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Emicida detona Arthur do Val em discussão sobre os cachês da Virada Cultural

Ex-deputado criticou valor recebido por artistas que se apresentaram no evento promovido pela Prefeitura de São Paulo

Foto: Van Campos / AgNews

Emicida rebateu, nas redes sociais, uma publicação de Arthur do Val, também conhecido como MamãeFalei, com críticas ao valor do cachê recebido pelo rapper durante a Virada Cultural. De acordo com dados da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, o artista do álbum “AmarElo” recebeu R$ 285 mil por sua apresentação no evento.

Foto: Van Campos / AgNews

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Nas redes sociais, o ex-deputado repercutiu o valor recebido por Emicida em tom de indignação. “Não foi só ele, teve cachê de mais de 400 mil“, escreveu. “Em vez de fomentar artistas que realmente precisam: atores, cantores, cenógrafos, figurinistas que muitas vezes estão esquecidos nas periferias lutando todos os dias para a verdadeira inclusão cultural“, continuou o youtuber.

Em seguida, Mamaefalei continuou dizendo que a prefeitura prefere dar altos valores para “artistas já estabelecidos e bem remunerados” e que  “via de regra esses shows ainda acontecem nas regiões centrais da cidade onde se concentram os mais ricos” – o que não é verdade. O show de Emicida, por exemplo, aconteceu na Arena Brasilândia, localizada na Freguesia do Ó. Neste ano, a Prefeitura de São Paulo disponibilizou 12 palcos espalhados por todas as regiões da cidade.

Não é pela cultura, nunca foi. É pela política de pão e circo e apoio da patota“, finalizou Arthur do Val. Também no Twitter, Emicida rebateu:

“Tem gente que trabalha, gera empregos, valoriza a cultura, fomenta o comércio local, leva novos artistas pra participar do espetáculo e faz girar a economia da cultura e da quebrada. Esse é nosso caso. Cuidando dos nossos. E tem gente como você, que tenta fazer turismo sexual em zona de guerra. Cada um oferece o que tem pra oferecer.”, escreveu o rapper.

Arthur do Val teve o seu mandato como deputado estadual cassado, após áudios em que ele diz frases sexistas e misóginas sobre mulheres ucranianas refugiadas serem divulgados. O material teria sido enviado pelo ex-deputado a colegas durante uma viagem para suposta ajuda humanitária ao país em guerra no início de março.

Mamaefalei renunciou ao mandato após a Conselho de Ética da Assembleia Legislativa de São Paulo aprovar um processo por quebra de decoro parlamentar. Em maio, a casa aprovou a cassação do youtuber – o que o deixou inelegível por oito anos.