhecemos: abre o show com seu primeiro single e sucesso ‘Just Dance’, tocando enquanto desce do teto com um macacão de lantejoulas cegantes. Quase metade do setlist do show acontece no começo de seu reinado, com sucessos de seu primeiro álbum, ‘The Fame’, e sua extensão ‘The Fame Monster’. É quase chorante vê-la de volta à sua forma de Pico do Pop, especialmente porque ela está no meio de uma campanha de prêmios por ‘Nasce Uma Estrela’. Apesar disso, o choque de vê-la de volta na forma que a fez nascer como uma estrela desaparece quando o desfile de sucessos começa.

Lady Gaga começa um romance muito bom com Vegas (Variety)

“Algumas campanhas pelo Oscar são muito melhores do que outras. Lembre-se que é provavelmente apenas a sorte do relógio que fez ‘Enigma’, o espetáculo muito espetacular que estreou na sexta-feira em Las Vegas, começar na temporada de prêmios. Gaga fez um alerta, no fim da noite, de que espera estender sua residência no Park Theater dos 11 meses programados para dois ou três anos. (…) É um show que Jackson Maine odiaria, isso é certo. (Seu fantasma atormentado provavelmente passaria momentos melhores em outro show da Gaga em Vegas, o ‘Lady Gaga Jazz & Piano’, que estreará em 20 de janeiro). A maioria do resto de nós mortais simplesmente ficará bem com ‘Lady Gaga Enigma’. Falando de questões de autenticidade, esse é realmente um movimento de volta às raízes para a superestrela… se você considerar suas raízes serem a arte e o artifício de ser espetacular, seja preenchendo um palco ou deslumbrando com uma roupa estranha. (…)
Entre os muitos feitos do show de uma hora e 50 minutos, a musicalidade marcou alguns pontos. Ela realmente canta ao vivo, em meio a muitas coreografias exigentes que fazem qualquer outro astro pop ir direto para o playback – se há algum momento em que Gaga usa o recurso, são poucos e bem escondidos – então não é como se ela estivesse dando o dedo do meio para tudo que Ally aprendeu com Jackson, ou que Stefani Germanotta pegou com Tony Bennett. Mas é um show orgulhosamente de dedo do meio, no entanto. Isso acontece literalmente, quando Gaga no início encoraja seus dançarinos a provocarem-na com o dedo erguido. Esse momento não faz muito sentido, para ser honesto, e não é a única coisa da narrativa do show a não fazer sentido. (…) Não é sempre claro se os aspectos narrativos do show devem ser levados a sério ou como algo ‘camp’. Então é melhor ignorá-los (não se preocupe, pois esses papos com a animação de computador nunca duram muito) e ceder ao espetáculo. A revelação feliz é que a dança é o elemento chave da produção. ‘Enigma’ não depende de todo o dinheiro gasto em cenários e coisas que voam ou disparam fogo, como outros shows de Vegas, nos quais as estrelas precisam dessas distrações poderosas. Quaisquer momentos em que ela esteja em sintonia com seus nove dançarinos na sólida coreografia do show valem mais que mil palavras de roteiro ou até um ou dois versos.
O show abre com uma varição de voo em ‘Just Dance’ e é impressionante não porque não acreditemos que uma superestrela pós-P!nk possa voar, mas porque proporciona ao público uma visão melhor em 360 de seu maiô brilhante e de seu capacete pontudo, que parece algo tirado de seus dias mais vanguardistas. Além disso, ela está tocando uma keytar. Todo mundo ama uma keytar. Provavelmente Jackson Maine ama um keytar. (…)
Do ponto de vista de design de produção, o elemento mais fotogênico da noite tem Gaga no topo do que parece ser um grande Transformer, ou talvez um dos robôs de ‘Pacific Rim’, com seus membros operados pelos dançarinos, em estilo marionete. É um negócio visualmente inventivo que também serve para lembrá-lo de que não importa o quão grandes sejam os elementos do show, Gaga está tanto figurativa quanto literalmente no banco do motorista. (…)
‘Lady Gaga Enigma’ é um show generoso, pelos padrões de Vegas, não apenas por exceder o tamanho padrão, mas também porque Gaga canta de verdade por quase duas horas a mais que suas colegas em Vegas. (Não há necessidade de citar nomes aqui). (…) Ela e ‘Born This Way’ nasceram para estar em Vegas e elevar o nível das residências de superestrelas um pouco mais”.

Em Vegas, uma Lady Gaga estranha e maravilhosa renasce (Entertainment Weekly)

“A história dos 100 minutos de show – porque é claro que há uma história – mostra o encontro de Gaga no palco com uma androide CGI chamada Enigma e vinda do futuro. Carregando a voz da cantora e os maneirismos capturados dela, Enigma afirma para Gaga que ela é ‘o mistério de você’, contendo ‘partes de seu cérebro que você não entende… partes de você que parecem incompreendidas’. Enigma (que também tem seu próprio planeta, porque – de novo – claro) desafia Gaga e seu grupo de amigos dançarinos a entrarem ‘na simulação’, fazendo um tour cronológico pelos cinco álbuns do catálogo da cantora para deduzir respostas sobre o futuro de Gaga aparentemente rebelde. ‘Só a simulação permitirá que você resolva o mistério de quem é você e porquê’, explica Enigma (…). Fãs de muito tempo apreciarão as homenagens que o primeiro ato contém às estéticas e coreografias originais que definiram a ascensão inicial de Gaga; fãs novatos, por sua vez, não serão menos informados sobre como exatamente ela ascendeu ao estrelato tão rapidamente. (…)
No momento em que as luzes se apagaram e a identidade de Gaga foi completamente restaurada, ‘Bad Romance’ e ‘Born This Way’ lideram o trio do bis com toda a energia pura e ardente de Gaga, que você esperaria de seus maiores sucessos. E, depois, porque não há nenhuma razão para não fazê-lo, Gaga cantou ‘Shallow’ de ‘Nasce uma Estrela’. (…)
‘Enigma’ é, no todo, bastante maluco, e não apenas pela criação selvagem de CGI com a qual Gaga interage sinceramente (para não mencionar um segundo avatar de Gaga – um super-herói de anime – que viaja pelo Planeta Enigma dando um intervalo suficiente para a cantora trocar suas roupas nos bastidores). Mas Enigma, o show, é um ótimo momento, e é admirável em suas tentativas de elevar os maiores sucessos a algo que se esforça para conquistar algo a mais, o que talvez até sujeitou uma artista no pico de sua carreira a fazer uma residência em Vegas, para começar. (…)
Sua maneira de nos mostrar [quem é] é bizarra e bonita, mas Lady Gaga sempre falou sobre teatro e espetáculo – e, na sua estonteante estreia em Las Vegas, seu vocabulário encontrou um lar perfeito”.

Lady Gaga entrega o show que nasceu para fazer com ‘Enigma’ (Billboard)

“Desde o momento que Stefani Joanne Angelina Germanotta invadiu nossa consciência há uma década, era óbvio que a artista conhecida como Lady Gaga havia sido construída para uma residência em Las Vegas. Gaga serviu para a multidão de 5,2 mil pessoas – que incluiu Katy Perry, Dave Grohl, Regina King, Jeremy Renner, Orlando Bloom e Adam Lambert – um banquete absolutamente delicioso de música pop, performance artística e futurismo fantástico durante seus 90 minutos de show feito na verdadeira moda Gaga. (…)
‘Enigma’ é uma produção totalmente teatral com um tema abrangente de Lady Gaga lutando para encontrar sua voz interior em uma narrativa que é parte ‘O Mágico de Oz’ e parte ‘Fantasma do Futuro’, com Gaga interagindo com uma criatura artificial chamada ‘Enigma’ nos telões. Enigma pode ser familiar para seus fãs, já que parece uma versão atualizada da personagem PetGa que ela usou para promover o álbum ‘ARTPOP’ de 2013. (…)
E os figurinos (ah, os figurinos!) foram escandalosamente únicos (…) que deixariam David Bowie orgulhoso. Falando nisso, o cover de Gaga para ‘I’m Afraid of Americans’ do David Bowie e Nine Inch Nails foi magnífico e me pareceu incrivelmente apropriado para este show”.