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Empresário de Alexandre Pires é preso pela Polícia Federal por ligação com garimpo ilegal na Terra Yanomami

Alexandre Pires. Foto: Divulgação.

Alexandre Pires foi alvo na segunda-feira (4) de um mandado de busca e apreensão da Operação ‘Disco de Ouro’ da Polícia Federal, que investiga o financiamento ao garimpo ilegal em território Yanomami, em Roraima. O cantor se apresentava em um cruzeiro, atracado em Santos, no litoral de São Paulo, quando os oficiais da PF chegaram. Segundo os colunistas Mirelle Pinheiro e Carlos Carone, do Metrópoles, o artista teria se trancado em uma das cabines para evitar os agentes.

O empresário do cantor e um dos executivos da Opus Entretenimento, Matheus Possebon, foi preso preventivamente pela Polícia Federal após desembarcar do cruzeiro temático do artista. Ele, outros empresários e garimpeiros são investigados por movimentarem R$ 250 milhões em transações com cassiterita, minério usado para a produção de tintas, plásticos e fungicida, e que foi extraído ilegalmente da terra indígena.

Matheus Possebon, empresário de Alexandre Pires e um dos executivos da Opus Entretenimento. Foto: Divulgação.

 

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Segundo o G1, Alexandre Pires foi conduzido na manhã de segunda-feira (4) à sede da PF em Santos, ouvido e liberado. O artista  é suspeito de ter recebido ao menos R$ 1 milhão de uma mineradora investigada em um esquema de financiamento e logística do garimpo ilegal.

Em nota, a Opus Entretenimento, disse que “manifesta sua solidariedade ao artista, confiando em sua idoneidade e no completo esclarecimento dos fatos”. A empresa gerencia a carreira de nomes da música brasileira, como Daniel, Seu Jorge, Ana Carolina, Munhoz e Mariano, entre outros.

Ainda acrescentou que a HBrazil Produção de Eventos, de propriedade de Matheus Possebon, não integra o quadro societário da Opus  Entretenimento e desempenha parceria na realização de shows, turnês e agenciamento de carreiras.

Ainda de acordo com o G1, a Polícia Federal disse que  foram cumpridos dois mandados de prisão e seis de busca e apreensão, expedidos pela 4ª Vara Federal da Seção Judiciária de Roraima. As ações foram realizadas em Boa Vista (RR), Mucajaí (RR), São Paulo, Santos (SP), Santarém (PA), Uberlândia (MG) e Itapema (SC).

A PF também confirmou, para o G1, o sequestro de mais de R$ 130 milhões dos suspeitos, mas estes não foram nominados. 

Operação Disco de Ouro

A operação é um desdobramento de uma ação da PF de janeiro de 2022, quando foram apreendidas 30 toneladas de cassiterita extraída da Terra Indígena Yanomami. O minério estava no depósito da sede de uma empresa investigada e era preparado para remessa ao exterior.

O inquérito policial indica que o esquema seria voltado para a “lavagem” de cassiterita retirada ilegalmente da TIY, no qual o minério seria declarado como originário de um garimpo regular no Rio Tapajós, em Itaituba, no Pará, e supostamente transportado para Roraima para tratamento.

As investigações apontam que a dinâmica ocorreria apenas no papel, já que o minério seria originário do próprio estado de Roraima.

Segundo a PF, foram identificadas transações financeiras que relacionariam toda a cadeia produtiva do esquema, com a presença de pilotos de aeronaves, postos de combustíveis, lojas de máquinas e equipamentos para mineração e laranjas para encobrir movimentações fraudulentas.

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